A Votorantim Cimentos, empresa de materiais de construção e soluções sustentáveis, encerrou o terceiro trimestre de 2022 com receita líquida consolidada de R$ 7,6 bilhões, aumento de 19% em comparação ao mesmo período do ano passado.

O resultado se deve principalmente à dinâmica favorável de preços em todas as regiões, que compensou a leve queda de volume e o efeito negativo da valorização do real frente ao euro na consolidação do resultado das operações no exterior.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado atingiu R$ 1,7 bilhão no 3T22, crescimento de 6% em relação ao 3T21 e 29% maior quando comparado ao 2T22.

O resultado operacional consolidado foi positivamente impactado pela dinâmica de preços em todas as regiões que compensou integralmente a pressão de custos, a leve queda de volume e o efeito negativo da apreciação do câmbio na consolidação dos resultados das operações no exterior.

A margem Ebitda consolidada foi de 23%, representando um avanço de 3 pontos percentuais comparado ao 2T22, contudo uma queda de 3 pontos percentuais na comparação com o mesmo período do ano passado. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, foi de 1,77x no terceiro trimestre, redução de 0,22x comparado ao 2T22.

“Melhoramos nosso resultado operacional mesmo com um cenário macroeconômico ainda desafiador. A inflação de custos continua presente em todos os países em que Votorantim Cimentos tem operações, principalmente em combustível, fretes, energia e insumos. Seguimos resilientes e alinhados ao nosso mandato estratégico, focados na excelência operacional e na competitividade das nossas operações”, afirma Osvaldo Ayres Filho, diretor de operações da Votorantim Cimentos.

As vendas globais de cimento da empresa somaram 10,2 milhões de toneladas no terceiro trimestre deste ano, com leve queda de 1% em relação aos 10,4 milhões de toneladas comercializadas no mesmo período de 2021. O lucro líquido foi de R$ 604 milhões no 3T22, redução de 44% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado no terceiro trimestre é explicado, principalmente, por maior despesa financeira líquida no período e imposto de renda.

“Ao final do trimestre mantivemos uma sólida posição de caixa, deixando a companhia preparada para cumprir nossas obrigações financeiras para os próximos quatro anos. A alavancagem segue controlada e em queda ao longo do ano e a margem operacional se recuperou ao longo desses nove meses”, diz Bianca Nasser, diretora financeira global da Votorantim Cimentos.

Desempenho por região – No Brasil, a receita líquida da Votorantim Cimentos no trimestre foi de R$ 3,7 bilhões, aumento de 25% em relação ao terceiro trimestre de 2021.

A dinâmica de aumento de preços compensou a redução no volume de vendas no período. Projetos de infraestrutura e do setor imobiliário compensaram o arrefecimento no setor de autoconstrução, o que permitiu uma estabilização na redução de demanda de cimento no mercado brasileiro.

Já o Ebitda ajustado foi de R$ 863 milhões, crescimento de 27% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Os reposicionamentos de preços no período e o crescimento nos negócios adjacentes contribuíram para a recuperação de margens ao longo do ano e mitigaram parcialmente a pressão de custos variáveis, principalmente de combustível e matéria-prima.

Na América do Norte, a receita líquida da companhia atingiu R$ 2,5 bilhões no 3T22, um aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionado principalmente pela sólida demanda de mercado após um inverno mais rigoroso em 2022, e também à dinâmica favorável de preços nos Estados Unidos e Canadá. O Ebitda ajustado foi de R$ 706 milhões no terceiro trimestre de 2022 contra R$ 744 milhões no mesmo período de 2021, uma queda de 5%, explicada pelo impacto inflacionário nos custos variáveis e de maiores custos de manutenção.

Na Europa, África e Ásia, a receita líquida da Votorantim Cimentos no 3T22 aumentou 25% em relação ao 3T21, atingindo R$ 905 milhões. Os resultados refletem o aumento de volume de exportação na Tunísia e na Espanha, principalmente em razão do volume adicional da planta de Alconera, aquisição concluída em outubro de 2021, além da melhora de preços em todos os países. Esses efeitos mitigaram a queda de volume na Turquia e no Marrocos.

Na América Latina, a receita líquida da companhia no terceiro trimestre foi de R$ 214 milhões, redução de 16% em relação ao mesmo período de 2021. Já o EBITDA ajustado foi de R$ 39 milhões, queda de 37%. Os resultados devem-se principalmente à dinâmica mais desafiadora nos mercados do Uruguai e Bolívia.