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Revista GC - Ed.2 - Fevereiro 2010
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Contrução industrial

Alta tecnologia integra complexo siderúrgico da VSB em Jeceaba

A implantação do complexo siderúrgico da Valloreuc & Sumitomo Tubos do Brasil (VSB) pode ser considerada uma verdadeira revolução na pequena Jeceaba, um município da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que até 2008 contava com 6.047 habitantes, com a maioria, ou 53,66%, na zona rural. Com um conjunto de investimentos de cerca de US$ 1,6 bilhão, a nova usina, que produzirá tubos de aço sem costura, está gerando 7mil empregos em sua implantação, mas a expectativa, com a finalização do novo empreendimento, que está prevista para o segundo semestre deste ano, é que a cidade ganhe mais 1.500 postos de trabalho diretos e mais um número ainda não previsto de empregos indiretos. Os investimentos são fruto de uma joint venture formada entre o grupo francês Vallourec e o japonês Sumitomo Metals, parceiros há mais de 30 anos.

Jeceaba, que fica a cerca de 130 km da capital, foi concebida como um distrito industrial. Com a implantação da usina siderúrgica, o objetivo é formar uma rede de fornecedores de médio e pequeno portes, facilitando a exportação dos produtos do complexo até o porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro.

O diretor-presidente da VSB, Otávio Sanabio, destaca a utilização, pela empresa, do que há de mais avançado em tecnologia, com a construção de uma aciaria com capacidade para produzir 1 milhão t de aço bruto por ano. Desse total, 700 mil t serão utilizadas para a fabricação de 600 mil t de tubo de aço sem costura com conexão Premium, que significará um produto com alto valor agregado. Essa quantidade, segundo ele, será dividida igualmente entre a japonesa Sumitomo e a francesa Vallourec. As 100 mil t restantes são de sucatas que são recicladas, retornando ao forno elétrico. Outras 300 mil t de aço bruto serão transformadas em barras lingotadas para o Grupo Vallourec.

Na indústria petrolífera, os tubos de aço sem costura são indicados para a extração de petróleo e revestimento de poços em  ambientes críticos, pela sua característica de maior resistência a altas temperaturas e pressões extremas. Na indústria automotiva, os tubos automotivos sem costura garantem maior segurança, resistência e durabilidade aos veículos leves, pesados, máquinas agrícolas e industriais, motocicletas e vagões ferro


A implantação do complexo siderúrgico da Valloreuc & Sumitomo Tubos do Brasil (VSB) pode ser considerada uma verdadeira revolução na pequena Jeceaba, um município da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que até 2008 contava com 6.047 habitantes, com a maioria, ou 53,66%, na zona rural. Com um conjunto de investimentos de cerca de US$ 1,6 bilhão, a nova usina, que produzirá tubos de aço sem costura, está gerando 7mil empregos em sua implantação, mas a expectativa, com a finalização do novo empreendimento, que está prevista para o segundo semestre deste ano, é que a cidade ganhe mais 1.500 postos de trabalho diretos e mais um número ainda não previsto de empregos indiretos. Os investimentos são fruto de uma joint venture formada entre o grupo francês Vallourec e o japonês Sumitomo Metals, parceiros há mais de 30 anos.

Jeceaba, que fica a cerca de 130 km da capital, foi concebida como um distrito industrial. Com a implantação da usina siderúrgica, o objetivo é formar uma rede de fornecedores de médio e pequeno portes, facilitando a exportação dos produtos do complexo até o porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro.

O diretor-presidente da VSB, Otávio Sanabio, destaca a utilização, pela empresa, do que há de mais avançado em tecnologia, com a construção de uma aciaria com capacidade para produzir 1 milhão t de aço bruto por ano. Desse total, 700 mil t serão utilizadas para a fabricação de 600 mil t de tubo de aço sem costura com conexão Premium, que significará um produto com alto valor agregado. Essa quantidade, segundo ele, será dividida igualmente entre a japonesa Sumitomo e a francesa Vallourec. As 100 mil t restantes são de sucatas que são recicladas, retornando ao forno elétrico. Outras 300 mil t de aço bruto serão transformadas em barras lingotadas para o Grupo Vallourec.

Na indústria petrolífera, os tubos de aço sem costura são indicados para a extração de petróleo e revestimento de poços em  ambientes críticos, pela sua característica de maior resistência a altas temperaturas e pressões extremas. Na indústria automotiva, os tubos automotivos sem costura garantem maior segurança, resistência e durabilidade aos veículos leves, pesados, máquinas agrícolas e industriais, motocicletas e vagões ferroviários. Eles são utilizados na produção de rolamentos, suspensão, transmissão, colunas e barras de direção, caixa de câmbio, sistemas de injeção e direção hidráulica, além de barras de impacto e estabilizadoras.

