A empresa projeta um crescimento na demanda da China, uma demanda mais estável da União Europeia e uma melhora na demanda do setor de construção dos EUA.

A ArcelorMittal, maior siderúrgica do mundo por volume, espera que a demanda global por aço cresça 3,5% neste ano, em comparação com a estimativa anterior de 3%.

A demanda chinesa deve subir 7,5% neste ano, de 5% na última projeção, enquanto para a União Europeia (UE) a nova projeção é de uma queda de 1,5% a 2,5% na demanda por aço, antes de se recuperar no próximo ano. A estimativa anterior previa uma retração de 2,5% na demanda da UE.

A empresa afirmou que continua 'cautelosamente otimista' sobre a demanda global por aço em 2014, mas disse que só poderá fornecer números mais precisos no começo do próximo ano, assim que tiver completado a revisão operacional de fim de ano.

Balanço

A ArcelorMittal reportou onten um prejuízo líqüido de US$ 193 milhões no terceiro trimestre, abaixo das perdas de US$ 652 milhões observadas no mesmo período de 2012. O lucro operacional também melhorou e cresceu 767,2% no terceiro trimestre deste ano, para US$ 477 milhões.

'Depois de um fraco primeiro semestre, nós vimos uma melhora na performance anual do terceiro trimestre, positivamente impactada por nossos esforços de otimização de custos e pelo aumento das embarcações por nossa expansão na mineração', disse em comunicado o presidente da empresa, Lakshmi N. Mittal. A produção própria de minério de ferro subiu 4,2%, para 14,9 milhões de toneladas, enquanto as embarcações de aço subiram 6%, para 21,1 milhões de toneladas, ambos na comparação anual.

O executivo também disse que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do segundo semestre, tradicionalmente menor, deverá ser no mínimo igual ao do primeiro. O Ebitda subiu 18,5% no período, para US$ 1,7 bilhão, apesar de a receita com vendas ter recuado 0,4%, para US$ 19,64 bilhões. Analistas consultados pela 'Dow Jones Newswires' projetavam um Ebitda de US$ 1,5 bilhão.

Para o restante do ano, a empresa não alterou suas principais metas, de um Ebitda acima de US$ 6,5 bilhões no resultado acumulado de 2013, uma dívida líquida de US$ 17 bilhões no último trimestre do ano e de US$ 15 bilhões no médio prazo. A dívida líquida no fim do terceiro trimestre estava em US$ 17,8 bilhões. A meta de capex (investimento em bens de capital) da empresa também não se alterou, em aproximadamente US$ 3,7 bilhões.