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Revista GC - Ed.34 - Jan/Fev 2013
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Especial Ceará - Energia

Ceará, potência eólica do Brasil

O Ceará é atualmente o maior produtor de energia eólica do Brasil, são 18 parques instalados com capacidade de produção de 519 megawatts, o que corresponde a 56% da produção nacional. Além desses, existem hoje 75 projetos de parques eólicos a serem instalados no estado, nos próximos anos, com previsão de produção de um total de 1.800 MW, conforme dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), suficientes para atender a todas as demandas do estado. Já no início de 2013 devem entrar em operação mais seis parques eólicos no estado. São eles os parques de Buriti (30 MW); Garças (30 MW); Caju-Coco (30 MW); Coqueiros (27 MW); Vento do Oeste (19,5 MW) e Lagoa Seca (20 MW).

A localização geográfica privilegiada, com ampla faixa de litoral e as condições climáticas favoráveis oferecem as circunstâncias necessárias para o sucesso de investimentos nesta nova matriz energética. De acordo com análise realizada pelo Centro Brasileiro de Energia Eólica, em todo o litoral cearense há a incidência de fortes ventos, com uma média anual de velocidade entre 8,0 e 10,0 m/s, com baixa turbulência e alta persistência de direção no quadrante nordeste/sul. Tudo isso corresponde às melhores características do mundo para aproveitamento da energia eólica em larga escala. Além da energia dos ventos, o Ceará também é pioneiro em investimento e pesquisas que extraem energia da luz do sol e da movimentação das marés.

Os parques eólicos cearenses se concentram principalmente nos municípios de Aquiraz, Acaraú, Montada, Aracati, Beberibe, Camocim, Paracuru, São Gonçalo do Amarante e Fortaleza. Todas, cidades do litoral. A produção de energia eólica, juntamente com a solar, traz menos riscos e menores transtornos naturais, uma vez que utiliza fontes renováveis em sua forma natural. A energia eólica não contamina, é inesgotável e freia o esgotamento de combustíveis fósseis, contribuindo para evitar a mudança climática.

Os primeiros estudos para a implantação de parques eólicos no Ceará começaram na década de 1990. Nessa época foram instalados no estado os primeiros anemógrafos computadorizados – sensores especiais que registram continuamente a direção (em graus) e a velocidade instantânea dos ventos (em m/s), bem como a distância total (em km) percorrida pe


O Ceará é atualmente o maior produtor de energia eólica do Brasil, são 18 parques instalados com capacidade de produção de 519 megawatts, o que corresponde a 56% da produção nacional. Além desses, existem hoje 75 projetos de parques eólicos a serem instalados no estado, nos próximos anos, com previsão de produção de um total de 1.800 MW, conforme dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), suficientes para atender a todas as demandas do estado. Já no início de 2013 devem entrar em operação mais seis parques eólicos no estado. São eles os parques de Buriti (30 MW); Garças (30 MW); Caju-Coco (30 MW); Coqueiros (27 MW); Vento do Oeste (19,5 MW) e Lagoa Seca (20 MW).

A localização geográfica privilegiada, com ampla faixa de litoral e as condições climáticas favoráveis oferecem as circunstâncias necessárias para o sucesso de investimentos nesta nova matriz energética. De acordo com análise realizada pelo Centro Brasileiro de Energia Eólica, em todo o litoral cearense há a incidência de fortes ventos, com uma média anual de velocidade entre 8,0 e 10,0 m/s, com baixa turbulência e alta persistência de direção no quadrante nordeste/sul. Tudo isso corresponde às melhores características do mundo para aproveitamento da energia eólica em larga escala. Além da energia dos ventos, o Ceará também é pioneiro em investimento e pesquisas que extraem energia da luz do sol e da movimentação das marés.

Os parques eólicos cearenses se concentram principalmente nos municípios de Aquiraz, Acaraú, Montada, Aracati, Beberibe, Camocim, Paracuru, São Gonçalo do Amarante e Fortaleza. Todas, cidades do litoral. A produção de energia eólica, juntamente com a solar, traz menos riscos e menores transtornos naturais, uma vez que utiliza fontes renováveis em sua forma natural. A energia eólica não contamina, é inesgotável e freia o esgotamento de combustíveis fósseis, contribuindo para evitar a mudança climática.

Os primeiros estudos para a implantação de parques eólicos no Ceará começaram na década de 1990. Nessa época foram instalados no estado os primeiros anemógrafos computadorizados – sensores especiais que registram continuamente a direção (em graus) e a velocidade instantânea dos ventos (em m/s), bem como a distância total (em km) percorrida pelos ventos com relação ao instrumento e as rajadas (em m/s).

Os resultados dessas medições permitiram determinar o potencial eólico local e a instalação das primeiras turbinas eólicas do Brasil. Localizada no município de São Gonçalo do Amarante, a Central Eólica de Taíba, com 5 MW de potência, foi a primeira a atuar como produtora independente no País. Em operação desde janeiro de 1999, a usina é composta por 10 turbinas de 500 kW, geradores, rotores de 40 m de diâmetro e torres de 45 m de altura.

