Atualmente, vêm crescendo o interesse e a necessidade pela digitalização no setor da construção, pois as tecnologias comprovadamente auxiliam na redução de custos, além de otimizar os trabalhos e a produtividade ao aperfeiçoar a qualidade dos registros gerados, melhorando as ferramentas para a tomada de decisão.

Nesse cenário, mesmo os setores mais tradicionais da economia, como o da construção civil, já contam com programas que têm como objetivo simplificar as atividades tanto no canteiro de obras quanto no escritório.

É o que acontece com a Intech Engenharia. Com o intuito de gerenciar e acompanhar com mais qualidade e rapidez os registros gerados, a empresa decidiu digitalizar os seus processos de qualidade. De acordo com a engenheira Natalia Garcia, a digitalização de documentos cumpre os objetivos de ampliar o acesso, reduzir prazos, diminuir custos e proporcionar um acesso ágil, simples e seguro à informação.

“Temos todas as vantagens da transformação digital, como acesso rápido à informação, controle das revisões e aprovações digitalmente”, afirma a especialista. “Outra vantagem competitiva da transformação digital está na entrada de dados, pois digitalizar documentos escritos à mão impede ou diminui a possibilidade de agrupar informações que se relacionam e tratam de um mesmo assunto, dificultando assim a criação de um banco de dados e o posterior uso das informações geradas.”

Iniciado em janeiro deste ano na reabilitação no gasoduto Santiago Camaçari, o projeto-piloto de digitalização dos processos – realizado em conjunto com o cliente TAG – utilizou a plataforma Digital Site, da Sixense.

Na ocasião, os operadores de campo utilizaram um tablet em substituição ao relatório preenchido a mão. No dispositivo tornou-se possível preencher formulários e inserir fotos e comentários, além de acessar documentos e procedimentos à distância. No escritório central, por sua vez, os dados tornaram-se acessíveis para validação via interface web.

Uma vez implantada, a plataforma agora já pode ser acessada por qualquer profissional do projeto, desde que seja habilitado para isso. “No futuro, criaremos um banco de dados para novos orçamentos e avaliação de desempenho”, diz Natalia Garcia.

Segundo a engenheira, o custo para fazer essa transição do analógico para o digital é baixo, sendo que o maior investimento inicial consiste na aquisição do equipamento, além de uma taxa paga por projeto. Também não há um prazo definido para o processo de transformação, mas aproximadamente um mês é o suficiente, diz ela.

“Apesar disso, são muitas as barreiras que precisam ser vencidas, pois além da dificuldade operacional, o que é normal em qualquer novo sistema, precisamos vencer a barreira da mudança de mentalidade, que é um dos principais desafios para a transformação digital”, comenta Natália Garcia.

“Assim, para conquistar a transformação, é necessário realizar um acompanhamento constante, pois nem sempre ela é vista como uma prioridade profissional, além da necessidade de apoio da direção das empresas, o que é fundamental neste processo.”