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Revista GC - Ed.10 - Novembro 2010
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Energia Eólica

A energia está no ar

Investimentos em parques eólicos crescem em todo o Brasil, que já ocupa a 28a posição no ranking mundial nessa modalidade de geração de energia, com uma potência instalada de 370 MW

Começam em janeiro próximo as obras de terraplenagem das áreas onde a Galvão Energia (Dreen) construirá quatro usinas de geração de energia eólica. A empresa é um braço do Grupo Galvão, dedicado ao desenvolvimento, implantação e operação de plantas de geração de energia elétrica obtida a partir de fontes renováveis. As usinas serão implantadas no município de São Bento do Norte, no litoral do Rio Grande do Norte, e terão um potencial instalado de 94 MW. O investimento previsto é de R$ 400 milhões.

A estimativa da empresa é de que as obras estarão concluídas ao final de 2012, de forma que as usinas de Olho D’água, São Bento do Norte, Farol e Boa Vista deem início à produção já no começo de 2013. Serão no total 47 aerogeradores, nos quatro parques eólicos.

Otávio Silveira, presidente da Galvão Energia, conta que a empresa conquistou o direito da execução do projeto ao vencer o leilão de fontes alternativas realizado em agosto, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Essa é a primeira incursão da empresa nesse tipo de empreendimento. A empresa foi constituída no início de 2009 para atuar em projetos de longo prazo no mercado de energia, a partir de fontes renováveis. Os focos são as áreas hídrica e eólica e a decisão é desenvolver projetos do zero, ou seja, a partir do projeto básico. Hoje a empresa possui um portfólio de projetos da ordem de 1.000 MW em desenvolvimento, nas duas áreas. São mais de 600 MW em projetos eólicos e 300 MW em projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Os primeiros que saíram da gaveta para a fase de implantação são esses quatro parques eólicos para o Rio Grande do Norte.

Otávio Silveira explica que o leilão foi realizado de forma a sagrar vencedora a empresa ou consórcio que oferecesse a menor tarifa. Foram leiloados cerca de 13.000 MW em projetos no Brasil inteiro, sendo a maior concentração na região Nordeste. Do total dos 13.000 MW, cerca de 10.000 foram habilitados. “Na verdade o que o governo faz é intermediar a venda da energia por parte do gerador e a compra dessa


Investimentos em parques eólicos crescem em todo o Brasil, que já ocupa a 28a posição no ranking mundial nessa modalidade de geração de energia, com uma potência instalada de 370 MW

Começam em janeiro próximo as obras de terraplenagem das áreas onde a Galvão Energia (Dreen) construirá quatro usinas de geração de energia eólica. A empresa é um braço do Grupo Galvão, dedicado ao desenvolvimento, implantação e operação de plantas de geração de energia elétrica obtida a partir de fontes renováveis. As usinas serão implantadas no município de São Bento do Norte, no litoral do Rio Grande do Norte, e terão um potencial instalado de 94 MW. O investimento previsto é de R$ 400 milhões.

A estimativa da empresa é de que as obras estarão concluídas ao final de 2012, de forma que as usinas de Olho D’água, São Bento do Norte, Farol e Boa Vista deem início à produção já no começo de 2013. Serão no total 47 aerogeradores, nos quatro parques eólicos.

Otávio Silveira, presidente da Galvão Energia, conta que a empresa conquistou o direito da execução do projeto ao vencer o leilão de fontes alternativas realizado em agosto, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Essa é a primeira incursão da empresa nesse tipo de empreendimento. A empresa foi constituída no início de 2009 para atuar em projetos de longo prazo no mercado de energia, a partir de fontes renováveis. Os focos são as áreas hídrica e eólica e a decisão é desenvolver projetos do zero, ou seja, a partir do projeto básico. Hoje a empresa possui um portfólio de projetos da ordem de 1.000 MW em desenvolvimento, nas duas áreas. São mais de 600 MW em projetos eólicos e 300 MW em projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Os primeiros que saíram da gaveta para a fase de implantação são esses quatro parques eólicos para o Rio Grande do Norte.

