O Estádio Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão, em Fortaleza, foi o primeiro a ser entregue, em dezembro de 2012, entre todas as arenas que vão sediar os jogos da Copa 2014 da FIFA. Ao todo, a Arena Castelão possui nove jogos confirmados. Em 2014 serão seis disputas, onde três jogos serão com seleções cabeças de chave, destacando-se a Seleção Brasileira. Já na Copa das Confederações da FIFA 2013, três jogos terão o Castelão como palco, o primeiro marcado para 19 de junho quando a Seleção Brasileira enfrenta o México, quatro dias depois, 23/06, a Espanha e o campeão da Copa Africana de Nações se enfrentam no Castelão. O último jogo será uma semifinal entre o primeiro colocado do Grupo B e o segundo do Grupo A.
Mas o estádio já tem um mérito: é o novo símbolo do vigor da economia cearense, que cresce em ritmo muito mais acelerado que a economia do Brasil como um todo. Além disso, serve como amostra da onda de modernização dos estádios brasileiros movidos pelo evento da Copa da Mundo de 2014. O projeto envolveu recursos da ordem de R$ 518,6 milhões que incluem todas as transformações do
O Estádio Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão, em Fortaleza, foi o primeiro a ser entregue, em dezembro de 2012, entre todas as arenas que vão sediar os jogos da Copa 2014 da FIFA. Ao todo, a Arena Castelão possui nove jogos confirmados. Em 2014 serão seis disputas, onde três jogos serão com seleções cabeças de chave, destacando-se a Seleção Brasileira. Já na Copa das Confederações da FIFA 2013, três jogos terão o Castelão como palco, o primeiro marcado para 19 de junho quando a Seleção Brasileira enfrenta o México, quatro dias depois, 23/06, a Espanha e o campeão da Copa Africana de Nações se enfrentam no Castelão. O último jogo será uma semifinal entre o primeiro colocado do Grupo B e o segundo do Grupo A.
Mas o estádio já tem um mérito: é o novo símbolo do vigor da economia cearense, que cresce em ritmo muito mais acelerado que a economia do Brasil como um todo. Além disso, serve como amostra da onda de modernização dos estádios brasileiros movidos pelo evento da Copa da Mundo de 2014. O projeto envolveu recursos da ordem de R$ 518,6 milhões que incluem todas as transformações do estádio e entorno com a construção da praça de acesso de 57 mil m2; estacionamento coberto para 1.900 veículos; edifício Fares Cândido Lopes, sede de dois órgãos estaduais; e a operação do estádio por oito anos, que irá cobrir todas as despesas com água, telefonia, esgoto e pessoal de manutenção e conservação.
A arquibancada do estádio está dividida em anel inferior e superior. No prédio central, são seis pavimentos (vestiários, Lounge FIFA - onde hoje funciona o Espaço Cultural -, dois andares de camarotes, um andar de tribuna de imprensa e outro andar de cabines de transmissão). A arena tem ainda 1.900 vagas cobertas de estacionamento sob a esplanada.
Um dos destaques do projeto é a nova cobertura. Com 36 mil m², proporciona aos torcedores uma sensação térmica agradável. O material não absorve o calor e suporta os índices de insolação do Nordeste brasileiro, permitindo a circulação de ar no estádio. Além disso, o “teto” é impermeável, gera um isolamento acústico, que melhora o acompanhamento dos jogos pela torcida, e ainda evita o sombreamento, melhorando as transmissões televisivas.
Um diferencial do projeto é a “pele de vidro”, que reveste parte da fachada da arena. Formada por cerca de 760 peças, cada uma com 1,51 m por 2,42 m, a estrutura, além da função estética, serve para refletir os raios solares e amenizar o calor. O restante do estádio é revestido por uma carenagem de aço inox, fixada entre 68 pilares, com 42 metros de altura.
A obra inclui também restaurantes, mídia center, área de hospitalidade, lounge e área VIP. Todas as mudanças atendem às exigências do caderno de encargos da FIFA.
O consórcio construtor responsável, formado pelas empresas Galvão e Andrade Mendonça, empregou seu Sistema de Gestão Ambiental para minimizar o impacto ambiental das obras. Um exemplo é usina de reciclagem que foi montada dentro do canteiro de obra, onde todo o concreto obtido das demolições foi reciclado e reutilizado na pavimentação do novo estacionamento. O respeito ao meio ambiente esteve tão presente no dia a dia da obra que foi implantado um “lava rodas” de caminhões, um sistema para evitar sujeira no entorno da construção, bem como o desgaste do solo.
A meta foi desviar de aterros sanitários 75% dos resíduos gerados na construção do estádio. A parte metálica da cobertura e a estrutura de aço do que foi demolido, foram cuidadosamente separadas e destinadas para reciclagem. Além disso, os materiais que ainda estão bons para uso são doados e destinados para seu uso original. Ao todo, mais de treze cidades foram beneficiadas com doações de quase 60 mil cadeiras, placares eletrônicos, gramado e cobertura dos bancos de reserva, entre outros. No plano nacional, o consórcio responsável pela obra já obteve o certificado ISO 14001.
Segundo o consórcio construtor, o grande desafio foi a adequação dos prazos de entrega de materiais e serviços aos prazos de entrega das etapas da obra. Um dos itens que gerou maior complexidade técnica foi o melhoramento de fundação de solo, com cravação de estacas utilizando equipamento hidráulico de fabricação finlandesa, que permitiu maior velocidade executiva, permitindo a execução de fundações diretas, e garantindo a estabilidade do conjunto. O uso dos equipamentos proporcionou o efeito de confinamento do solo para garantia de estabilidade do assentamento das sapatas.
O concreto utilizado contou com a adição de fibra de vidro em substituição e tela metálica, que permite baixo índice de fissuração do concreto, além de minimizar os efeitos de retração hidráulica do concreto.
O revestimento de fachadas utilizou placas de cimento e madeira, conferindo leveza ao revestimento da alvenaria. A impermeabilização foi à base de cristalizantes, com reflexos positivos no comportamento do concreto na presença de umidade, e custo inferior a sistemas tradicionais de impermeabilização, visando proporcionar um concreto de baixa permeabilidade.
Cerca de cinco mil trabalhadores passaram pela Arena Castelão, que chegou a ter dois mil operários no pico das obras. Para evitar problemas como mão de obra e insumos, o consórcio buscou um planejamento adequado, realizando as compras e contratações com antecedência suficiente, efetuando acompanhamento diário da execução, avaliando regularmente os riscos e intervindo com coerência nos caminhos críticos.
Características técnicas:
Área Construída: 227.221,19 m2;
Bilheterias: 2 unidades;
Rampas de acesso ao estádio: 18 unidades;
Área da cobertura Metálica: 33.383,25 m2;
Área da Praça em volta do estádio: 60.000 m2;
Vagas de estacionamento coberto: 1.900;
Camarotes: 54;
Área do gramado: 8.970 m2;
Grama utilizada: Bermuda Celebration;
Cadeiras do estádio: 63.903 assentos cobertos;
Distância da 1ª fileira a linha lateral do campo: cerca de 10 m;
Número de elevadores: 19;
Restaurantes: 3;
Vomitórios: 25;
Quiosques: 44;
Banheiros: 47;
Cozinhas industriais: 2;
Peso total da estrutura metálica da cobertura: Cerca de 3.100 t;
Capacidade para receber 4 times ao mesmo tempo.
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