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Revista GC - Ed.80 - Junho 2017
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Semana das Tecnologias Integradas

A rua como espaço do convívio solidário

Como parte do compromisso de discutir cidades mais humanas e inclusivas, a Sobratema, em parceria com o Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia) e a WRI Brasil levou para a Semana das Tecnologias Integradas para Construção, Meio Ambiente e Equipamentos uma versão ampliada e mais abrangente do projeto “Rua Completa - Rede Nacional para a Mobilidade de Baixo Carbono”. A iniciativa, que havia sido apresentada com muito êxito no Encontro dos Municípios com Desenvolvimento Sustentável, promovido pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em abril, em Brasília, consiste em reunir em um único espaço as condições ideais, projetadas para garantir acesso seguro a todos os usuários – pedestres, ciclistas, usuários do transporte coletivo e motoristas – a partir de elementos de desenho urbano, mobiliário e infraestruturas que melhoram as condições de segurança e acessibilidade.

A “rua piloto” contou com 400 m2 de área projetada, onde foi apresentado o estado-da-arte em pavimentação de vias, iluminação pública, sinalização vertical e horizontal, sistema de drenagem


Como parte do compromisso de discutir cidades mais humanas e inclusivas, a Sobratema, em parceria com o Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia) e a WRI Brasil levou para a Semana das Tecnologias Integradas para Construção, Meio Ambiente e Equipamentos uma versão ampliada e mais abrangente do projeto “Rua Completa - Rede Nacional para a Mobilidade de Baixo Carbono”. A iniciativa, que havia sido apresentada com muito êxito no Encontro dos Municípios com Desenvolvimento Sustentável, promovido pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em abril, em Brasília, consiste em reunir em um único espaço as condições ideais, projetadas para garantir acesso seguro a todos os usuários – pedestres, ciclistas, usuários do transporte coletivo e motoristas – a partir de elementos de desenho urbano, mobiliário e infraestruturas que melhoram as condições de segurança e acessibilidade.

A “rua piloto” contou com 400 m2 de área projetada, onde foi apresentado o estado-da-arte em pavimentação de vias, iluminação pública, sinalização vertical e horizontal, sistema de drenagem de água de chuva, calçadas mais largas, ciclovias, faixas exclusivas para o transporte coletivo e para os pedestres, piso tátil para deficientes visuais etc.

Tudo na Rua Completa foi pensado para estimular o deslocamento não motorizado como prioridade, bem como a ocupação do espaço urbano pelo cidadão. No final da rua foi montada uma “praça” destinada à convivência, dotada de equipamentos urbanos que permitem uso pleno para pessoas portadoras de deficiências. Durante todos os dias da feira, ao final das tardes , equipes de cadeirantes e atletas portadores de deficiências fizeram apresentações dança, de skates, jogaram basquete entre outras atividades, mostrando como o espaço público pode ser ocupado para atividades lúdicas, que aproximem as pessoas. “

“O objetivo da Rua Completa é mostrar, em escala real, aos prefeitos e integrantes das administrações municipais e aos visitantes desse importante evento a possibilidade da convivência harmoniosa e segura decorrente de vias urbanas bem planejadas, em locais de comércio e com grande fluxo de pessoas”, afirmou Berlusconi.

Humanizando as ruas

Segundo Afonso Mamede, nesse recorte urbano dá para ter uma amostra da excelência do que é oferecido ao mercado, por construtoras e fornecedores de solução, em termos de pavimentação, acessibilidade, mobilidade e calçadas, iluminação pública etc. Uma das características da Rua Completa são as fachadas ativas. A presença de janelas e vitrines voltadas para a rua, portas e acessos frequentes, bem como a proximidade da edificação com a calçada, possuem uma forte relação com a segurança pública urbana. Comércio, serviços e espaços culturais estimulam a convivência entre a vizinhança e qualificam a relação do espaço público com o ambiente construído, promovendo mais interação social.

A rua ideal tem vários tipos de pavimentos, dependendo de fatores como a função da via, tipo de tráfego, fluxo de veículos e pedestres, topografia do local, tipo de subsolo, periodicidade de manutenção, uso e ocupação do solo.

No protótipo apresentado foram utilizados dois tipos de pavimentos: paver (blocos intertravados de concreto) e o concreto moldado in loco, ambos antiderrapantes, o que proporciona segurança aos pedestres, mesmo em dias de chuva. Para orientar os deficientes visuais, foi instalado piso tátil em todo o trajeto.

Uma das características da Rua Completa é o sistema semafórico inteligente. Fabricado pela Cobrasim, o equipamento é dotado de um conjunto de sensores. Nos semáforos convencionais, a programação é com tempos fixos, estabelecidos a partir de médias calculados pelos operadores de tráfego. Já o novo sistema, a tomar de decisões é rápida, sem necessidade da interferência humana. Os sensores permitem, por exemplo, avaliar o fluxo de veículos. Se esse fluxo é intenso, mas o sinal está fechado e não há pedestre, o semáforo escolhe o melhor tempo pra a abertura do sinal. Mas se, ao contrário, há um grande número de pedestres para atravessar a via, o semáforo também adapta o tempo de abertura, para comportar toda a travessia.

Se o sinal falta pouco para fechar e o sistema identifica a aproximação de um ônibus, por exemplo, o sistema “segura” o sinal por mais tempo, dando prioridade à passagem do transporte coletivo.

Idosos, deficientes físicos ou visuais têm prioridade nas ruas controladas pelo sistema. Os últimos, por exemplo, podem utilizar o sinal sonoro, que avisa quando é iniciada a contagem do tempo de travessia e alerta com um bip quando este tempo está perto do fim.

No âmbito da sinalização horizontal, a marcação no pavimento indica para que tipo de usuário a via se destina. Há faixas de serviço, onde são colocados lixeiras, postes de iluminação, assentos, paraciclos etc. Há faixas exclusivas para pedestres, outras para ciclistas, vias para transporte coletivo etc., exigindo velocidades baixas para o convívio seguro entre todos os meios de transporte.

A iluminação das vias deve priorizar pedestres e ciclistas, que não possuem sistemas próprios de iluminação, como os automóveis. Algumas tecnologias melhoram a iluminação pública. Lâmpadas de LED e luminárias com placas solares geram economias nas contas de luz e na manutenção das redes.

As técnicas de gerenciamento de águas pluviais, também chamadas de “infraestrutura verde”, como biorretenção, plantio de árvores mas calçadas e utilização de pavimentos permeáveis, reduzem o escoamento de água da chuva, aliviando o impacto da drenagem urbana. Elas melhoram, a qualidade da água que retorna para as bacias, diminuindo a necessidade de tratamento para o consumo.

Os jardins de chuva ou bacias de infiltração são canteiros caracterizados por depressão no solo, que forma uma bacia para onde é direcionado o escoamento superficial da água da chuva.

Afonso Mamede destacou que a transformação das ruas em um local mais agradável e seguro pode ser realizada com intervenções simples, como pinturas no pavimento para aumentar a área dedicada aos pedestres, sinalização etc.

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