Otávio Silveira explica que o leilão foi realizado de forma a sagrar vencedora a empresa ou consórcio que oferecesse a menor tarifa. Foram leiloados cerca de 13.000 MW em projetos no Brasil inteiro, sendo a maior concentração na região Nordeste. Do total dos 13.000 MW, cerca de 10.000 foram habilitados. “Na verdade o que o governo faz é intermediar a venda da energia por parte do gerador e a compra dessa mesma energia pelas distribuidoras. Ao vencer o certame, a Galvão Energia adquiriu, através de um contrato de longo prazo – 20 anos – a autorização por parte do governo federal para fornecer energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Não se fala de concessão, porque as instalações são privadas, a área onde serão instalados os aerogeradores também é privada. Portanto, se você não se conectasse ao SIN não haveria necessidade de uma autorização”, detalha.

O executivo explica que na verdade a autorização dada pela Aneel foi por um período de 30 anos. Mas o contrato de venda de energia no ambiente regulado é que foi por 20 anos. Isso significa que, ao final dos primeiros 20 anos, a Galvão Energia poderá ir ao mercado e vender energia pelo período complementar de mais 10 anos. “O governo não fechou o contrato pelo período de 30 anos talvez porque ainda não se consiga fazer uma previsão do comportamento desse equipamento ao longo de todo esse período de 20 anos. Trata-se de uma tecnologia muito nova. Pode ser que ao final desse período você precise trocar todo o equipamento, fazer um retrofit. E qual seria o custo disso? Que tarifa seria necessária para bancar esse custo? Ninguém sabe ainda”, observa Otávio Silveira. Apesar das dúvidas, ele acredita que o período de 20 anos assegurado em contrato será suficiente para remunerar os investimentos.

O leilão não fez nenhuma restrição quanto ao tipo de equipamento nem quanto à sua procedência, a não ser a proibição de implantação de projetos novos com equipamentos usados. A regra serve para impedir a utilização de tecnologia obsoleta ou equipamentos sucateados, produzidos no exterior. É também uma forma de estimular o desenvolvimento dessa tecnologia no Brasil. Se julgasse necessário, a empresa poderia até importá-lo. “Mas a tarifa de importação, de 14%, inviabilizaria o projeto. Além disso, o BNDES exige um índice de nacionalização de 60% para financiar a compra do equipamento. De qualquer forma, o que nós percebemos é que os principais players mundiais deste segmento da indústria vieram para o Brasil e estão aqui vendendo equipamento com 60% de conteúdo nacional, para que possa ser adquirido através do Finame/BNDES. Essas empresas estão trazendo o que há de mais moderno em tecnologia do setor para o País. Algumas até estão desenvolvendo novos equipamentos exclusivamente para o mercado brasileiro. Isso é uma prova de que o nascimento do setor eólico no Brasil é um sucesso”, comemora o presidente da Galvão Energia.

O projeto da Galvão Energia tem importantes benefícios socioeconômicos. O primeiro é o pagamento de royalties pelo arrendamento das áreas onde serão instalados os aerogeradores. Outro fator é a geração de empregos qualificados e o desenvolvimento do interior do Nordeste, que evita o movimento migratório dos trabalhadores para as capitais.

A Galvão Energia vai investir na capacitação de mão de obra local. “Esse trabalho começa em 2011 com as obras de implantação e se intensificará em 2012 com o treinamento dos funcionários que vão trabalhar nos parques”, diz Silveira.

Ventos da mudança
No ranking mundial da energia eólica, o Brasil está na 28a posição, com uma potência instalada de 370 MW. O maior parque do mundo fica nos Estados Unidos, com uma potência instalada de 25,7 mil MW, que equivale a duas usinas do tamanho de Itaipu. Trata-se da forma de geração de energia que mais cresceu nos últimos seis anos no mundo todo. O crescimento em 2009 foi de 31%, sendo que o segundo lugar ficou com as usinas de carvão, com um crescimento de 5,6%.

A questão financeira sempre foi o principal entrave para o investimento em parques eólicos, já que, ambientalmente, o parque eólico é o que menos impacto provoca, a não ser o visual. No entanto, a necessidade mundial em se investir em energias limpas e renováveis ampliou o número de empresas a construir materiais necessários para a implementação da matriz eólica. Os recentes incentivos fiscais concedidos pelo governo brasileiro também estão contribuindo para o interesse de mais multinacionais instalarem fábricas no Brasil para a construção das torres metálicas, das pás e dos aerogeradores.

