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Maior parte das grandes cidades reinveste menos de 30% do que arrecada em saneamento básico

Levantamento do Instituto Trata Brasil foi feito considerando as 100 maiores cidades do país. Baixo investimento compromete atendimento de água e esgoto e é sinal de má gestão, diz presidente executivo da ONG

G1

25/07/2019 11h00


A maior parte das grandes cidades do país tem um baixo nível de reinvestimento no setor de saneamento básico.

Isso quer dizer que, do valor arrecadado, apenas uma pequena parcela é utilizada para fazer melhorias no serviço, como a manutenção e a troca de redes e a expansão dos atendimentos. A maior parte é gasta com pagamento de funcionários ou insumos, como produtos químicos.

É o que mostra um estudo do Instituto Trata Brasil e da GO Associados divulgado nesta semana feito com base nas 100 maiores cidades do Brasil, que concentram 40% da população do país, e nos dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2017.

Das 100 cidades, 70 reinvestem menos de 30% do que arrecadam no setor. Apenas 5 investem 60% ou mais na melhoria dos serviço – são tão poucas que são consideradas “outliers” pelo estudo, ou seja, atípicas ou “fora da curva” da tendência geral.

Segundo Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil, o baixo investimento no setor compromete o acesso da popula&cc

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A maior parte das grandes cidades do país tem um baixo nível de reinvestimento no setor de saneamento básico.

Isso quer dizer que, do valor arrecadado, apenas uma pequena parcela é utilizada para fazer melhorias no serviço, como a manutenção e a troca de redes e a expansão dos atendimentos. A maior parte é gasta com pagamento de funcionários ou insumos, como produtos químicos.

É o que mostra um estudo do Instituto Trata Brasil e da GO Associados divulgado nesta semana feito com base nas 100 maiores cidades do Brasil, que concentram 40% da população do país, e nos dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2017.

Das 100 cidades, 70 reinvestem menos de 30% do que arrecadam no setor. Apenas 5 investem 60% ou mais na melhoria dos serviço – são tão poucas que são consideradas “outliers” pelo estudo, ou seja, atípicas ou “fora da curva” da tendência geral.

Segundo Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil, o baixo investimento no setor compromete o acesso da população aos serviços de água e esgoto. Isso porque, sem investimento, o sistema não avança para atender as pessoas que ainda não têm acesso e, sem manutenção, as redes existentes têm mais vazamentos ou falhas.

"Está investindo em saneamento? Não? Então a cidade não vai sair daquela situação nunca. Uma cidade mais próxima da universalização pode até se dar ao luxo de usar o dinheiro arrecadado para virar caixa e lucro para acionista. O duro é a cidade em uma situação ruim que não investe nada do que arrecada porque o dinheiro vai pagar funcionário e produto químico", diz Édison Carlos.

O Brasil ainda apresenta quase35 milhões de brasileiros sem acesso à água tratadae quase100 milhões sem coleta de esgoto. Além disso, apenas 46% dos esgotos gerados nos país são tratados.

As maiores cidades do país, que, segundo o estudo, deviam ser exemplo de evolução no setor por terem melhores condições econômicas e de infraestrutura para fazer planejamentos e grandes obras de saneamento, têm a maioria dos índices acima da média nacional, mas, mesmo assim, aquém do esperado.

Somente 46 cidades têm mais de 80% da população com coleta de esgoto, e mais de 80 têm perdas de água potável no sistema de distribuição superiores a 30%. Isso quer dizer que,a cada 100 litros de água tratada, 30 são perdidosem vazamentos e fraudes.

Além disso, Édison Carlos destaca que o alto comprometimento do caixa com os gastos de folha de pagamento e de insumos é um sinal de má gestão das empresas prestadoras de serviços de água e esgoto.

"O investimento para ampliar os serviços tem que vir da tarifa, não pode ficar dependendo de empréstimo de banco", afirma.

"Se a empresa usa toda a arrecadação para pagar despesa e não sobra nada para investir, a gestão está errada. Pode ser uma empresa inchada, sem planejamento de gastos de energia elétrica e produtos. A arrecadação pode estar baixa, o que é sinal de inadimplência e de muita perda de água na distribuição. Com essas problemas, a empresa não consegue ter sobra para investir mesmo."

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