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Ocupação Paulo Mendes no Itaú Cultural

Mostra traz 11 de seus trabalhos mais radicais e experimentais, que têm, como tema comum, além da água, a natureza, a paisagem e o território extrapolando a escala arquitetônica.

Assessoria de Imprensa

13/09/2018 09h45 | Atualizada em 13/09/2018 13h58


Um reservatório elevado construído em Urânia, pequena cidade do interior de São Paulo, retoma a ideia dos chamados castelos d’água. Um grande porto fluvial nas águas do Rio Tietê, entre os municípios paulistas de Lins e Novo Horizonte, interliga as redes rodoviária e ferroviária existentes no curso do rio. O Aquário Municipal de Santos torna-se um pequeno lago urbano permitindo que o ambiente não tenha muro, nem grades. Estes são alguns dos projetos idealizados por Paulo Mendes da Rocha ao longo de sua vida, mas nunca construídos. Eles podem ser vistos de 12 de setembro a 4 de novembro na 41ª exposição da série Ocupação, criada pelo Itaú Cultural para resgatar memórias e registros do acervo de figuras essenciais da arte e da cultura brasileiras.

Com curadoria da equipe Itaú Cultural e Guilherme Wisnik, assistência curatorial de Marina Frúgoli e consultoria de Ana Helena Curti, a Ocupação Paulo Mendes da Rocha se espalha por todo o piso 1 do instituto e comemora os 90 anos de vida do arquiteto e urbanista, a serem completados em 25 de outubro. Em mais de 100 itens, a exposição apresenta referências de sua trajetória, como antigas fotos da família, de projetos e

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Um reservatório elevado construído em Urânia, pequena cidade do interior de São Paulo, retoma a ideia dos chamados castelos d’água. Um grande porto fluvial nas águas do Rio Tietê, entre os municípios paulistas de Lins e Novo Horizonte, interliga as redes rodoviária e ferroviária existentes no curso do rio. O Aquário Municipal de Santos torna-se um pequeno lago urbano permitindo que o ambiente não tenha muro, nem grades. Estes são alguns dos projetos idealizados por Paulo Mendes da Rocha ao longo de sua vida, mas nunca construídos. Eles podem ser vistos de 12 de setembro a 4 de novembro na 41ª exposição da série Ocupação, criada pelo Itaú Cultural para resgatar memórias e registros do acervo de figuras essenciais da arte e da cultura brasileiras.

Com curadoria da equipe Itaú Cultural e Guilherme Wisnik, assistência curatorial de Marina Frúgoli e consultoria de Ana Helena Curti, a Ocupação Paulo Mendes da Rocha se espalha por todo o piso 1 do instituto e comemora os 90 anos de vida do arquiteto e urbanista, a serem completados em 25 de outubro. Em mais de 100 itens, a exposição apresenta referências de sua trajetória, como antigas fotos da família, de projetos e de viagens, desenhos de autorretratos ou arquitetônicos, esboços, maquetes e outros materiais selecionados de seu acervo pessoal.

O foco, no entanto, é a apresentação de informações sobre 11 de seus projetos, grande parte deles não construídos. São prédios, construções e outras propostas de escala urbana, que têm em comum a água, um elemento da natureza que inspira o arquiteto desde pequeno. Embora tenha se radicado na capital paulista ainda na infância, ele nasceu na cidade portuária de Vitória (ES) e cresceu acompanhando os trabalhos do pai, Paulo de Menezes Mendes da Rocha (1887-1967), engenheiro dedicado à área de recursos hídricos e navais.

Já adulto e formado em arquitetura e urbanismo pela FAU Mackenzie, em 1954, ele pertenceu à geração de arquitetos modernistas liderada por João Batista Vilanova Artigas (1915-1985), a quem o Itaú Cultural também dedicou uma Ocupação, em 2015. Assumindo posição de destaque na arquitetura brasileira contemporânea, Paulo Mendes da Rocha é autor de obras icônicas, como o Museu Brasileiro da Escultura, o pórtico na Praça do Patriarca, a reforma da Pinacoteca de São Paulo e, mais recentemente o Sesc 24 de Maio, no centro da capital paulista.