Com a queda nos preços, a energia eólica tornou-se a segunda forma de energia mais barata no Brasil, só perdendo para as hidrelétricas. A fase de juventude foi superada e uma fase mais madura está sendo constituída atualmente, fincada no tripé de preços competitivos, possibilidade de energia complementar ao Sistema e energia limpa e renovável.

A costa brasileira tem as condições ideais para a construção de parques eólicos. Pelo Proinfa, estão sendo construídos e finalizados parques na Bahia, no Ceará, em Pernambuco, em Porto Alegre, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Norte e em Santa Catarina. Em pouco mais de três anos, de apenas 22 MW de energia eólica instalada, o Brasil saltou para os atuais 414 MW instalados, segundo dados do Programa.

O Rio Grande do Norte vem recebendo investimentos crescentes no setor de energia eólica e já ultrapassou o Ceará na disponibilidade de geração de energia nos leilões eólicos, aponta o secretário. A corrida dos ventos vem atraindo grupos fortes, dispostos a investir no setor, mas que ainda tem pontos que podem ser melhorados. A maior carência no Rio Grande do Norte é em relação a linhas de transmissão que coletem a energia e a integrem ao SIN. Naquele estado, o parque do Rio do Fogo é o mais rentável e foi implementado pelo grupo Iberdrola, empresa gestora da Cosern.

Atualmente, o ranking brasileiro na geração de energia é liderado pelo Rio Grande do Norte, seguido de Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul.

A capacidade de geração de energia do Rio Grande do Norte é de 600 MW de demanda média, com expectativa de aumento com a entrada de outras empresas.

Certa vez, brincando sobre o potencial de geração de energia eólica no estado, a então ministra Dilma Rousseff, hoje presidente eleita do Brasil, disse: “o Rio Grande do Norte é o Pré-Sal dos ventos”. Que assim seja!

Logística complexa
Vistoria inicial, plano de rigging, transporte, içamentos e montagens. Essas são algumas das etapas da complexa operação de logística estruturada para a montagem de um parque eólico, com suas grandes torres e hélices, geralmente em locais de difícil acesso. No Brasil, uma das empresas que se especializou nessas operações envolvendo movimentação de cargas e gestão no desenvolvimento de projetos, com um patamar de excelência resultante de investimentos em tecnologia e mão de obra, foi a Makro Engenharia.

Com a equipe da divisão Heavy Lift, especializada em movimentação de cargas superpesadas, a Makro Engenharia atua fortemente no segmento de energias renováveis, realizando a montagem de parques eólicos no Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, em parceria com as maiores empresas do segmento em operação no País.

Exemplo dessa atuação foi a implantação do Parque Eólico de Rio do Fogo (RN), para a Wobben Wind Power, subsidiária do grupo alemão Enercon, parceira com a Petrobras. A Makro esteve presente também na movimentação de cargas e na manutenção dos sites nas localidades de Taiba e Prainha (CE), fazendo uso de guindastes telescópicos com capacidade de 100 t a 550 t.

Além disso, realizou a implantação de parque eólico em Parnaíba (PI), montando torres com altura de 80 m. Juntamente com a empresa Indiana Suzlon Energy, transportou uma das maiores pás e nacelles já manuseadas no país (44 m), com peso de até 80 t. Para isso, utilizou conjuntos de linhas de eixo, em um trajeto que partiu do Porto do Mucuripe (Fortaleza-CE) até o pátio de estocagem (Caucaia-CE). Além disso, executou todo o processo de descarregamento e logística da empresa.

Para o parque eólico Praia de Parajuru, em Beberibe (CE), a Makro Engenharia, contratada pela IMPSA no Brasil, disponibilizou guindastes sobre esteiras e telescópicos, além de equipamentos auxiliares e de transportes especiais.

De acordo com os executivos da empresa de engenharia, as dificuldades enfrentadas nas operações vão desde a liberação e nacionalização dos equipamentos e peças no porto até o transporte a longas distâncias para os parques eólicos. Fatores naturais, como as rajadas de vento e chuvas contínuas, elevam o grau de dificuldade nas operações de transporte.

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