ENERGIA
Assessoria de Imprensa
04/07/2019 11h00
Com um forte deságio de 75,6% em relação ao preço inicial de R$ 276,00/MWh, atingindo um preço médio de venda de energia elétrica de R$ 67,48/MWh (equivalente a US$ 17,62/MWh), a fonte solar fotovoltaica se destacou no Leilão de Energia Nova (LEN A-4 de 2019), realizado na semana passada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo (SP).
Na avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) o certame resultou em um volume de contratação muito aquém das expectativas do setor e da própria necessidade do país.
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...Com um forte deságio de 75,6% em relação ao preço inicial de R$ 276,00/MWh, atingindo um preço médio de venda de energia elétrica de R$ 67,48/MWh (equivalente a US$ 17,62/MWh), a fonte solar fotovoltaica se destacou no Leilão de Energia Nova (LEN A-4 de 2019), realizado na semana passada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo (SP).
Na avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) o certame resultou em um volume de contratação muito aquém das expectativas do setor e da própria necessidade do país.
“O montante contratado foi muito baixo em comparação com o número elevadíssimo de projetos participantes do leilão. Apenas duas distribuidoras de energia elétrica contrataram projetos no leilão. Isso ocasionou uma alta competição entre os players, produzindo preços-médios fora dos patamares de referência para a fonte solar fotovoltaica no Brasil”, aponta Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar.
Os projetos solares fotovoltaicos contratados pelo LEN A-4 de 2019 estão localizados nas regiões Nordeste e Sudeste, nos estados do Ceará (163,7 MW), e Minas Gerais (40,0 MW).
Foram arrematados apenas seis novas usinas da fonte, totalizando 203,7 MW de potência e novos investimentos privados de mais de R$ 856,2 milhões até 2023.
“Apenas 30% da energia elétrica que será gerada pelas usinas do Ceará e 50% da energia das usinas de Minas Gerais foram destinadas às distribuidoras, no ambiente de contratação regulada (ACR). O restante da energia poderá ser vendida no ambiente de contratação livre (ACL), onde os preços são mais elevados, ajudando a equilibrar a receita dos projetos”, esclarece Sauaia.
“Temos a informação de que parte dos empreendimentos contratados será de expansão de projetos existentes. Isso permitiu abrir espaço para um preço mais arrojado na competição”, comenta Sauaia.
“O mercado conta com um volume de contratação muito mais robusto para a fonte solar fotovoltaica no leilão A-6 de 2019, previsto para outubro, quando teremos a real dimensão do patamar de preço da fonte no país”, acrescenta.
A Absolar solicitou ao Ministério de Minas e Energia (MME) e à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) o aprimoramento do planejamento de contratação para a fonte, descrito no Plano Decenal de Expansão de Energia 2027 (PDE 2027).
“O MME e a EPE estabeleceram um cenário no PDE 2027 no qual desafiaram o setor solar fotovoltaico a reduzir seus preços em aproximadamente 40% até 2024. Já cumprimos esta meta desde 2018, demonstrando na prática o ganho de competitividade da fonte, e ainda antecipamos esta redução de preços em mais de cinco anos, em benefício de toda a sociedade brasileira. Desse modo, cabe ao Governo Federal fazer a sua contrapartida e ampliar os volumes de contratação anual da fonte na nova versão do PDE prevista para este ano, passando de 1 GW para pelo menos 1,9 GW de contratação anual, conforme as diretrizes do PDE 2026”, detalha Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da Absolar.
Dados
A Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) informa que foram comercializados 95,2 MW de capacidade eólica (3 projetos), no leilão A-4 de 2019, realizado na última sexta.
Os projetos eólicos vendidos no leilão significam novos investimentos de mais de R$ 532 milhões em contratos de 20 anos, com entrega prevista para 2023. As usinas eólicas contratadas estão localizadas no Estado do Piauí (2 projetos e 74,2 MW) e Rio Grande do Norte (1 projeto e 21 MW).
Vale explicar que 30,3% do montante em MWmédio viabilizado foi comercializado exclusivamente neste leilão A-4, ficando o restante disponível para comercialização no mercado livre de energia ou em próximos leilões, como fruto da estratégia dos empreendedores.
A eólica foi responsável por 30,4% do total de MWmédios viabilizados no leilão, o que pode abastecer, em média, 200 mil residências por mês, pela energia dos ventos.
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