No exterior, criou o Pavilhão do Brasil em Osaka, em 1970, e o Museu dos Coches em Portugal.  Em 2006, ganhou o Prêmio Pritzker, uma espécie de Nobel dos arquitetos. Em 2016, conquistou o prêmio Leão de Ouro, na Bienal de Veneza, pelo conjunto da obra e recebeu o Prêmio Imperial do Japão, um dos mais prestigiosos do mundo, cuja premiação acontece em Tóquio e a medalha é entregue pelo príncipe Hitachi.

A mostra e a água

Croquis de dois metros de comprimento, desenhados a lápis, como o Museu de Arte de Vitória, para abrigar a Fundação Natura Krajcberg, idealizado por Mendes da Rocha em homenagem a Frans Krajcberg (1921-2017); maquetes, como a do Cais das Artes – esta, original do próprio arquiteto –, projetos ampliados nas paredes e em grandes mesas no centro do espaço expositivo compõem a mostra, cujo projeto expográfico é assinado por Martin Corullon, da Metro Arquitetos Associados.

Entre os 11 projetos expostos, apenas o do Sesc 24 de Maio foi executado, inaugurado no ano passado. Já o Cais das Artes, está em construção em Vitória (ES).  Ele desenhou este projeto em 2006 para um conjunto arquitetônico formado por museu e teatro, que valoriza a paisagem e a história do entorno – uma esplanada aterrada às margens do canal que separa a capital capixaba do município de Vila Velha. Os dois edifícios são suspensos por pilares, e a circulação entre os espaços expositivos do museu se dá por meio de rampas na área externa do prédio, permitindo a vista para o mar, as embarcações e as montanhas da cidade vizinha. Ao redor das duas construções se estende uma ampla praça aberta, onde podem ser apresentados espetáculos cênicos e exposições ao ar livre.

Os demais nove trabalhos nunca foram concretizados. Além do Reservatório Elevado em Urânia, de 1968, Cidade do Tietê, de 1980, o Aquário Municipal de Santos, de 1991, e o Museu de Arte de Vitória, do mesmo ano, a mostra apresenta o Parque da Grota, idealizado em 1974 para a área central de são Paulo, no bairro Bela Vista. Grotas são depressões causadas pelas águas da chuva ou de enchentes de rios em encostas de morros. Naquela região, a grota em torno do Ribeirão do Saracura se encontra ocupada por edifícios deteriorados e com baixo adensamento. O projeto visa explorar a potencialidade única dessa paisagem de topografia acidentada, arborizando as encostas e construindo um bairro habitacional com parques, escolas, comércio local e hotéis. Para os edifícios, adota-se uma torre-tipo de planta circular e com 15 andares, alguns deles livres para recreação.

Outro projeto para São Paulo é a Proposta para a Praça da República, de 2001, que prevê a instalação de uma grande piscina pública no local. Essa “praia urbana” é sustentada por pilares, formando um conjunto construído de 100 metros em planta. Abaixo dela, no nível do chão, há um espaço reservado para as máquinas, um conjunto de rampas que leva ao topo e equipamentos como uma cantina e vestiários, além de um salão de baile para festas populares

Baía de Vitória, projeto de 1993, define uma nova lógica para a ocupação daquela região. Um dos aspectos previstos diz respeito à área de manguezais situada no fundo do canal. Preservado, o espaço pode abrigar fazendas marinhas que estudem e incentivem esse microclima fértil. Por onde se entra para a cidade velha, foram feitos, ao longo do tempo, uma muralha de cais e um aterro, criando uma esplanada que vem sendo paulatinamente destinada a um uso institucional variado e desorganizado. Para contornar essa situação, foram imaginadas engenhosidades espaciais, como torres cristalinas construídas sobre o mar.

A Baía de Montevidéu, no Uruguai, também foi alvo do interesse de Mendes da Rocha, em 1998, já que as comunicações desse município giram em torno da baía, entendendo-a como um entrave a ser superado. O seu projeto inverte a situação: faz a cidade dirigir-se à baía, de modo concêntrico, incorporando essa superfície de água em seu cotidiano. Assim, ela se transforma em uma praça de água e o espaço poderia ser atravessado com a ajuda de uma frota de barcos – meio de transporte leve e de massa que aliviaria o engarrafamento de automóveis nas vias da cidade. Trata-se, portanto, de uma visão um tanto “veneziana” da relação entre o ser humano e a natureza e da ideia de vida no ambiente urbano.

