Raul Calfat, presidente da Votorantim Siderurgia, divisão de longos do grupo Votorantim, informou durante a teleconferência para divulgação de resultados do 2º Tri que a empresa deve tentar obter preços mais altos para seus produtos longos no Brasil. 'O aumento esperado abre espaço para novos aumentos e para a recuperação de margens', disse. O executivo não forneceu detalhes sobre quando, ou em quanto, espera que os preços aumentem.

O preço médio dos produtos longos da Votorantim Siderurgia subiu 2% no Brasil no 2º Tri, e chegou a R$ 2.042/t (US$ 857,43/t), contra R$ 1.997/t (US$ 838,53/t) no trimestre anterior. Em base anual, o preço médio aumentou 8%, contra R$ 1.887/t (US$ 792,34/t).

Não se sabe se a Votorantim também aderiu ao aumento de preços de longos anunciado na semana passada. Distribuidores disseram que foram informados pelas usinas sobre aumentos de cerca de 8% para os pedidos de setembro.

De acordo com a empresa, o aumento no preço médio de longos e o crescimento das vendas foram os principais fatores que levaram ao aumento nas receitas da empresa. No 2º Tri, a Votorantim Siderurgia divulgou receitas de R$ 937 milhões (US$ 393,3 milhões); alta de 16% no comparativo trimestral e 15% no comparativo anual.

A empresa também divulgou aumento de 16% no custo de mercadorias vendidas, que passou de R$ 630 milhões (US$ 264 milhões) no 2º Tri de 2012, para R$ 729 milhões (US$ 306,05 milhões) no mesmo trimestre de 2013. 'Este resultado foi impulsionado pela alta nos volumes do Brasil e da Colômbia, bem como pelos custos da inflação na Argentina, levemente compensados pela queda de 6% nos custos com sucata e ferro-gusa por tonelada, no Brasil', afirmou a emrpesa, em declaração.

A Votorantim Siderurgia inclui três plantas no Brasil, uma na Argentina e uma na Colômbia.