O setor elétrico precisará de financiamentos da ordem de R$ 300 bilhões para suportar os investimentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), de acordo com estimativas da Ernst & Young Terco.

Segundo o diretor de finanças corporativas da empresa, Lucio Teixeira, o setor elétrico é responsável por 50% dos investimentos previstos no PAC 2 e é o que demandará a maior quantidade de crédito, entre os segmentos de infraestrutura.

Teixeira, porém, demonstrou preocupação com relação à disponibilidade de crédito para o setor elétrico no Brasil. Segundo ele, na média mundial, as empresas elétricas respondem por 22% do volume de crédito para a área de infraestrutura. No Brasil, essa fatia cai para 10%. “Era esperado que as empresas elétricas tivessem um ritmo de crédito maior”, disse o especialista, durante o Energy Summit, no Rio de Janeiro.

Teixeira citou uma pesquisa feita com 200 diretores de empresas, em que eles apontaram que a maior preocupação com relação a investimentos no país hoje é a disponibilidade de crédito (29%). Em seguida, está o aumento das exigências regulatórias (28%).