Em 1988, o arquiteto criou um projeto para um concurso internacional que carregava como estímulo a ideia de reinventar aquela que foi a maior biblioteca da Antiguidade, a de Alexandria, no Egito. Procurando absorver a bela paisagem da Península dos Reis, ele planejou para o lugar implantar apenas o acolhimento e a administração da biblioteca no terreno proposto pelo edital, construindo as torres em formato de um cubo e um cilindro. Um túnel passa sob a avenida à beira-mar, ligando as torres a um amplo salão de exposições, situado no subsolo do pórtico de entrada, no terreno original.

Mais da exposição

A curadoria da Ocupação Paulo Mendes da Rocha optou por apresentar, também, projetos e imagens que dialogam com o pensamento dele. Um deles, é o anteprojeto de interligação das bacias do Prata e Amazonas por um canal de transposição Alegre-Aguapeí, feito em 1967 por seu pai. Tem, também, registros dos fotógrafos Augusto Malta e Sebastião Lacerda, de 1922, da construção do Aterro do Flamengo e do desmonte hidráulico dos Morros do Castelo e de Santo Antônio, além de um mapa da Cidade de Veneza, uma de suas inspirações.

Quatro audiovisuais realizados pela equipe do Itaú Cultural com o próprio homenageado falando sobre os seus trabalhos – todos com áudio descrição –, acompanham a apresentação dos projetos. Mais um, destaca as suas principais e mais grandiosas obras construídas, como a Pinacoteca, o Sesc, o Museu dos Coches, o Clube Paulistano, o pavilhão em Osaka ou a Casa Butantã, desenhada e construída por ele quando começou a formar família e onde hoje vive um de seus filhos.

Para conhecer Paulo Mendes da Rocha mais a fundo e em camadas mais pessoais, um sexto vídeo apresenta uma entrevista feita por Luis Ludmer, em parceria com o Museu da Pessoa. De caráter biográfico, ele fala desde os tempos dos seus avós até quando ganhou o Leão de Ouro em Veneza – aqui, em registro feito por sua filha Joana Mendes da Rocha para o filme Tudo é projeto, que ela dirigiu com Patricia Rubano.

Em sinergia

Uma publicação realizada pela produção editorial do Itaú cultural e um hotsite no portal do instituto são outros conteúdos que compõem a Ocupação Paulo Mendes da Rocha. O livro traz um artigo da jornalista Marcella Chartier sobre o arquiteto e um ensaio fotográfico de Tuca Vieira sobre duas obras suas: o Poupatempo Itaquera e o Sesc 24 de Maio. As fotos são acompanhadas de depoimentos de usuários dos locais, assim, são apresentadas por quem as vive. Já no site, serão publicados parte do exposto na mostra e conteúdo exclusivo, como entrevistas gravadas em audiovisual com parceiros de trabalho e pessoas próximas a Mendes da Rocha: o arquiteto Pedro Mendes da Rocha, seu filho; a diretora da Arte3 Ana Helena Curti; a diretora de teatro Bia Lessa, a artista visual Carmela Gross e Guilherme Wisnik.

Além disso, uma programação diversificada foi idealizada para ser realizada durante o período da mostra.  No dia da abertura, às 18h30, será exibido Tudo é projeto, o filme dirigido por Patricia e Joana. Na sequência Joana falará sobre o filme e como foi gravar com o pai. Depois dela, o curador Guilherme Wisnik apresentará a exposição. Nos dias 19 de setembro e 1 de novembro, serão realizadas oficinas de maquetes de papel, com Naná Mendes da Rocha, também filha do arquiteto, e Guilherme Tanaka. Nos dias 6 e 27 de outubro Luciana Itikawa e Marta Moreira sairão do Itaú Cultural com o público inscrito para visitar e conhecer as algumas das obras do arquiteto homenageado na cidade.

