A mineração brasileira registrou números significativos neste 1º trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia, em seu Relatório Mineral.

A produção no país nos três primeiros meses do ano teve um aquecimento de 15%, totalizando um faturamento de R$ 70 bilhões. Isso teve impacto direto nas receitas fiscais, que registraram um aumento de 100% de recolhimento tributário pago pela indústria mineradora.

Desta maneira, a União viu o faturamento com as atividades do setor saltar de R$ 12 bilhões para R$ 24 bi somente neste início de ano em comparação com 2020.

O balanço de janeiro a março mostra um saldo positivo de US$ 10,7 bilhões na balança comercial da mineração, o que ajuda a explicar a balança comercial brasileira, que teve superávit de US$ 8 bi.

Além do aumento da produção, outros motivos que levaram a arrecadação tributária a dobrar foram a variação cambial e a elevação dos preços do minério no mercado internacional. O minério de ferro segue com a maior fatia da produção (70%), enquanto o ouro (11%) e o cobre (5%) completam o ranking.

“A demanda internacional pelo minério brasileiro é grande, muito porque as tecnologias aplicadas ao parque industrial extrativista aqui são de ponta. Isto significa que os números não seriam tão positivos se não houvesse poder de fogo das empresas mineradoras e uma agenda sólida de incentivo à mineração”, sustenta superintendente do Grupo MBL, Jerri Alves.

“Pelo menos em se tratando de mineração, o Brasil revela ser um país de ponta. E, neste momento, livre de qualquer crise”, complementa.