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Revista GC - Ed.65 - Nov/Dez 2015
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Tendências do Mercado

Ajuste obrigatório

"Brasil não recuperará sua economia sem o ajuste fiscal e sem atacar problemas estruturais", diz Maílson da Nóbrega em evento promovido pela Sobratema

O economista Maílson da Nóbrega, durante o evento Tendências no Mercado da Construção, promovido pela Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, fez uma defesa do ajuste fiscal, como um roteiro obrigatório para o país sair da crise. Para ele, os desafios enfrentados pela economia nacional devem continuar no próximo ano e a situação pode ficar pior, caso o governo federal não consiga aprovar as medidas de ajuste fiscal. “Isso provocaria novos rebaixamentos da classificação de risco do país e novas quedas de confiança e de investimento, reduzindo ainda mais a atividade econômica”, explica.

A expectativa para este ano é de uma recessão, com queda de cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2016, Nóbrega estima que o percentual de retração seja menor, de aproximadamente 1%. “Neste momento, não há como sair da recessão. Ela foi determinada por eventos anteriores, particularmente pelos erros de política econômica e do intervencionismo do primeiro mandato do governo da presidente Dilma Rousseff”, avalia.


O economista Maílson da Nóbrega, durante o evento Tendências no Mercado da Construção, promovido pela Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, fez uma defesa do ajuste fiscal, como um roteiro obrigatório para o país sair da crise. Para ele, os desafios enfrentados pela economia nacional devem continuar no próximo ano e a situação pode ficar pior, caso o governo federal não consiga aprovar as medidas de ajuste fiscal. “Isso provocaria novos rebaixamentos da classificação de risco do país e novas quedas de confiança e de investimento, reduzindo ainda mais a atividade econômica”, explica.

A expectativa para este ano é de uma recessão, com queda de cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2016, Nóbrega estima que o percentual de retração seja menor, de aproximadamente 1%. “Neste momento, não há como sair da recessão. Ela foi determinada por eventos anteriores, particularmente pelos erros de política econômica e do intervencionismo do primeiro mandato do governo da presidente Dilma Rousseff”, avalia.

No entanto, Nóbrega analisa que o governo está tentando, com a orientação trazida pelo Ministro da Fazenda Joaquim Levy, criar condições para voltar a crescer em 2016. E, tem acertado em algumas medidas, como por exemplo, o abandono da Nova Matriz Macroeconômica do primeiro mandato, a correção de preços administrados nas áreas de combustíveis e energia, o estancamento das transferências do Tesouro ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a revisão das desonerações tributárias e as primeiras medidas estruturais, que incluem a revisão das pensões por morte e das regras do seguro- desemprego.

O ex-ministro ressaltou o ambiente social e político brasileiro, formado por uma classe média representativa, imprensa livre e independente, reserva internacionais, matérias-primas abundantes, agronegócio competitivo e câmbio flutuante. Disse ainda ser contra o impeachment, destacando que um processo desse tira o foco dos principais problemas a serem resolvidos. O Tendências no Mercado da Construção teve ainda uma apresentação da economista Amaryllis Romano, da Tendências Consultoria Integrada, que abordou as perspectivas do mercado da construção, e do consultor Brian Nicholson, que apresentou as informações inéditas sobre o setor de equipamentos para construção, com dados sobre vendas de equipamentos neste ano e expectativas para 2016.

Estudo de mercado

Durante o evento, foram apresentados os dados do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, que indicou uma queda de 57,8% na comercialização de máquinas em 2015 em relação a 2014. São estimadas vendas neste ano de 26,5 mil unidades contra 62,8 mil unidades no ano anterior.  A linha amarela – equipamentos de movimentação de terra – sofrerá uma diminuição menor, de 50,2% em suas vendas em 2015 ante 2014. Os equipamentos com menor retração neste ano, segundo o Estudo Sobratema, são as miniescavadeiras (23,7%) e as escavadeiras hidráulicas (39,6%). Já a categoria com maior queda é a de motoniveladoras (86,6%).  O Estudo Sobratema contempla ainda os demais equipamentos para o setor, incluindo gruas, guindastes, compressores portáteis, plataformas aéreas, manipuladores telescópicos e tratores de pneus. A compilação e análise dos dados conta com a consultoria econômica do jornalista e economista Brian Nicholson.

Destaques da área de pós-venda em 2015

O Núcleo Jovem da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração divulgou as marcas mais bem votadas do projeto “Destaque Pós-Venda 2015 – Sobratema”. Entre os homenageados, que conquistaram a melhor votação estão: a Caterpillar, na categoria Equipamentos para Terraplenagem, a Sandvik, em Equipamentos para Perfuração, e a Schwing-Stetter, em Equipamentos para Concreto.

Os coordenadores do projeto “Destaque Pós-Venda 2015 – Sobratema”, Antonio Miranda e Bruno Marques, entregaram os troféus como forma de reconhecimento, para Eduardo Freitas e Ricardo Fonseca (Caterpillar), Edison Rocha (Sandvik), e Rogerio Sousa e Quintino Melo (Schwing-Stetter), em Equipamentos para Concreto. As empresas também receberam um Selo para utilizar em seus materiais de divulgação.

Para a definição das marcas mais bem votadas, o Núcleo Jovem da Sobratema enviou um questionário para as empresas e profissionais associados à entidade, que avaliaram a qualidade dos serviços de pós-venda em quesitos: como atendimento, incluindo orçamento, prazo de entrega e garantia; qualidade, no que diz respeito a serviços e peças de reposição; e documentação de apoio, relativo a manuais, catálogos e boletins técnicos.

 

 

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