A informação é da coluna Painel FC, assinada por Bernardo Itri, desta quarta-feira.

O lucro foi da IMX, empresa do grupo EBX (de Eike) ligada a área de entretenimento. A empresa foi designada pela Secretaria da Casa Civil do Rio para fazer o estudo de viabilidade econômica do Maracanã.

Foi esse estudo que baseou a minuta do edital de licitação da gestão da arena. A IMX foi a única empresa a se apresentar para fazer a análise da concessão do estádio.

De acordo com o edital de Manifestação de Interesse Público, publicado pelo governo do Rio em janeiro, o teto a ser pago pelo estudo era de R$ 2,5 milhões. A empresa de Eike obteve 96% do valor máximo.

A Secretaria Estadual da Casa Civil do Rio fez algumas alterações à proposta original da IMX. O órgão reduziu o número de obras a serem feitas no complexo do Maracanã, como nas arquibancadas dos futuros centros de treinamento que substituirão o estádio de atletismo Célio de Barros e o parque aquático Maria Lenk.

A IMX surgiu da associação de Eike com a IMG Worldwide e representa no Brasil eventos como o Rock'n'Rio e o Cirque du Soleil. O grupo que ficar com a concessão poderá explorar também o ginásio do Maracanãzinho.

O interesse de Eike no Maracaná é grande. O estádio está em fase final de obras visando a Copa das Confederações no próximo ano e a Copa do Mundo-2014. A arena será palco da final dos dois torneios.

"O Maracanã só vai ficar viável se for um complexo como um todo, com museu do futebol, lojas, cafés, [um lugar] para a família passar o dia lá", afirmou Eike na última sexta-feira, em entrevista exclusiva para a Folha.