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País precisa investir na prevenção de catástrofes naturais, alerta especialista

Entre janeiro e dezembro de 2023, o Cemaden registrou 1.161 ocorrências no país, alertando para a necessidade de políticas públicas de prevenção

Assessoria de Imprensa

07/03/2024 11h26 | Atualizada em 14/03/2024 08h23


Por Fernanda Braga*


O ano de 2023 foi marcado pela quantidade incomum de desastres naturais registrados no Brasil.

De fato, tornou-se frequente deparar-se com notícias sobre fortes chuvas que causaram enchentes ou obras que provocaram deslizamentos de terra.

E não é por menos. Entre janeiro e dezembro, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) registrou 1.161 ocorrências que se encaixam na categoria de “desastres naturais”, ultrapassando a barreira de três ocorrências por dia.

O número é o mais alto desde o início dos registros pelo órgão, em 2011, resultando em um total de 132 mortes, mais de 9 mil feridos, quase 75 mil desabrigados e cerca de 525 mil desalojados.

Recentemente, vivemos dois casos muito emblemáticos que servem de alerta.

O primeiro foi o afundamento do solo de uma grande área na cidade de Maceió (AL), provocado pela falta de fiscalização e de estudos adequados do terreno, o que poderia ter evitado a catástrofe.

No segundo caso, as fortes chuvas em Porto Alegre (RS) totalizaram 716 registros de desastres hid

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Por Fernanda Braga*


O ano de 2023 foi marcado pela quantidade incomum de desastres naturais registrados no Brasil.

De fato, tornou-se frequente deparar-se com notícias sobre fortes chuvas que causaram enchentes ou obras que provocaram deslizamentos de terra.

E não é por menos. Entre janeiro e dezembro, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) registrou 1.161 ocorrências que se encaixam na categoria de “desastres naturais”, ultrapassando a barreira de três ocorrências por dia.

O número é o mais alto desde o início dos registros pelo órgão, em 2011, resultando em um total de 132 mortes, mais de 9 mil feridos, quase 75 mil desabrigados e cerca de 525 mil desalojados.

Recentemente, vivemos dois casos muito emblemáticos que servem de alerta.

O primeiro foi o afundamento do solo de uma grande área na cidade de Maceió (AL), provocado pela falta de fiscalização e de estudos adequados do terreno, o que poderia ter evitado a catástrofe.

No segundo caso, as fortes chuvas em Porto Alegre (RS) totalizaram 716 registros de desastres hidrológicos, como inundações, enxurradas e alagamentos.

Nos dois casos, assim como na maior parte dos demais, como rompimento de barragens, grandes deslizamentos e outras situações de grande impacto, é possível constatar nitidamente que faltou estudo, monitoramento, manutenção e fiscalização.

Esse quadro é desalentador, tendo em vista que o país conta com tecnologias capazes de oferecer dados precisos de terrenos, áreas submersas e, até mesmo, de ambientes fechados.

Porém, para utilizá-las adequadamente é necessário investir mais no uso desses recursos e na capacitação dos profissionais.

Além disso, deve-se cobrar das empresas, sejam públicas ou privadas, a responsabilidade por esses acontecimentos.

Força-tarefa – Ainda em 2023, o governo federal anunciou o investimento de R$ 1,7 trilhão no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

De fato, são aportes necessários ao crescimento do país, principalmente porque muitos dos projetos se propõem a resolver questões importantes de infraestrutura e logística.

Entretanto, deve-se considerar ainda as estruturas já existentes e que precisam de manutenção, geralmente locais em que há atividade humana mesmo com riscos e ambientes com histórico de acidentes.

Para isso, é necessário contar ainda com uma força-tarefa eficiente, fiscalizando o andamento dos eventuais reparos.

O Brasil é um país com relevo acidentado em praticamente todo o seu território e, portanto, há uma necessidade premente de se criar políticas públicas que cuidem desse assunto crítico da infraestrutura nacional, trabalhando mais ativamente na prevenção de acidentes que tanto chocam a sociedade.

É hora de começar a agir.


*Fernanda Braga é gerente administrativa da APAT (Associação dos Profissionais de Agrimensura e Topografia).

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