O executivo da VSB afirma que a nova usina atenderá os mercados em expansão de óleo e gás da América do Norte, do Oriente Médio e da África. Com isso, a VSB busca a internacionalização das bases de produção das suas empresas.

Alta produtividade, baixo consumo
Atualmente, as obras de terraplanagem se encontram em fase de acabamentos finais. A drenagem superficial, a macrodrenagem, a microdrenagem e o canal reservatório estão com 95% de avanço físico. Em fase final de execução encontra-se, também, a proteção vegetal (90%), enquanto as grandes escavações em rocha e os arremates (pequenas escavações), bem como as obras do canal reservatório, já foram concluídos.

Também ficaram prontas as fundações profundas (estaqueamento) dos altos-fornos e foram iniciadas as montagens das estruturas metálicas da aciaria e a montagem eletromecânica do setor de laminação.

No complexo siderúrgico em construção, o destaque, segundo Sanabio, é para a aciaria. Ela será a primeira do mundo a empregar tubos estruturais circulares em suas estruturas, e a primeira do País a utilizar o sistema Consteel. Trata-se de um conjunto de equipamentos para aumentar a produtividade e reduzir o consumo de energia elétrica. “Essa estrutura oferece benefícios para o meio ambiente, como a redução na emissão de ruídos, e, para os operários, que passam a trabalhar com mais segurança”, garante o diretor-presidente. Além disso, o equipamento realiza o carregamento contínuo do material no forno, tecnologia que agiliza a produção do aço (ver boxe).

Outra novidade está na laminação, que tem como diferencial ser a primeira do Brasil a ser construída com tubos estruturais quadrados. “Uma das soluções construtivas modernas utilizada na obra é a laje da laminação que ficará no nível +6 m, elevação que facilita a operação e manutenção da Usina”, observa Sanabio.

Para as obras civis estão previstos 125 mil m3 de concreto, o que garante que a obra da VSB será uma das maiores em execução no País.

As pontes rolantes da laminação já chegaram à usina da VSB. As maiores vigas (cada ponte é composta por duas vigas) possuem 47 m de comprimento, 3 m de altura e pesam, juntas, aproximadamente 200 t.

Para a execução das obras, a VSB tem como parceiros a Mascarenhas Barbosa Roscoe S/A Construções, responsável pela concretagem para a execução das obras da laminação; a Construtora Gerais, que executa as obras da sala elétrica principal e da sala de comando principal; e o Consórcio Construtor Jeceaba, integrado pelas empresas U&M e Barbosa Mello, para os serviços de terraplanagem e drenagem. O complexo de Jeceaba conta também com a Precon, responsável pela execução dos pré-fabricados de concreto da sala elétrica principal e da sala de comando principal; da Construtora Odebrecht, que executa os dois poços de Carepa da laminação e as estações de tratamento de água (ETEs); e a Tomé Engenharia, responsável pela montagem mecânica da laminação.

Todas essas empresas têm inúmeros desafios para a execução das obras no complexo. A obra de terraplanagem para a implantação da Usina, por exemplo, apresenta cortes com grandes extensões e alturas que, em geral, foram escavados em solo residual de gnaisse, e matabásicas (diques básicos), oriundos do substrato rochoso desenvolvido por meio do metamorfismo e das deformações tectônicas no estado dúctil e rúptil. Ocorrem, portanto, corpos metabásicos parcialmente e totalmente incorporados pelo gnaisse, que podem ser observados e individualizados nas porções expostas pelos cortes. Os gnaisses também apresentam variações composicionais, estruturais e texturais.

Em alguns trechos do empreendimento, foram desenvolvidos projetos específicos para contenção de blocos de rocha, por meio do processo de grampeamento isolado e/ou com utilização de telas e concreto projetado. Também foram desenvolvidos projetos de contenção de solo em áreas específicas onde existem paleotalvegues com presença de argila cinza aluvionar.

O executivo da VSB explica que, por causa dessas características do terreno, as fundações profundas foram executadas em estacas de tubos metálicos produzidas pela Tubos Soldados Atlântico (TSA). A previsão é de que a obra utilize, aproximadamente, 200 mil m3 de concreto e consuma, aproximadamente, 24 mil t na construção dos galpões da Laminação, Ajustagem, Têmpera e OCTG. No prédio da Aciaria serão aplicadas 10.600 t e no Galpão do Alto-Forno, 660 t.

