Uma ponte estaiada, considerada de alto grau de complexidade por seus projetistas, será edificada num dos principais cruzamentos viários de São José dos Campos.

O anúncio do edital de chamada para as empresas interessadas no projeto, no valor de R$ 64 milhões, foi feito dia 23 de abril pelo prefeito Felício Ramuth.

O engenheiro responsável pela obra denominada Arco da Inovação é Catão Francisco Ribeiro, o mesmo que fez as pontes estaiadas de São Paulo, Manaus, Laguna entre mais de 20 outros projetos e com reconhecimento internacional. “Entre todas as pontes que já construí essa é uma das mais complexas, é feita em curva e com dois tabuleiros assimétricos e cada cabo terá que ter um calculo próprio”, observou o engeheiro, que chegou a residir na cidade durante sua infância.

O local da construção, que tem duração prevista de 14 meses, fica próximo ao anel viário e a Via Dutra, na região do vale do ribeirão Vidoca. Nessa área, estão concentrados shopping center, hipermercados, diversos hotéis.

De acordo com o prefeito, as previsões para abertura de novos acessos já estavam previstas e algumas áreas de estacionamentos serão ocupadas pelo novo projeto. Nesta região da cidade passam, diariamente, 61,4 mil passageiros de ônibus, 180 mil veículos e 1,3 mil viagens de ônibus, num total de 300 mil pessoas.

Desenho

A ponte terá um arco que remete ao estilo arquitetônico modernista de 100 metros de altura e poderá ser avistado a distância. O viaduto inferior, que está a 6 metros da pista do solo, terá 267 metros de comprimento e o superior, que ficará a 8 metros do piso de rodagem abaixo, terá 349 metros.

O último tabuleiro estará a 77 metros do cume do arco. Ao todo serão 68 cabos de aço de sustentação, denominados estais, numa derivação do segmento náutico.

Pelo fato de ser curva, os estais dão a impressão para quem vê ao longe de estarem traçados. As ligações dos dois viadutos serão entre as avenidas Jorge Zarur, São João e Cassiano Ricardo, ligando o fluxo do centro da cidade para a zona sul e anel viário e zona oeste e Via Dutra.

Uma das novidades apresentadas por Ramuth, que teve as primeiras ideias da construção da ponte em 2009, quando era secretário de transportes, foi apresentar a maquete da ponte feita totalmente por uma impressora 3D.

“Estaremos utilizando o dinheiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o critério para essa obra foi o grande impacto social, pois passa hoje por um dos principais entrocamentos viários da cidade e um local com um grande fluxo de veículos. Ainda teremos a construção de uma ciclovia que estará na ampliação da via do ribeirão Senhorinha, que estará ligada ao via Oeste”, acrescentou Ramuth.