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Nova RPPN no Ceará engloba mancha da Mata Atlântica em meio à Caatinga

Local é estratégico para a conservação de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção

Assessoria de Imprensa

26/04/2018 08h17 | Atualizada em 26/04/2018 13h25


Uma área de 92% do território do Ceará é coberto pela Caatinga, bioma que se caracteriza pelo clima semiárido e pelo solo árido e pedregoso. Historicamente, o bioma acumula no Estado um desmatamento de 39,86%. O restante do território estadual é preenchido pela Mata Atlântica, bioma de clima úmido. Atualmente, apenas 7,48% do território estadual é protegido por Unidades de Conservação, o equivalente a 1.104.609 hectares. Os dados acima são da Associação Caatinga que, em 2018, ajudou o Estado a dar um passo importante para a conservação da biodiversidade: a criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sítio Lagoa, localizada no município de Guaramiranga - o menor do estado -, que fica a 110 quilômetros da capital cearense.

Com uma área que abrange 70 hectares, a RPPN Sítio Lagoa foi criada por meio do projeto “RPPN: conservação voluntária gerando serviços ambientais”, desenvolvido pela Associação Caatinga, com apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. “O local escolhido para a implantação da RPPN engloba uma mancha da Mata Atlântica em meio à Caatinga, em um local de transição entre a área úmida e o semiárido, o que a torna fundamen

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Uma área de 92% do território do Ceará é coberto pela Caatinga, bioma que se caracteriza pelo clima semiárido e pelo solo árido e pedregoso. Historicamente, o bioma acumula no Estado um desmatamento de 39,86%. O restante do território estadual é preenchido pela Mata Atlântica, bioma de clima úmido. Atualmente, apenas 7,48% do território estadual é protegido por Unidades de Conservação, o equivalente a 1.104.609 hectares. Os dados acima são da Associação Caatinga que, em 2018, ajudou o Estado a dar um passo importante para a conservação da biodiversidade: a criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sítio Lagoa, localizada no município de Guaramiranga - o menor do estado -, que fica a 110 quilômetros da capital cearense.

Com uma área que abrange 70 hectares, a RPPN Sítio Lagoa foi criada por meio do projeto “RPPN: conservação voluntária gerando serviços ambientais”, desenvolvido pela Associação Caatinga, com apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. “O local escolhido para a implantação da RPPN engloba uma mancha da Mata Atlântica em meio à Caatinga, em um local de transição entre a área úmida e o semiárido, o que a torna fundamental para a conservação de espécies endêmicas ameaçadas de extinção, como o periquito-cara-suja (Pyrrhura griseipectus) e o tucaninho-da-serra (Selenidera gouldii baturitensis)”, afirma o responsável técnico do projeto, Samuel Portela. Além disso, o Maciço de Baturité funciona como uma grande caixa d’água para a região, por se tratar de uma área úmida em meio à predominância do clima semiárido. “O local se torna um agente importante na manutenção de recursos hídricos, sendo responsável também por deixar a temperatura mais amena. E esses são aspectos de difícil valoração”, explica Portela.

A área pertence à família de Antônio Eugênio Gadelha, que também é o representante legal da propriedade. O Sítio conta com área total de 373 hectares e compõe a encosta do Pico Alto, o ponto de maior altitude do Maciço de Baturité. Segundo Antônio, a ideia de manter parte da área com floresta preservada sempre foi uma prática da família e a decisão de criar uma RPPN surgiu a partir da vontade de evitar possíveis degradações no futuro. “Conhecemos essa área e percebemos o quanto ela é importante para as condições climáticas de nossa serra. Como proprietários, precisávamos cuidar da preservação daquele bioma”, aponta.

O projeto também prevê ações de manejo na RPPN Serra das Almas, no município de Crateús, no Ceará.  A diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes, lembra que a RPPN é um mecanismo efetivo de participação da sociedade na conservação da biodiversidade brasileira. “As reservas privadas complementam os esforços públicos na proteção de ecossistemas naturais”, afirma. Ela destaca que, por meio dos editais de apoio financeiro da Fundação, muitas RPPNs têm sido criadas. “Nos editais semestrais de apoio, inclusive, há uma linha temática voltada a Unidades de Conservação (UCs) e RPPNs. Ao todo, as 1.541 iniciativas apoiadas pela Fundação Grupo Boticário desde 1991, já beneficiaram 504 UCs”, diz Malu.

A Fundação Grupo Boticário é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial. A Fundação Grupo Boticário apoia ações de conservação da natureza em todo o Brasil, totalizando mais de 1.500 iniciativas apoiadas financeiramente. Protege 11 mil hectares de Mata Atlântica e Cerrado, por meio da criação e manutenção de duas reservas naturais. Atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e nas políticas públicas, além de contribuir para que a natureza sirva de inspiração ou seja parte da solução para diversos problemas da sociedade. Também promove ações de mobilização, sensibilização e comunicação inovadoras, que aproximam a natureza do cotidiano das pessoas.

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