O setor de construção civil continua apresentando constante evolução, com números otimistas no cenário brasileiro.

De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em 2024 o setor registrou um crescimento de 4%, impulsionado pelo aquecimento do mercado imobiliário e novas obras.

Nesse contexto, o plástico reciclado tem se destacado como um grande aliado, servindo como matéria-prima para diversas aplicações.

Segundo o estudo “Monitoramento dos Índices de Reciclagem Mecânica de Plásticos Pós-consumo no Brasil” encomendado pelo Movimento Plástico Transforma, iniciativa do PICPlast, e realizado pela MaxiQuim, o setor de construção civil consumiu, em 2023 (dados mais recentes), cerca de 131 mil toneladas de resinas recicladas pós-consumo (PCR).

Isso representa um aumento de 24,7% em relação ao ano anterior, quando o consumo foi de 105 mil toneladas.

Em relação à aplicação do material reciclado, os destaques incluem mangueiras corrugadas, tubulações e conexões, que consumiram 51 mil toneladas de Polietileno de Alta Densidade (PEAD).

Outros usos significativos são geotêxteis - materiais têxteis permeáveis - mantas para solo e cordas, que utilizam resina PET PCR e somaram 33 mil toneladas. O setor também emprega o Polietileno de Baixa Densidade Linear (PEBD/L), comumente encontrado em sacos para areia e cimento cola, entre outros, totalizando 17 mil toneladas.

De acordo com Simone Carvalho, integrante do grupo técnico do Movimento Plástico Transforma, o uso crescente desse material reflete a evolução do setor em termos de sustentabilidade, evidenciando esforços para adotar alternativas mais ecológicas e minimizar o impacto ambiental.

“A aplicação de plástico reciclado na construção civil é uma possibilidade que alia sustentabilidade e funcionalidade, transformando resíduos em produtos de alto valor agregado que contribuem para a redução do impacto ambiental no setor.”, explica Simone.