P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Revista GC - Ed.68 - Abril 2016
Voltar
Construção Imobiliária - Centro Paralímpico Brasileiro

À altura do esporte

Capital paulista abriga o mais moderno centro esportivo totalmente projetado para a preparação dos atletas paraolímpicos de 15 modalidades

Faltando poucos meses para a realização dos Jogos Paraolímpicos de 2016, o Brasil inaugura um dos maiores e mais modernos conjuntos esportivos do mundo para o treinamento e preparação dos atletas para o evento. É o Centro Paraolímpico Brasileiro (CPB), construído no Parque Estadual Fontes do Ipiranga, na zona sul da cidade de São Paulo, cujas obras começaram em dezembro de 2013. O local será o principal centro de excelência do país e da América Latina, com instalações para a prática de 15 modalidades paraolímpicas. Em seu projeto, o Centro segue o conceito de países potência no esporte adaptado a pessoas com deficiência, como Ucrânia, China e Coreia do Sul.

A construção do centro foi fruto de uma parceria entre o Comitê Paraolímpico Brasileiro,  o governo federal, que investiu, por meio do Ministério dos Esportes, R$ 145 milhões, recursos oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e o Estado de São Paulo, que aplicou R$ 119,7 milhões, perfazendo um total de 264,7 milhões. Além disso, foram gastos mais R$ 24 milhões para a compra e instalação de aparelhos e equipamentos, dos quais R$ 20 milhões da União e R$ 4 milhões do governo estadual. As obras ficaram a cargo da construtora OAS.

O CPB tem uma área construída de 59.655 metros quadrados e 59.270 metros de fundações, onde foram consumidos 3.080.644 quilos de aço CA-50 e um volume de 37.002 metros cúbicos de concreto. O complexo está divido em dois blocos. Um deles é o Centro de Treinamento esportivo, com dois ginásios contendo oito quadras esportivas, arenas multiuso, pistas de atletismo, piscinas olímpica e semiolímpica, além de vestiários, sanitários e salas de diversas utilidades.

Nesse centro, há instalações esportivas indoor (cobertas) e outdoor (ao ar livre). Nelas poderão ser praticadas as modalidades paraolímpicas de basquete, rúgbi, tênis e esgrima, todas em cadeira de rodas, atletismo, bocha, futebol de 5 (para cegos) e de 7 (para jogadores com paralisia cerebral), goalball, halterofilismo, judô, natação, tênis de mesa, triatlo e voleibol sentado. No caso das duas piscinas, uma tem 50 metros de extensão e arquibancada para 200 lugares e outra mede 25 metros e será usada para aquecimento. A pista de atletismo, por sua vez, t


Faltando poucos meses para a realização dos Jogos Paraolímpicos de 2016, o Brasil inaugura um dos maiores e mais modernos conjuntos esportivos do mundo para o treinamento e preparação dos atletas para o evento. É o Centro Paraolímpico Brasileiro (CPB), construído no Parque Estadual Fontes do Ipiranga, na zona sul da cidade de São Paulo, cujas obras começaram em dezembro de 2013. O local será o principal centro de excelência do país e da América Latina, com instalações para a prática de 15 modalidades paraolímpicas. Em seu projeto, o Centro segue o conceito de países potência no esporte adaptado a pessoas com deficiência, como Ucrânia, China e Coreia do Sul.

A construção do centro foi fruto de uma parceria entre o Comitê Paraolímpico Brasileiro,  o governo federal, que investiu, por meio do Ministério dos Esportes, R$ 145 milhões, recursos oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e o Estado de São Paulo, que aplicou R$ 119,7 milhões, perfazendo um total de 264,7 milhões. Além disso, foram gastos mais R$ 24 milhões para a compra e instalação de aparelhos e equipamentos, dos quais R$ 20 milhões da União e R$ 4 milhões do governo estadual. As obras ficaram a cargo da construtora OAS.

O CPB tem uma área construída de 59.655 metros quadrados e 59.270 metros de fundações, onde foram consumidos 3.080.644 quilos de aço CA-50 e um volume de 37.002 metros cúbicos de concreto. O complexo está divido em dois blocos. Um deles é o Centro de Treinamento esportivo, com dois ginásios contendo oito quadras esportivas, arenas multiuso, pistas de atletismo, piscinas olímpica e semiolímpica, além de vestiários, sanitários e salas de diversas utilidades.

Nesse centro, há instalações esportivas indoor (cobertas) e outdoor (ao ar livre). Nelas poderão ser praticadas as modalidades paraolímpicas de basquete, rúgbi, tênis e esgrima, todas em cadeira de rodas, atletismo, bocha, futebol de 5 (para cegos) e de 7 (para jogadores com paralisia cerebral), goalball, halterofilismo, judô, natação, tênis de mesa, triatlo e voleibol sentado. No caso das duas piscinas, uma tem 50 metros de extensão e arquibancada para 200 lugares e outra mede 25 metros e será usada para aquecimento. A pista de atletismo, por sua vez, tem a certificação mais alta da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) e poderá receber grandes eventos da modalidade. Todos os níveis do centro de treinamento são conectados por uma rampa em espiral e elevadores.