SOBRE OS PROJETOS EM EXPOSIÇÃO

1. Reservatório elevado em Urânia

Urânia, SP, 1968 | projeto não realizado

O projeto retoma a ideia dos chamados castelos d’água – torres que, erguidas para armazenar água tratada, foram perdendo espaço para os reservatórios subterrâneos na segunda metade do século XX. Feitas de concreto armado – por meio de formas deslizantes – e com diâmetro máximo de 5 metros cada uma, as três torres cilíndricas que compõem a obra são envolvidas por um grande espelho d’água. As passarelas que interligam as construções nos níveis alto e baixo não coincidem, fazendo com que suas sombras e seus reflexos na superfície líquida sejam cambiantes e múltiplos. O conjunto ainda conta com um pequeno pavilhão para festas, de onde se tem sempre uma percepção parcial dos cilindros, “cortados” visualmente pela baixa laje de cobertura.

2. Cidade do Tietê

Estado de São Paulo, 1980 | projeto não realizado

O projeto consiste na criação de um grande porto fluvial nas águas do Rio Tietê, entre os municípios paulistas de Lins e Novo Horizonte. Capaz de interligar as redes rodoviária e ferroviária já existentes no curso do rio, a obra daria origem a um polo de desenvolvimento regional, opondo-se ao “colar de cidades” – todas dependentes e especializadas – que se estabeleceu historicamente em torno das rodovias e ferrovias. Diante da primazia do saturado Porto de Santos, podem-se abrir novas alternativas para o transporte de cargas nos portos de Angra dos Reis, São Sebastião, Paranaguá e, até mesmo, Montevidéu-Buenos Aires.

3. Aquário Municipal de Santos, 1991

Santos, SP, 1991 | projeto não realizado

A diretriz básica do projeto é tirar o Aquário Municipal de Santos do confinamento em que está hoje – uma ilha entre as duas mãos de uma avenida à beira-mar –, desviando para trás a via que o separa da praia e permitindo, assim, que seu terreno se estenda em direção ao oceano. O pavilhão dos aquários propriamente ditos é projetado com uma estrutura em concreto armado e uma fachada de chapa metálica que não chega a encostar no solo. O que separa o exterior do interior do pavilhão, no nível do chão, é um espelho d’água, que atravessa os dois ambientes, comunicando-os e, ao mesmo tempo, isolando-os. É um pequeno “lago urbano” que permite que o ambiente não tenha muro nem grade.

4. Baía de Vitória

Vitória, ES, 1993 | projeto não realizado

O projeto define uma nova lógica para a ocupação da Baía de Vitória. Um dos aspectos previstos diz respeito à área de manguezais situada no fundo do canal: preservado, o espaço pode abrigar fazendas marinhas que estudem e incentivem esse microclima tão fértil. Por onde se entra para a cidade velha foram feitos, ao longo do tempo, uma muralha de cais e um aterro, criando uma esplanada que vem sendo paulatinamente destinada a um uso institucional variado e desorganizado. Para contornar essa situação, foram imaginadas engenhosidades espaciais, como torres cristalinas construídas sobre o mar.

5. Baía de Montevidéu

Montevidéu, Uruguai, 1998 | projeto não realizado

Hoje, todo o município de Montevidéu, em suas comunicações, tem de girar em torno da baía, entendendo-a como um entrave a ser superado. A intenção deste projeto é justamente inverter a situação: fazer a cidade dirigir-se à baía, de modo concêntrico, incorporando essa superfície de água em seu cotidiano. Assim, ela se transforma em uma praça de água (suas margens seriam retificadas para explicitar essa intenção), e o espaço poderia ser atravessado com a ajuda de uma frota de barcos – meio de transporte leve e de massa que aliviaria o engarrafamento de automóveis nas vias da cidade. Trata-se, portanto, de uma visão um tanto “veneziana” da relação entre o ser humano e a natureza e da ideia de vida no ambiente urbano: assim ressignificada, a baía passaria a ser uma espécie de San Marco inundada.

6. Proposta para a Praça da República

São Paulo, SP, 2001 | projeto não realizado

O projeto visa transformar a Praça da República, no Centro da capital paulista, por meio da instalação de uma grande piscina pública no local. Essa “praia urbana” é sustentada por pilares, formando um conjunto construído de 100 metros em planta. Abaixo dela, no nível do chão, há um espaço reservado para as máquinas, um conjunto de rampas que leva ao topo e equipamentos como uma cantina e vestiários, além de um salão de baile para festas populares.

