As enchentes no RS trouxeram mais do que desabrigados, mas escancararam o problema de infraestrutura do Estado.

Segundo Percy Soares Neto, da Transparente Consultoria e ex diretor-executivo da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON), a extinção do Departamento Nacional de Obras e Saneamento no governo Collor somado ao descaso com o Muro Mauá (muro de concreto armado tem três metros de altura e 2647 metros de comprimento e que integra um sistema de proteção contra cheias), localizado entre o Cais Mauá e a Avenida Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre, trouxeram à tona o descaso com as necessidades de infraestrutura do estado.

"Esta retomada do Rio Grande do Sul não pode se dar nos moldes anteriores. É preciso que daqui em diante sejam feitas bras e investimentos que levem em conta a sustentabilidade, o clima e as necessidades do estado. Tudo que ocorreu devido à negligência em relação a planejamentos que já existiam e previsam esses efeitos, mas foram ignorado", afirma Percy Soares Neto.

Para o especialista, deve-se construir sistemas que evitem catástrofes semelhantes às enchentes ocorridas em 1941 e neste ano, assim é como é preciso dar a devida atenção ao Muro Mauá.