Quase um ano após receber a autorização para retomar a produção de quatro poços no campo de Frade, onde dois vazamentos levaram ao vazamento de 3,7 mil barris de óleo entre novembro de 2011 e março de 2012, a Chevron recebeu autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para reabrir os poços restantes na área. No entanto, a petroleira americana continua sem poder fazer novas perfurações ou injetar água/gás nos poços. De acordo com a agência reguladora, a decisão foi tomada no dia 26 de março, em reunião da diretoria, mas não foi divulgada porque ainda faltava a aprovação da ata, que deve ocorrer apenas amanhã.

“As atividades de perfuração e de injeção de água ainda se encontram suspensas e dependentes da conclusão do relatório da ANP sobre o segundo incidente ocorrido no Campo de Frade. Esse, por sua vez, ainda carece de dados e informações a serem coletadas pela Chevron para sua conclusão”, afirmou a agência em nota.

O primeiro acidente aconteceu em novembro de 2011 e demorou a ser resolvido, por falta de medidas ágeis e pela não existência de um plano de contingência, que só foi instituído no fim de 2013. O segundo vazamento, de menor proporção, aconteceu em março de 2012, seguido do pedido da Chevron para cessar a produção. Em abril, a empresa foi autorizada a retomar a produção em quatro poços, ainda sem permissão para novas perfurações e para injeção de água/gás.

Antes do acidente, o campo de Frade produzia mais de 75,6 mil barris de óleo equivalente por dia, sendo listado como o 8° maior produtor de petróleo e o 20° maior produtor de gás natural do país. Já em janeiro deste ano, o campo produziu cerca de 21,1 mil barris de óleo equivalente, ficando em 20° da lista de maiores campos produtores do Brasil, sem aparecer entre os 20 maiores campos produtores de gás nacionais.