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Revista GC - Ed.32 - Novembro 2012
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Transporte Urbano

De Hortolândia para o mundo

Fábrica da Bombardier constrói monotrilho de alta capacidade para região metropolitana de São Paulo, mas que deverá ser exportado para outros países

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A cidade de Hortolândia, no interior de São Paulo, está no foco da produção ferroviária no Brasil hoje, concentrando diversas empresas ligadas à área ferroviária. Com a implantação da fábrica da Bombardier dentro da área industrial da AmstedMaxion, e que já pertenceu à antiga Cobrasma, a cidade promete transformar-se no principal centro produtivo mundial na produção de monotrilho de alta capacidade. É o que planeja a Bombardier Operations System, que tem se empenhado para trazer a expertise do sistema para o país. Não é por acaso.

A empresa é a fornecedora do Expresso Monotrilho Leste, na capital paulista, o primeiro sistema de monotrilho de alta capacidade do mundo, com previsão de operação em 2013. O sistema está sendo implantado pelo consórcio formado pela Queiroz Galvão, OAS e Bombardier e contempla 24,5 km de vias, distribuídas em 17 estações.  Será constituído por 54 trens (378 carros), e atingirá uma velocidade máxima de 80km/h. O sistema funciona de maneira automática, sem condutor  e terá capacidade inicial de 40.000 pphpd, com possibilidade de chegar a 48.000. O primeiro trecho Vila Prudente- Oratório ficará pronto até o final de 2013. O segundo trecho, que vai até São Mateus, ficará pronto em 2014. E a operação completa até Tiradentes estará em operação em 2016.

Pela primeira vez, um sistema desse tipo atenderá a demanda de 48 mil pessoas por hora, ou meio milhão de pessoas por dia – o monotrilho de maior capacidade em operação atende a média de 30 mil pessoas e fica na China. Segundo Luis Ramos, diretor de comunicação e relações institucionais da Bombardier, o sistema brasileiro vai ser implantado em uma cidade árabe e há negociações com cidades da Índia e de outros países, inclusive interesse de outros municípios brasileiros.

De acordo com Ramos, o sistema de monotrilho oferece vantagens consideráveis e deve tornar-se uma solução para os problemas atuais de mobilidade das grandes cidades. Ele cita, por exemplo, a operação automática sem condutor, a elevada frequência de trens, o reduzido tempo de espera nas estações e ainda o conforto das viagens à luz do dia, ao contrário do metrô subterrâneo. A segu


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A cidade de Hortolândia, no interior de São Paulo, está no foco da produção ferroviária no Brasil hoje, concentrando diversas empresas ligadas à área ferroviária. Com a implantação da fábrica da Bombardier dentro da área industrial da AmstedMaxion, e que já pertenceu à antiga Cobrasma, a cidade promete transformar-se no principal centro produtivo mundial na produção de monotrilho de alta capacidade. É o que planeja a Bombardier Operations System, que tem se empenhado para trazer a expertise do sistema para o país. Não é por acaso.

A empresa é a fornecedora do Expresso Monotrilho Leste, na capital paulista, o primeiro sistema de monotrilho de alta capacidade do mundo, com previsão de operação em 2013. O sistema está sendo implantado pelo consórcio formado pela Queiroz Galvão, OAS e Bombardier e contempla 24,5 km de vias, distribuídas em 17 estações.  Será constituído por 54 trens (378 carros), e atingirá uma velocidade máxima de 80km/h. O sistema funciona de maneira automática, sem condutor  e terá capacidade inicial de 40.000 pphpd, com possibilidade de chegar a 48.000. O primeiro trecho Vila Prudente- Oratório ficará pronto até o final de 2013. O segundo trecho, que vai até São Mateus, ficará pronto em 2014. E a operação completa até Tiradentes estará em operação em 2016.

Pela primeira vez, um sistema desse tipo atenderá a demanda de 48 mil pessoas por hora, ou meio milhão de pessoas por dia – o monotrilho de maior capacidade em operação atende a média de 30 mil pessoas e fica na China. Segundo Luis Ramos, diretor de comunicação e relações institucionais da Bombardier, o sistema brasileiro vai ser implantado em uma cidade árabe e há negociações com cidades da Índia e de outros países, inclusive interesse de outros municípios brasileiros.

De acordo com Ramos, o sistema de monotrilho oferece vantagens consideráveis e deve tornar-se uma solução para os problemas atuais de mobilidade das grandes cidades. Ele cita, por exemplo, a operação automática sem condutor, a elevada frequência de trens, o reduzido tempo de espera nas estações e ainda o conforto das viagens à luz do dia, ao contrário do metrô subterrâneo. A segurança, destaca, é característica fundamental do sistema. Não há a possibilidade de falhas humanas, o sistema conta com controle de acesso com portas automáticas, vídeo vigilância nos veículos e nas estações e permanente monitoração na sala de controle. “O monotrilho vai permitir uma reestruturação paisagística do local de implantação, levando um aspecto futurista para a região da Zona Leste”, diz Ramos.

Manuel F. Gonçalves, gerente de produção, explica que o trem foi desenhado para peso mínimo, com a utilização de modernas ligas de alumínio e compósitos na fabricação das estruturas das caixas.  Conta ainda que o monotrilho trabalha com sistemas de motores de magnetização permanente, que oferecem maior potência, menor consumo e muito menor dimensão. “Um trem piloto está sendo fabricado e testado em Kingston, no Canadá, em via moderna de via de ensaios. Enquanto isso, na fábrica em Hortolândia, um trem é utilizado para testes estruturais da caixa. Dali sairão os 371 carros que compõem o Expresso Leste”, diz Gonçalves.

Dentre as vantagens, ele destaca também o baixo consumo de energia por passageiro, em comparação com carro ou ônibus; a possibilidade de desenho do sistema adequado à imagem da cidade e características da cidade; e a modularidade que permite atender aos requisitos específicos de cada operador, sem acrescento de custos.  “Além disso, o monotrilho ocupa um espaço de rua bem inferior ao Veículo Leve sobre trilhos (VLT), e é fácil de integrar nas redes de transporte existente”.  As empresas OAS e Queiroz Galvão são as responsáveis pelas obras de infraestrutura – uma espécie de dominó de vigas de até 15 metros de altura, por onde passarão os trens.

Transferência de tecnologia

Por enquanto, a maior parte dos componentes usados na fabricação é importada, como as laterais de alumínio de cada vagão, que vêm da China. Mas a empresa estima que 60% das peças possam ser nacionalizadas. Com investimentos de US$ 15 milhões, a fábrica de Hortolândia tem cerca de 250 funcionários. A Bombardier já opera cerca de 50 monotrilhos pelo mundo, especialmente em países asiáticos, como Índia e China, assim como está presente em vários parques temáticos dos Estados Unidos.

O projeto paulista nasceu da solicitação do governo estadual de um uma modal diferente, de alta capacidade, e maior velocidade de implantação. “Esse projeto foi desenvolvido a partir de um projeto de menor capacidade que já existia. Foi um grande desafio, porque tinha um limite de peso por eixo. Por isso, a necessidade de buscar um material de alta resistência e baixo peso, como esse extrudado de alumínio, em forma de colmeia, que permitiu atingir essa capacidade de transporte. Com o uso do alumínio, o peso do carro é reduzido em cerca de 30%. O objetivo é que a fábrica de Hortolândia se transforme em centro mundial dessa tecnologia e daqui possamos fornecer para outros lugares do mundo”, finalizou.

 

 

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