7. Sesc 24 de Maio

São Paulo, SP, 2001 | obra inaugurada em 2017

Situada no Centro da capital paulista, esta unidade do Sesc ocupa um edifício que pertencia à loja de departamentos Mesbla. Ao longo de um amplo vazio central do prédio foi possível instalar uma nova estrutura, com quatro pilares de concreto que sustentam a piscina localizada na cobertura. Logo abaixo dela, no penúltimo piso, há uma ampla praça coberta, com uma cafeteria e um espelho d’água. O térreo, por sua vez, é aberto para a rua e para o fluxo de pedestres. Num estreito terreno vizinho foi construído um anexo reservado para as áreas de apoio – como uma pequena embarcação que ampara os trabalhos da esquadra (ou do edifício) principal.

8. Cais das Artes

Vitória, ES, 2006 | obra em construção

Formado por um museu e um teatro, o conjunto arquitetônico valoriza a paisagem e a história do entorno – uma esplanada aterrada às margens do canal que separa a capital capixaba do município de Vila Velha. Os dois edifícios são suspensos por pilares, e a circulação entre os espaços expositivos do museu se dá por meio de rampas na área externa do prédio, permitindo a vista para o mar, as embarcações e as montanhas da cidade vizinha. Ao redor das duas construções se estende uma ampla praça aberta, onde podem ser apresentados espetáculos cênicos e exposições ao ar livre.

9. Parque da Grota

São Paulo, SP, 1974 | projeto não realizado

Grotas são depressões causadas pelas águas da chuva ou de enchentes de rios em encostas de morros. Na Bela Vista, na área central de São Paulo, a grota em torno do Ribeirão do Saracura se encontra ocupada por edifícios deteriorados e com baixo adensamento. O projeto visa explorar a potencialidade única dessa paisagem de

topografia acidentada, arborizando as encostas e construindo um bairro habitacional com parques, escolas, comércio local e hotéis. Para os edifícios, adota-se uma torre-tipo de planta circular e com 15 andares, alguns deles livres para recreação.

10. Biblioteca de Alexandria

Alexandria, Egito, 1988 | projeto não realizado

Este projeto foi criado para um concurso internacional que carregava como estímulo a ideia de reinventar aquela que foi a maior biblioteca da Antiguidade. Dada a magnitude da questão, não se podia perder a chance de enfrentar a bela paisagem da Península dos Reis. Daí a decisão de implantar apenas o acolhimento e a administração da biblioteca no terreno proposto pelo edital, construindo as torres propriamente ditas – um cubo e um cilindro – já na península. Através de um túnel que passa sob a avenida à beira-mar, elas se ligam a um amplo salão de exposições, situado no subsolo do pórtico de entrada, no terreno original.

11. Museu de Arte de Vitória

Vitória, ES, 1991 | projeto não realizado

Situado na Praia do Canto e imaginado para abrigar a Fundação Natura Krajcberg, o museu se define como um grande conjunto de recintos para exposições com dois anexos: um teatro e instalações de apoio. É uma construção aérea, suspensa, pensada

para manter desimpedida a visão da paisagem, com a possibilidade intrigante de abrir “janelas” para o chão, que permitem que a luz entre nos recintos por um lugar imprevisto. Imaginou-se usar, no lugar dos tradicionais pilares, velhas e abandonadas estruturas metálicas do antigo porto, estocadas no fundo da baía, dando à construção um caráter naval.

SERVIÇO

Ocupação Paulo Mendes da Rocha

Abertura: 12 de setembro (quarta-feira), às 20h

Visitação: De 13 de setembro a 4 de novembro

Terças-feiras a sextas-feiras, das 9h às 20h (permanência até as 20h30)

Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h

Piso 1

Classificação indicativa: Livre

Dia 12 de setembro, às 18h30

Exibição do documentário Tudo É Projeto e bate-papo

Duração aproximada: 90 minutos

Sala Itaú Cultural (piso térreo) – 224 lugares

Entrada gratuita

Distribuição de ingressos

Público preferencial: uma hora antes do evento | com direito a um acompanhante – ingressos liberados apenas na presença do preferencial e do acompanhante

Público não preferencial: uma hora antes do evento | um ingresso por pessoa

Classificação indicativa: livre

Itaú Cultural

Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô

Fones: 11. 2168-1777

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