A fama dos sócios do LVA Advogados no atendimento a empresas do setor elétrico começou mesmo antes de o escritório ser criado em agosto de 2016. Focando em empresas e contratos de infraestrutura, a banca quer abrir mais filiais ainda este ano.

O sócio fundador da banca, Rodrigo Leite prevê novas operações em Brasília e no Rio de Janeiro ainda em 2017. Além disso, ele destaca que o LVA tem atualmente 11 colaboradores, mas pode chegar até 25 advogados sem perder a sua característica de banca altamente especializada.

"O problema hoje não é falta de trabalho nem de cliente. Tanto que a nossa ideia é contratar mais dois advogados esse mês", afirma.

Leite aponta que criou o escritório para trazer soluções às empresas do setor de infraestrutura com uma visão de negócios apurada, diferente do que é oferecido por outras bancas. "Há poucos players que atuam nesse setor de engenharia e infraestrutura. Temos uma divisão forte de direito societário para atender às demandas dessas companhias. Muitas empresas nos buscam para fazer estruturações", diz.

A atuação dos sócios junto a clientes deste setor começou bem antes da criação do LVA, quando Rodrigo Leite trabalhava no departamento jurídico de uma companhia de energia elétrica. O advogado lembra que fez seu nome ao atuar em diversas ações contra o governo em obras como a construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, em operação desde 2012.

"O jurídico daquela empresa se tornou protagonista em diversos processos, inclusive aqueles em que conseguimos a paralisação de créditos e débitos na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)", observa.

Aproveitando-se da visibilidade atingida quando essas causas chegaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), o sócio decidiu montar um escritório.

"Continuamos participando de casos de alto volume financeiro defendendo as empresas contra os órgãos reguladores".

De acordo com Leite, as demandas em segmentos como construção e áreas muito regulamentadas como é o caso do setor elétrico, são muito complexas, o que exige uma expertise muito elevada por parte de cada um dos sócios. "É justamente por isso que não vemos uma expansão para além do teto de 25 advogados. Não podemos nos tornar uma banca shopping", acrescenta.

Novos rumos

Hoje, o LVA Advogados recebe uma demanda crescente de companhias de tecnologia e startups, que apesar de não serem o foco do escritório, são atendidas por possuírem um alto potencial de crescimento. Um dos sócios do LVA, Alexandre Vieira, é especialista em negócios de tecnologia e sua experiência não é desperdiçada no escritório. "Há algum tempo ele atua nessa área de propriedade intelectual para softwares e direito digital. São demandas de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões que se tornaram parte do nosso escopo", admite o sócio fundador da banca.

Leite explica que prefere ter no LVA profissionais que já tenham trabalhado em departamentos jurídicos grandes. A outra sócia do escritório, Vanessa Maluf, possui esse perfil, tendo experiência nas áreas de contencioso e consultivo cível estratégico, mercado de energia, direito do consumidor e arbitragem após trabalhar em grandes escritórios e empresas de energia elétrica.

"Cada peça é muito importante. Cada pessoa que está falando aqui está falando em nome do escritório. Queremos um advogado que seja mais protagonista", garante o sócio Rodrigo Leite.