A produtora e negociadora de commodities na Suíça, The Baar, concordou em aumentar a participação na Kazzinc para 69,61%, dos atuais 50,7%, por não menos de US$ 1,39 bilhão em ações e dinheiro, cujo mix final será determinado pela Glencore.

O posicionamento marca uma mudança em relação ao anúncio anterior do negócio, na primeira metade de 2011, quando a Glencore concordou em adquirir as ações da Kazzinc, da Verny, por US$ 3,2 bilhões, para impulsionar a participação para 93%. A transação também incluía uma opção que aumentaria a fatia da Glencore para 99,4%, condicional à cisão dos ativos de exploração de ouro da Kazzinc.

No novo negócio, a Glencore concordou em emitir 176,2 milhões de ações para a Verny Capital, ao valor que fecharem quando a transação for concluída. A Glencore também pagará um montante adicional de ações ou dinheiro, limitado a US$ 400 milhões.

O negócio deve ser fechado antes do fim do ano e está sujeito à aprovação do governo do Cazaquistão.

Os termos revistos foram acordados em um período em que as fusões e aquisições entre mineradoras perdem ritmo. A recente queda nos preços das commodities e as preocupações sobre a economia global trazem um cenário de preocupação.

O apetite da Glencore por fusões e aquisições, todavia, é exceção à tendência, evidenciado pelo plano de comprar a canadense Viterra, por 6,1 bilhões de dólares canadenses (US$ 6,2 bilhões) e concluir a fusão com a Xstrata, para criar uma mineradora com valor de mercado de mais de US$ 70 bilhões. Ambos os negócios devem ser fechados antes do fim deste ano.

A Kazzinc possui capacidade anual de produção de 300 mil toneladas métricas de zinco, 130 mil toneladas de chumbo e 240 mil toneladas de cobre concentrado. A empresa também pode produzir 1,5 milhão de onças de ouro e 45 milhões de onças de prata anualmente.