Assessoria de Imprensa
12/11/2020 11h00 | Atualizada em 12/11/2020 13h57
As vendas de cimento em outubro seguiram em curva ascendente em linha com as previsões mais recentes do setor.
A continuidade das reformas (autoconstrução), das obras e o aumento dos lançamentos imobiliários são as principais razões para a manutenção do bom desempenho e da confiança do empreendedor.
Hoje, a construção residencial, comercial e as reformas que compreendem estes dois setores, correspondem por cerca de 80% do consumo no país e alavancaram as vendas do insumo no mercado interno, atingindo 6,0 milhões de toneladas, um crescimento de 14,5% em relação ao mesmo mês de 2019.
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...As vendas de cimento em outubro seguiram em curva ascendente em linha com as previsões mais recentes do setor.
A continuidade das reformas (autoconstrução), das obras e o aumento dos lançamentos imobiliários são as principais razões para a manutenção do bom desempenho e da confiança do empreendedor.
Hoje, a construção residencial, comercial e as reformas que compreendem estes dois setores, correspondem por cerca de 80% do consumo no país e alavancaram as vendas do insumo no mercado interno, atingindo 6,0 milhões de toneladas, um crescimento de 14,5% em relação ao mesmo mês de 2019.
No acumulado do ano (janeiro a outubro), os números também foram positivos, alcançando 50,5 milhões de toneladas, aumento de 10,1% comparado ao mesmo período do ano passado.
Ao se analisar a venda de cimento por dia útil de 253,4 mil toneladas em outubro, registrando um leve crescimento de 0,1% sobre setembro deste ano e de 19,4% em relação a outubro de 2019.
Apesar de indicar uma possível estabilidade nas vendas, as reformas continuam em alta, conforme demonstram indicadores de vendas de lojas de materiais de construção.
O outro vetor é o crescimento nas vendas, nos lançamentos imobiliários e a continuidade das obras assegurando o fornecimento do cimento para o mercado.
Mesmo com uma crise que assola diversos segmentos da economia, o mercado imobiliário vive um de seus melhores períodos desde 2014, ano do início da crise da construção civil.
Com a queda da taxa de juros, no menor patamar histórico, a simplificação e desburocratização e novas linhas de crédito para comprar um imóvel ficou mais atrativo. Os brasileiros que podem, buscam imóveis maiores e estão dispostos a se afastar dos escritórios graças à opção do trabalho remoto.
“Acreditamos que o bom desempenho do setor deve continuar, mas a médio prazo ainda contamos com um horizonte de incertezas. O aumento das vendas de imóveis residenciais em patamares surpreendentes sustenta o desempenho do setor de cimento, mas, impõe cautela para o futuro. É fundamental que haja geração de renda e emprego, a continuidade dos lançamentos imobiliários, a manutenção do ritmo das obras e da atividade econômica que manterão o fôlego do auto construtor e a confiança do empreendedor. Por outro lado, a infraestrutura continua sendo uma atividade de extrema importância para a indústria do cimento, mas ainda permanece com uma performance abaixo do necessário, diz Paulo Camillo Penna, presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).
Perspectivas
O melhor desempenho da região nordeste em relação as demais (crescimento de 14,9% no acumulado do ano) pode ser entendido como um reflexo do programa de auxílio emergencial.
Segundo estudos, 44% da população do nordeste vivia com menos de R$ 420,00 (aproximadamente o valor da linha de pobreza segundo o Banco Mundial) por mês.
Portanto o valor inicial do auxílio emergencial superou a renda mensal de boa parte da população dessa região, ampliando seu poder de compra.
Apesar dos números positivos registrados nos últimos meses, o setor ainda sofre as consequências da forte crise entre 2015 e 2018, que provocou a perda de quase 30% da demanda, o fechamento de 20 fábricas e dezenas de fornos, provocando uma capacidade ociosa acima dos 45% e que ainda está longe de ser recuperada, configurando uma severa queima de capital.
Ademais, o setor vem sofrendo desde então forte pressão de custos de energia elétrica, câmbio, energia térmica e outros insumos, além de um enorme custo de capital investido.
A recuperação do mercado imobiliário brasileiro começou, de fato, no fim do primeiro semestre, com os imóveis destinados à população de baixa renda, o que inclui programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida e o recém-lançado Casa Verde e Amarela. Aproximadamente 75% dos imóveis vendidos foram destinados para ao segmento de menor poder aquisitivo.
O ponto de atenção continua sendo a morosidade do ritmo das reformas – com ênfase para a tributária – que não vem tendo a dinâmica desejada e é fundamental para a simplificação e atração de investimentos em habitação, rodovias, portos, saneamento, entre outros tantos que são fundamentais para o desenvolvimento econômico do país.
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