A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse nesta quarta-feira (19) que é “imperioso” que o Congresso aprove rapidamente o novo regime de distribuição dos royalties do petróleo, já que o governo autorizou para 2013 novas rodadas de leilão de blocos de exploração.

“Torna-se imperioso que se tenha uma definição para os royalties porque vamos ter a 11ª rodada e a primeira rodada do pré-sal em 2013”, disse Graça Foster durante audiência na Câmara.

Na terça (18), o ministro Edison Lobão anunciou que a presidente Dilma Rousseffdeterminou que sejam feitos estudos com vistas a realizar, em novembro do ano que vem, o primeiro leilão envolvendo blocos do pré-sal.

Além disso, a presidente autorizou a realização, em maio de 2013, da 11ª rodada de leilão de blocos, este sem envolver o pré-sal. De acordo com Lobão, porém, a confirmação dos dois leilões depende de aprovação da nova lei de distribuição dos royalties entre União, Estados e municípios.

O anúncio de novas rodadas estava congelado pelo governo justamente por conta da indefinição sobre a nova lei. O projeto defendido pelo governo já foi aprovado pelo Senado e aguarda votação na Câmara. Segundo Lobão, houve agora sinalização de que o projeto deve ser votado até o fim de 2012.

Graça Foster confirmou que a Petrobrás tem interesse em participar dos leilões no ano que vem e que a empresa discute parcerias para a exploração de eventuais blocos a serem arrematados. Ela, porém, não deu mais detalhes sobre o investimento previsto ou as negociações com parceiros alegando confidencialidade.

Autossuficiência

Graça Foster disse que o Brasil deve voltar a ter, em 2014, a autossuficiência na produção de petróleo perdida recentemente. Por conta do aumento da demanda, o país consome hoje cerca de 200 mil barris a mais do que produz e, por isso, precisa importar petróleo.

A presidente da Petrobras apontou, porém, que o país nunca foi autossuficiente na produção de derivados como gasolina, diesel e combustível de aviação –, e só deverá chegar a essa condição em 2020, caso os investimentos da empresa em novas refinarias sigam o cronograma previsto.