“Na execução do projeto, destacamos soluções pouco utilizadas, como as paredes diafragma do Poço de Carepa, e a execução de algumas regiões da plataforma com pré-moldado para agilizar o processo executivo. Entretanto, são soluções já conhecidas há bastante tempo pela engenharia civil. Outro diferencial da obra é o laminador de tubos Premium Quality Finishing (PQF), assim como o sistema de estocagem de tubos automatizado através de cassetes”.

Para seu funcionamento, o complexo siderúrgico contará com uma linha de transmissão de energia que o abastecerá. A linha terá aproximadamente 16 km de extensão, com tensão de 345 kV.

Reduzindo impactos socioambientais
Para a implantação do complexo, a VSB conta, atualmente, com 7 mil empregados prestadores de serviço. Desse total, 50% são moradores da região de influência direta e indireta onde o distrito industrial será instalado. “Para a operação da usina, quase 400 empregados já são treinados na Usina da V&M do Brasil (VMB), em Belo Horizonte. Assim, quando iniciar a produção de tubos da VSB, prevista para o segundo semestre de 2010, essas pessoas estarão aptas para o trabalho na nova planta.

O projeto conta com uma área total de 12 milhões e 500 mil m2, sendo 5 milhões m2 reservados para a área do Centro de Referência em Revegetação da Mata Atlântica. Desse total, 2 milhões e 500 mil m2 será destinados à área construída do projeto.

A VSB, segundo seu diretor-presidente, está desenvolvendo na região programas socioambientais para minimizar os impactos da implantação do complexo. Dentre eles está o Programa de Educação Ambiental Vislumbrar – O meio ambiente sob um novo olhar. Seu foco é promover a educação ambiental e discussões relacionadas com mudanças de clima, principalmente em relação à preservação dos biomas, como a Mata Atlântica, e aos recursos hídricos nas comunidades de Jeceaba, Entre Rios de Minas, São Brás do Suaçuí e dos distritos de Alto Maranhão e Pequeri, em Congonhas. As atividades ocorrem nas escolas e nos canteiros de obras da VSB, assim como na sede do Vislumbrar, inaugurada em julho do ano passado.

A equipe do Vislumbrar iniciou, no dia 15 de setembro, os Diálogos de Meio Ambiente com os empregados e prestadores de serviços da VSB, que trabalham em Jeceaba, dentro da Campanha de Resíduos Sólidos. Os encontros visam  a conscientizar sobre os problemas ambientais ocasionados pela má disposição dos resíduos sólidos, como não praticar a coleta seletiva ou jogar lixo no chão.

Houve a apresentação da política dos 3 Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) – com ênfase para a prática da redução – e dos benefícios da coleta, que são pontos importantes para manter uma gestão eficaz desses materiais.

Movimento Sustentável
A Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil (VSB) desenvolve estratégias para a valorização do meio ambiente e da cultura regional, tendo a sustentabilidade e a responsabilidade social os pilares da sua atuação nas comunidades locais. Parte dessa estratégia é o Movimento Tempo Sustentável. Formado por uma cadeia de programas, projetos e ações socioculturais, o Movimento busca envolver as comunidades em atividades educativas por meio da integração de espaços e parceiros, por meio do teatro, da dança ou da música, de forma a compartilhar ideias, aprendizados e informações que possam contribuir para o desenvolvimento pessoal e o coletivo.

Essa ação busca envolver as comunidades em atividades educativas por meio da integração de espaços e parceiros. O objetivo da empresa é desenvolver estratégias para a valorização do meio ambiente e da cultura regional, tendo como pilares a sustentabilidade e a responsabilidade social. Dentre os projetos que integram o Movimento Tempo Sustentável estão as peças “De Olho no Clima” e “Lunática”; o Caminhão Mambembe Fiorini, que contempla 13 comunidades escolares públicas, estaduais e municipais, com um animado pacote cultural de atividades gratuitas;  e o Projeto Raízes, que tem como objetivo a identificação, a capacitação e a articulação de empreendedores do setor cultural do interior do estado, contribuindo para fortalecer a atuação de grupos, entidades e pessoas.

O diretor-presidente da Otávio Sanabio também destaca o trabalho que será realizado no Centro de Referência em Revegetação da Mata Atlântica da VSB, que terá área verde reflorestada de 6 milhões de m2.

Na primeira etapa, a prioridade é tratar de recursos hídricos, córregos e nascentes. O terreno que será reflorestado já está preparado e recebe o plantio das mudas. Somente para o projeto foram selecionadas mais de 300 espécies arbóreas da Mata Atlântica. Inicialmente, a revegetação abrange mais de 1 milhão de m2 de mata ciliar, que envolve quatro córregos e aproximadamente 15 nascentes. O próximo passo é reflorestar as demais áreas e conectá-las.

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