O governo deverá entregar hoje ao Tribunal de Contas da União (TCU) os editais para licitação do primeiro bloco de arrendamentos portuários desde a nova Lei dos Portos, em Santos (SP) e no Pará. Os estudos receberam mais de três mil contribuições na consulta pública. Entre as mudanças principais estão o aumento dos prazos de arrendamentos para além de 10 anos e a ampliação de áreas destinadas a arrendamentos, a pedido dos empresários e da administração dos portos.

É claro que nunca vamos agradar a todo mundo. Quando você muda, obviamente você tira gente da zona de conforto. Então é natural que tenha críticas, disse a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Ontem, a ministra recebeu empresários e autoridades ligadas ao Porto de Paranaguá, que criticaram aspectos técnicos e estratégicos do projeto apresentado pela Secretaria dos Portos para renovação dos contratos do porto.

Na semana passada, a Federação da Agricultura do Paraná (Faep) divulgou uma nota com sérias críticas às mudanças propostas. Segundo a nota, tratava-se de “intervenção de Gleisi em Paranaguá” e que “não tem sido fácil a vida do governo do Paraná (do PSDB) nas suas relações com o governo Dilma”

Estamos tratando Paranaguá como todos os portos brasileiros, e o que queremos é que a produção do país não fique limitada pelo gargalo logístico, disse Gleisi.