Trata-se também da primeira usina eólio-elétrica do mundo construída sobre dunas de areia. Sua implantação durou cerca de seis meses, produzindo hoje 17,5 milhões de kWh/ano, suficientes para suprir de forma limpa e renovável as necessidades domiciliares de uma população de cerca de 50 mil pessoas.

Assim, o Ceará saiu de uma situação de total dependência energética, em que importava de outros estados 100% da energia que precisava, para ocupar a liderança, com 35% da potência nacional. Atualmente, cerca de 50% da energia elétrica consumida em todo o estado é gerada a partir dos ventos.

A energia eólica tem potencial ainda pouco aproveitado no mundo e sobretudo no Brasil, onde corresponde tão somente a 0,4% da matriz energética brasileira. No entanto, estima-se que seu potencial seja de, no mínimo, 143GW, o que equivale à produção de dez usinas de Itaípu somadas. Muitos analistas do setor discordam dessa avaliação por achá-la muito conservadora. Mas, de qualquer modo, no momento em que o potencial eólico do País passar a ser explorado na sua plenitude, o estado do Ceará certamente estará na vanguarda desse processo.

Para a construção desses parques é necessário, dependendo do entendimento do orgão ambiental estadual, a realização de EIA/RIMA (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) pois a sua má localização pode causar impactos negativos como a morte de aves e a poluição sonora, já que as hélices produzem um zumbido constante. Os fabricantes, no entanto, alegam que os modelos mais recentes não geram mais ruído que o próprio vento que faz girar as turbinas, por não usarem mais engrenagens no acoplamento entre a turbina e o gerador.

Parques Eólicos em Operação no Ceará:

Parque Eólico Eco Energy: instalado na cidade de Beberibe (Ceará), possui capacidade instalada de 25,2 MW.

Parque Eólico Canoa Quebrada: Instalado em 2008, nas dunas de Canoa-Quebrada, com o apoio do Governo Federal (BNDES/IBAMA), Estadual (SEMACE) e Municipal (PMA), o parque eólico Canoa Quebrada é um parque de produção de energia eólica no município de Aracati-CE, com potência instalada de 10,5 MW.

Parque Eólico de Paracuru: Instalado no município de Paracuru, distante 87 km de Fortaleza (CE), possui potência instalada de 23,40 MW através de 12 torres aerogeradoras. Essa capacidade pode abastecer cerca de 384 mil pessoas. O parque está localizado na estrada de acesso à Petrobras, km 8,5, na localidade de São Pedro.

Parque Eólico Lagoa do Mato: É um parque de produção de energia eólica no município de Aracati-CE, com potência instalada de 3,2 MW.

Usina de Energia Eólica de Praia Formosa: Localizada no município de Camocim, possui potência instalada de 104,4 MW. É formado por 50 aerogeradores e iniciou suas operações em 2009.

Parque Eólico Praia Mansa: Situado em Fortaleza, possui potência instalada de 2,4 MW.

Parque Eólico Taíba: Situado no município de São Gonçalo do Amarante, iniciou a produção em 1998 e tem potência instalada de 5 MW.

Parque Eólico Prainha: Inaugurado em 1999, no município de Aquiraz-CE, tem potência instalada de 10 MW.

Parque Eólico de Praia do Morgado: Fica no município de Acaraú, em área de 366 hectares. Conta com 19 aerogeradores de 1,5 MW, somando uma capacidade de geração de 28,8 MW

Parque Eólico Volta de Rio: Ocupa uma área de 377 hectares no município de Acaraú. São 28 aerogeradores, com capacidade instalada de 42,4 MW.

Parque Eólico Enacel: Com capacidade para produzir 31,5 MW, fica localizado no município de Aracati.

Parque Eólico Taíba-Albatroz: Implantado na Taíba, no município de São Gonçalo do Amarante, tem 16,5 MW de potência instalada.

Parque Eólico Bons Ventos: A planta, com capacidade instalada de 50 MW, fica no município de Aracati.

UEE Canoa Quebrada: Com capacidade de geração de 57 MW, fica localizada no município de Aracati.

Eólica Foz do Rio Choró: Fica no município de Beberibe e tem capacidade de geração de 25,2 MW, a partir de 12 aerogeradores.

Usina Eólica do Mucuripe: Inaugurada em  2002, em Fortaleza, conta com quatro aerogeradores, com capacidade total para 2,4 MW.

Usina Eólica Beberibe-Proinfa: Localizado na Praia das Fontes, no município de Beberibe, é constituído por 42 unidades geradoras, totalizando 25,6 MW.

Eólica Icaraizinho: Localizado na cidade de Paracuru, tem capacidade de 54,0 MW.

 

 

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