As previsões, que ainda não incluem os financiamentos às concessões dos aeroportos de Confins (MG) e Galeão (RJ), apontam R$ 12,2 bilhões em desembolsos em 2014 e R$ 17,1 bilhões em 2015.

As estimativas foram apresentadas pelo chefe do departamento de Logística do BNDES, Cleverson Aroeira, durante seminário realizado nesta sexta-feira, em São Paulo, que discute as concessões de aeroportos. Neste ano, a expectativa da instituição é liberar R$ 9,5 bilhões para projetos de transporte aéreo, aeroportos, armazéns, dutos, navegação, portos, rodovias e ferrovias. Desse montante, segundo Aroeira, cerca de um terço será destinado aos aeroportos.

Sua expectativa é que a participação dos aeroportos nos financiamentos do BNDES destinados à logística fique entre um terço e um quinto do total em 2014. Para 2015, segundo ele, a estimativa é mais difícil de ser feita porque dependerá dos resultados dos leilões dos aeroportos de Confins e Galeão. “Como ainda não sabemos quem será o ganhador das concessões, não sabemos como será o plano de negócios, se os investimentos acontecerão mais em 2015 ou 2016”, afirmou Aroeira, acrescentando que espera uma “boa concorrência” nos leilões.

Para ele, é provável que se tenha algo entre seis ou sete consórcios disputando a concessões de Galeão e Confins. O chefe do departamento de Logística do BNDES, entretanto, prefere não arriscar palpites sobre o possível ágio nos leilões. Na primeira rodada de concessões, o aeroporto de Brasília contou com um ágio de 673%. Em Guarulhos, foi de 373% e, em Viracopos, de 160%.