O leilão de concessão do Túnel Santos-Guarujá, o primeiro submerso do Brasil, já tem dois interessados confirmados para a disputa.

A construtora brasileira Marquise Infraestrutura se uniu à italiana WeBuild para formar um consórcio que disputará o certame previsto para 1º de agosto, com estimativa de R$ 6 bilhões em investimentos.

A multinacional China Communications Construction Company (CCCC) também afirmou ao governo brasileiro que vai entrar na briga, conforme confirmou o ministro de Portos e Aeroportos (MPor), Silvio Costa Filho. “A CCCC manifestou lá (na China) oficialmente que vai participar do processo de concessão do túnel de Santos”, afirmou o ministro.

Empresas - A Marquise aposta na experiência com obras relacionadas a meios aquáticos. Da extensão total de 1,5 quilômetro, 870 metros serão submersos. A italiana, por sua vez, opera projetos nos Estados Unidos, Chile, Canadá, Malásia, Emirados Árabes, Catar e outros países. A presença da empresa reforça também o retorno do interesse de estrangeiros em obras de infraestrutura no Brasil.

Se ganhar a concessão, o consórcio será responsável pela construção, operação e manutenção do túnel por 30 anos. “Temos muita segurança na nossa capacidade para executar uma obra tão emblemática não só para São Paulo, como para todo o País”, diz Renan Carvalho, diretor-presidente da Marquise Infraestrutura.

Histórico - Em discussão há um século, o Túnel SantosGuarujá é uma demanda histórica de moradores das duas cidades do litoral paulista. A expectativa é de que o empreendimento reduza a travessia para poucos minutos e otimize o fluxo logístico do Porto de Santos.

Mais de 21 mil veículos cruzam diariamente as duas margens utilizando balsas e catraias, além de 7,7 mil ciclistas e 7,6 mil pedestres.