A maior feira de dutos do mundo, a International Pipeline Exposition, está reunindo mais de 200 empresas, de 30 países, em Calgary, no Canadá, e o Brasil está presente, por meio da Liderroll, que é a única companhia nacional expondo no evento. A empresa começou a participar da feira em 2008 e desde então vem fortalecendo sua presença no encontro, como parte da estratégia de internacionalização de seus negócios. O presidente da Liderroll, Paulo Fernandes, defende uma participação maior do país no evento, e ressalta temas importantes em discussão lá que podem ser trazidos para o Brasil, como a construção de dutos aparentes.

“Esta é a melhor saída para o Brasil. O nosso país é continental, tem dimensões imensas, e ainda usamos paradigmas de setenta anos atrás nos métodos construtivos de dutos. Aqui podemos ver a quantidade de projetos de dutos aparentes, que são muito mais econômicos, sendo feitos por eles”, afirma Paulo Fernandes, destacando que a criação de um projeto piloto no Brasil seria um passo importante para avaliar os benefícios deste método construtivo na indústria nacional.

Além disso, a Liderroll vem ampliando seus investimentos no mercado externo, com a abertura de novas relações comerciais em diversos países, como México, Peru e Rússia, além do escritório em Houston, aberto em 2008, e a presença no Canadá e na Europa, que já vem de outros anos. Seguindo este plano, a participação na feira de Calgary este ano foi ainda maior do que nas últimas edições.

Com a ausência das instituições brasileiras que normalmente formavam o Pavilhão Brasil, como a ANP e o IBP, a Liderroll adquiriu toda a área utilizada pelo país nas últimas feiras realizadas, para que o Brasil estivesse bem representado neste que é o maior evento do mundo no segmento dutoviário.

“O Brasil vem divulgando o pré-sal, incentivando empresas internacionais a irem para o país ajudar na exploração e produção, e talvez até no refino, como nos planos de se ter refinarias privadas, e ninguém veio para o Canadá representar o nosso país aqui. Considerei que seria um erro estratégico muito grande e decidi pegar toda esta área que era do Pavilhão Brasil, na expectativa de que algumas empresas e instituições pudessem decidir na última hora estarem presentes aqui. Teríamos grande satisfação em ceder esses espaços para manter o nosso país em evidência. Procurei pessoalmente o IBP, a ANP, o Ministério das Minas e Energia, e ninguém quis vir, infelizmente. Mas nós estamos aqui. Aos pouquinhos, conquistando a confiança do empresariado e da indústria canadense e internacional”, diz o presidente da Liderroll.

Prova disso foi o reconhecimento da indústria internacional pela tecnologia dos roletes motrizes desenvolvida pela Liderroll, que conquistou em 2011 o prêmio Global Pipeline Awards, considerado o mais importante do mundo na área de dutos e concedido pela American Society of Mechanical Engineers (Asme). A Liderroll foi a única empresa privada brasileira a ganhar este prêmio na história da indústria de óleo e gás.

“E essa distinção, concorrendo com empresas do mundo inteiro, veio de investimentos nossos, sem ajuda de ninguém. Nem do governo, nem de dinheiro externo. Nada. Só com nosso esforço e nossos recursos”, ressalta Paulo Fernandes.

Agora a presença ampliada na feira é um passo adiante neste processo, em busca de novas parcerias. Nos próximos dias, a Liderroll terá reuniões com grandes empresas de diversos países, incluindo companhias de grande porte do Canadá e dos Estados Unidos. Além disso, a empresa fará um coquetel especial para reunir os brasileiros que estão visitando a feira.

"Acredito que este evento será muito bom para a Liderroll e, por que não dizer, para o Brasil? Sinto que eu não falo isso só em nome da Liderroll, mas em nome da Comunidade Dutoviária do Brasil, que eu sei que tem dificuldades. Então eu falo em nome da nossa comunidade, do IBP, do CTDUT, porque nós temos que jogar unidos. Se as empresas não se unirem, fica difícil. Como diz o ditado: 'sozinho você vai mais rápido, mas acompanhado você vai mais longe'. Eu penso em longevidade. Penso para a frente. É uma pena estar aqui sozinho, mas o Brasil estará bem representado. Tanto pela empresa quanto por nossa equipe", diz.