O Tribunal de Contas da União (TCU) verificou "atrasos injustificáveis" nas obras do Complexo de Deodoro, local que abrigará sete modalidades olímpicas durante a Olimpíada 2016.

De acordo com o órgão, algumas obras podem ser concluídas após a data prevista pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para a realização de eventos-teste. O fato pode aumentar a conta dos Jogos Olímpicos.

"Os riscos potenciais identificados nas atividades de implantação do complexo esportivo são deveras danosos à administração, podendo levar a práticas emergenciais que resultam em majoração dos gastos públicos, a fim de concluir as obras no prazo necessário", disse Raimundo Carneiro, relator do processo.

O tribunal chegou à conclusão após analisar o edital de concorrência internacional realizada pela Secretaria da Casa Civil do Rio de Janeiro. Os atrasos ocorreriam caso os prazos iniciais para o início dos trabalhos sejam mantidos.

Dessa forma, o TCU pediu agilidade ao governo fluminense. Primeiro, a Secretaria da Casa Civil teria que finalizar a concorrência internacional. Depois, enviar o planejamento e o cronograma físico de implantação do complexo. O processo terá acompanhamento do órgão.

O Complexo de Deodoro foi utilizado nos Jogos Pan-Americanos de 2007. Na Olimpíada, o local receberá as provas de hipismo, tiro, esgrima, pentatlo moderno, canoagem, ciclismo e hóquei sobre grama.