A Petrobras e o Porto de Suape, em Pernambuco, estão investindo R$ 670 milhões em infraestrutura para atender as necessidades da Refinaria Abreu e lima, que começa a operar no final deste ano. Com capacidade para processar 230 mil barris de petróleo por dia, a unidade de refino vai receber três navios superpetroleiros por semana e o porto precisa estar preparado para receber as embarcações. Um das obras será a adequação de um dos píeres do Porto de Suape, que vai permitir uma redução de 30% no tempo médio de operação dos navios com cargas de derivados de petróleo.

Outro serviço também nos píeres será para receber até dois navios de 200 metros de comprimento, simultaneamente. Atualmente, um píer pode receber, ao mesmo tempo, um navio de 200 metros e outro de, no máximo, 145 metros. A refinaria vai receber superpetroleiros, com capacidade de transportar até um milhão de barris. Outra empresa contratada pela Petrobras fará a troca de defensas (proteções emborrachadas para evitar o impacto do navio contra o cais), na ampliação da quantidade de "braços" (conectores) de dutovias e na troca destes dutos no Píer de Graneis Líquidos 2 (PGL 2).

Em novembro, o Porto de Suape realizou a primeira operação de transporte de petróleo para a Refinaria Abreu e Lima. O navio Aliakmon trouxe 13,5 mil toneladas de petróleo cru. A operação marcou a entrada do complexo pernambucano nas rotas logísticas do setor. Até então, o porto só recebia derivados (gasolina, óleo diesel e querosene de aviação). A expectativa é que a atracação de navios tanque seja, ao menos, mensal e renda, somente em tarifas portuárias, R$ 420 mil por ano. Sem contar a perspectiva regular de chegada do petróleo para abastecer a Refinaria, cuja primeira etapa, segundo estimativas oficiais, deve ter início em novembro deste ano. O petróleo que chegou em novembro veio de Xaréu (CE), foi transferido para uma embarcação menor e seguiu para Manaus (AM), no navio Norient Scorpius.