O outro bloco do CPB é o Centro Residencial, separado da parte esportiva por uma área de preservação ambiental, e que conta com 86 alojamentos com 284 leitos adaptados – cada quarto comporta de duas a seis pessoas. Esse complexo possui ainda refeitórios, salas de estar, TV e reuniões, lavanderias e governanças, área administrativa e de apoio ao parque, e 300 vagas de estacionamento. Além dessa ala residencial e do Centro de Treinamento, o Centro Paraolímpico Brasileiro vai abrigar um departamento de Medicina e Ciências do Esporte, além de academia, vestiários e outros espaços de apoio.

Toda essa estrutura foi construída num terreno do governo do Estado de São Paulo, que estava sob administração da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e foi cedido para o projeto. Avaliado em R$ 290 milhões, o local abrigava antes uma unidade da Fundação Casa, a antiga Febem Imigrantes, serviços de algumas secretarias estaduais e um Centro de Inclusão Social para Pessoas com Deficiência. Como é uma área de preservação ambiental, todos os projetos arquitetônicos do CPB estão em harmonia com a vegetação e a topografia da região. A escola técnica existente no local será remanejada para outro ponto no parque e passará a ter projeto pedagógico voltado para a formação profissional em esporte e atividades correlatas.

Segundo a coordenadora obra, Mei Ling, todo o Centro Paraolímpico Brasileiro foi construído pensando na acessibilidade, com rampas de acesso e elevadores.  “O grande desafio foi um desnível muito grande entre o ponto mais alto e o mais baixo do terreno, na Rodovia dos Imigrantes, explicou. “Tivemos que implantar todo o centro de treinamento em cinco grandes níveis e garantir a acessibilidade e a interligação. A gente conseguiu construir essas áreas e criar as rampas internas e externas.”

No atual estágio das obras, os blocos residenciais do CPB estão praticamente prontos e as instalações esportivas estão recebendo seus retoques finais. A pista de atletismo começou a ser montada em junho e, no mesmo mês, os campos de futebol de 5 e de 7 receberam o gramado artificial. Na parte dos esportes aquáticos, a empresa italiana responsável pelas duas piscinas já está concluindo a montagem. Outros setores, como as quadras poliesportivas e as destinadas a modalidades como basquete e rúgbi em cadeira de rodas e vôlei sentado já contam com o piso de madeira e arquibancadas móveis montadas.

Medalhas para o Brasil

O CPB faz parte do Plano Brasil Medalhas, do Ministério do Esporte, que tem como objetivo colocar o país entre as maiores potências esportivas do mundo a partir dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. No caso do esporte paraolímpico, o objetivo é que o Brasil se classifique entre os cinco primeiros no quadro de medalhas, depois de ter conquistado o nono lugar nos Jogos de Pequim em 2008 e o sétimo em Londres 2012. O Centro em São Paulo, que abrigará a reta final da preparação da delegação brasileira que vai disputar os Jogos, será relevante para manter essa performance ascendente e alcançar a meta.

Além disso, o Centro integrará a Rede Nacional de Treinamento, que está sendo estruturada em todo o Brasil para modalidades de alto rendimento e faz parte do programa de incremento à preparação dos atletas para os Jogos de 2016.

Criada pela Lei Federal 12.395 de março de 2011, ela tem garantidos investimentos da ordem de R$ 4 bilhões para a sua estruturação em todos os estados da Federação. Desse total, R$ 3 bilhões serão destinados à infraestrutura, que prevê a construção de 12 centros de treinamento de diversas modalidades, 261 Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), 46 pistas oficiais de atletismo e 10 instalações olímpicas no Rio de Janeiro.

Também está previsto que, durante os Jogos, serão reformados e construídos na capital fluminense locais de treinamento em unidades militares e na Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A Rede contará, ainda, com laboratórios e centros de pesquisa, oferecendo espaço e tecnologias para detecção de talentos, formação de base e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paraolímpicas.

Também tornará possível o aprimoramento e intercâmbio de técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte. O trabalho se apoiará na aplicação das ciências do esporte à formação e ao treinamento de atletas. É um projeto nacional de desenvolvimento do esporte de alto rendimento, desde a base até o nível olímpico.

Quanto ao Centro Paraolímpico Brasileiro, segundo o Portal Brasil, do governo federal, ele também será “um local para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e equipes principais, treinamento para futuras gerações de atletas de esportes adaptados, preparação física, formação de técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais, e desenvolvimento das ciências do esporte, no conceito de atuação interdisciplinar envolvendo medicina, fisioterapia, psicologia, fisiologia, biomecânica, nutrição e metodologia do treinamento, entre outras áreas”. Outro objetivo “é apoiar países da América Latina e da África no desenvolvimento do esporte paraolímpico e na preparação de diversas gerações de atletas”.

Além de legado para o esporte paraolímpico, o CPB será importante para as pessoas com deficiência, que se beneficiarão de pesquisas em diversas áreas científicas e tecnológicas e terão espaço para reabilitação. Será também local para crianças e jovens iniciarem a prática esportiva nas várias modalidades que serão desenvolvidas ali. “O projeto é inovador, reúne em um só parque condições de alojamento e laboratório avançado de avaliação da condição física”, disse a secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Linamara Rizzo Battistella.

 

 

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E

Mais matérias sobre esse tema

Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP

Telefone (11) 3662-4159

© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade