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Revista GC - Ed.41 - Setembro 2013
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Artigo

Nacionalização: a indústria brasileira pode e tem interesse

O índice de nacionalização de componentes é um tema em evidência em vários setores, principalmente aqueles que exigem grandes investimentos em atualização tecnológica como ferroviário, energia eólica, automotivo e petróleo e gás, por exemplo. Hoje, apenas produtos fabricados no país e com índice de nacionalização mínimo de 60% são passíveis de ser financiados pelo cartão BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Social). O governo, por meio do BNDES e programas como Inovar-Auto - Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores - utiliza várias medidas e incentivos para que as empresas produzam seus equipamentos dentro do Brasil. O objetivo é gerar empregos e movimentar a indústria local.

Vemos, porém, que na prática as empresas que estão participando destes programas têm dificuldades para desenvolver os produtos nacionalmente, até mesmo por desconhecerem a capacidade da indústria brasileira. E o que muitos não sabem é que a indústria nacional está ávida para desenvolver novos produtos e aplicações com alta tecnologia e valor agregado, mas tem como obstáculo a necessidade imediata de atender os prazos de contratos já fechados.

Um exemplo é a indústria ferroviária. As obras de mobilidade urbana, como expansão de metrôs e monotrilho, estão sendo rápidas por conta das licitações que já estão em andamento. Entretanto, devido ao prazo exíguo para as primeiras entregas, a solução é importar componentes massivamente. Com isso, tanto a indústria nacional como o país perdem oportunidades de se desenvolver.

A Alcoa, por exemplo, é uma empresa multinacional que desenvolve produtos de classe mundial e eventualmente transfere um determinado processo de outro país para a subsidiária brasileira. Algumas empresas desconhecem que isso é possível e muitas vezes se surpreendem com a capacidade de atender suas necessidades dentro do próprio país. De certa forma, não sentem segurança de que a indústria nacional pode fornecer, desenvolver ou até mesmo importar uma solução nova.

Neste cenário, um dos caminhos para atingir o índice de nacionalização e colaborar com o crescimento da indústria é encontrar parceiros que viabilizem este processo, desde os estágios iniciais dos projetos. P


O índice de nacionalização de componentes é um tema em evidência em vários setores, principalmente aqueles que exigem grandes investimentos em atualização tecnológica como ferroviário, energia eólica, automotivo e petróleo e gás, por exemplo. Hoje, apenas produtos fabricados no país e com índice de nacionalização mínimo de 60% são passíveis de ser financiados pelo cartão BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Social). O governo, por meio do BNDES e programas como Inovar-Auto - Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores - utiliza várias medidas e incentivos para que as empresas produzam seus equipamentos dentro do Brasil. O objetivo é gerar empregos e movimentar a indústria local.

Vemos, porém, que na prática as empresas que estão participando destes programas têm dificuldades para desenvolver os produtos nacionalmente, até mesmo por desconhecerem a capacidade da indústria brasileira. E o que muitos não sabem é que a indústria nacional está ávida para desenvolver novos produtos e aplicações com alta tecnologia e valor agregado, mas tem como obstáculo a necessidade imediata de atender os prazos de contratos já fechados.

Um exemplo é a indústria ferroviária. As obras de mobilidade urbana, como expansão de metrôs e monotrilho, estão sendo rápidas por conta das licitações que já estão em andamento. Entretanto, devido ao prazo exíguo para as primeiras entregas, a solução é importar componentes massivamente. Com isso, tanto a indústria nacional como o país perdem oportunidades de se desenvolver.

A Alcoa, por exemplo, é uma empresa multinacional que desenvolve produtos de classe mundial e eventualmente transfere um determinado processo de outro país para a subsidiária brasileira. Algumas empresas desconhecem que isso é possível e muitas vezes se surpreendem com a capacidade de atender suas necessidades dentro do próprio país. De certa forma, não sentem segurança de que a indústria nacional pode fornecer, desenvolver ou até mesmo importar uma solução nova.

Neste cenário, um dos caminhos para atingir o índice de nacionalização e colaborar com o crescimento da indústria é encontrar parceiros que viabilizem este processo, desde os estágios iniciais dos projetos. Por exemplo, se uma empresa precisasse nacionalizar determinado item em alumínio, a Alcoa poderia desenvolver o material, fornecer o produto e ainda agregar serviços, como um processo de usinagem diferenciado. Ou seja, é possível utilizar a expertise nacional e contribuir com a indústria do país, facilitando o trabalho do cliente ao avançar na nacionalização de equipamentos e peças.

Se as empresas continuarem importando e lutando para baixar o índice de nacionalização, a indústria brasileira se tornará cada vez menos competitiva e, em um efeito cascata, o governo se verá obrigado a aumentar a alíquota de importação de alguns produtos.

Para uma indústria e mercado fortes, é importante que as companhias comecem a trazer suas aplicações para o Brasil, diminuindo a demanda por importações de itens que podem ser produzidos nacionalmente. Essa iniciativa representaria um grande passo, pois a maioria das empresas ainda está perdendo oportunidades de desenvolver seus produtos em território nacional com vantagens competitivas.

 

 

(*) Anderson Oba é Gerente de Extrudados da Alcoa América Latina & Caribe

 

 

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