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Governo planeja trocar diesel por gás nos caminhões

Governo busca diminuir consumo de diesel no plano de novo mercado do combustível e reduzir custo do frete

Folha de S. Paulo

25/07/2019 11h00


O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, quer usar o novo mercado de gás, lançado pelo presidente da República, para diminuir o consumo do diesel no país e estimular a conversão de caminhões para o gás natural veicular, uma forma de reduzir o custo do frete no país.

Atualmente, cerca de 10,6% do gás comercializado no país abastece veículos, segundo dados do setor.

A frota a gás representa somente 2,2% do total em circulação, de acordo com informações do Departamento Nacional de Trânsito.

Ainda com uma rede de abastecimento veicular limitada, focada nos maiores centros urbanos, o gás fica concentrado em grandes indústrias e na geração de energia elétrica por centrais hoje movidas, em sua maioria, por diesel e outros combustíveis fósseis.

“Vamos anunciar um planejamento para substituir todas as térmicas movidas a diesel”, comenta Albuquerque. “Os contratos de fornecimento de diesel que forem vencendo serão substituídos por gás.”

Segundo o ministro, a base do plano que será anunciado pelo gover

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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, quer usar o novo mercado de gás, lançado pelo presidente da República, para diminuir o consumo do diesel no país e estimular a conversão de caminhões para o gás natural veicular, uma forma de reduzir o custo do frete no país.

Atualmente, cerca de 10,6% do gás comercializado no país abastece veículos, segundo dados do setor.

A frota a gás representa somente 2,2% do total em circulação, de acordo com informações do Departamento Nacional de Trânsito.

Ainda com uma rede de abastecimento veicular limitada, focada nos maiores centros urbanos, o gás fica concentrado em grandes indústrias e na geração de energia elétrica por centrais hoje movidas, em sua maioria, por diesel e outros combustíveis fósseis.

“Vamos anunciar um planejamento para substituir todas as térmicas movidas a diesel”, comenta Albuquerque. “Os contratos de fornecimento de diesel que forem vencendo serão substituídos por gás.”

Segundo o ministro, a base do plano que será anunciado pelo governo reside na retirada da Petrobras do mercado de transporte e distribuição de gás. A estatal concentra hoje 70% do mercado.

“Ninguém ganhou com esse monopólio, que já deveria ter sido quebrado desde 2002”, afirmou o ministro.

“Os governos sempre usaram a Petrobras como um agente de suas políticas e, por isso, não houve margem para competição. Naquela época, havia mais de 20 empresas operando no país e sobraram cerca de cinco”, disse.

A tendência, ainda segundo o ministro, é de reduzir ainda mais a participação, porque a estatal também acertou com o Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica a venda de sua participação no gás e no refino.

Pelo acordo, a estatal venderá 8 de suas 13 refinarias, abrindo mão de cerca de metade do mercado de derivados do petróleo.

Com o novo cenário para o gás, a distribuidora Celse (Centrais Elétricas do Sergipe), por exemplo, contratou um navio estrangeiro que funcionará como estação fixa de tratamento de gás para abastecer as usinas térmicas no estado até 2044.

“Esse navio tem capacidade de 1,5 GW (gigawatt). É a maior usina do tipo na América Latina”, afirmou o ministro.

Ainda segundo ele, foram importados diversos caminhões chineses movidos a gás que serão usados para levar o combustível para outros pontos de distribuição.

“Não acho que haverá só construção de dutos com a abertura do mercado. Vamos usar muitos navios e caminhões para fazer o combustível chegar a mais lugares.”

A ideia do governo, quando o mercado de gás estiver consolidado, é estimular a conversão dos caminhões de carga.

“Não dá para dizer que haverá subvenção ao caminhoneiro. Não tem isso no momento, mas o preço vai cair tanto com essa expansão, que ficará atrativo fazer a conversão.”

Segundo estimativas da Abegás, associação que representa distribuidores de gás canalizado, a conversão faz sentido para quem roda mais de 250 km por dia durante 22 dias por mês.

Neste caso, o investimento se paga com a redução do gasto com o combustível. A economia pode chegar a 50% sobre o litro do diesel e 65% sobre o litro da gasolina.

Por enquanto, a ideia do governo é atrair investidores na construção de infraestrutura de transporte e distribuição. Para isso, eles terão de fechar contratos de fornecimento com a Petrobras, que ficará restrita à produção do gás.

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