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Farallon e Mubadala compram rodovia da Odebrecht em SP

A Rota das Bandeiras é responsável por administrar 297 quilômetros do corredor Dom Pedro

31/01/2019 08h17 | Atualizada em 31/01/2019 10h55


A gestora Farallon e a companhia de investimentos Mubadala, de Abu Dhabi, compraram a concessão rodoviária Rota das Bandeiras, da Odebrecht Rodovias, responsável por administrar 297 quilômetros do corredor Dom Pedro, no interior do Estado de São Paulo. O negócio foi fechado por R$ 1,650 bilhão, montante que envolve tanto pagamento à vista quanto desembolsos vinculados ao desempenho da rodovia após a aquisição (chamado “earn out”).

A Odebrecht deu a concessão em garantia a um empréstimo que contraiu no passado com a Farallon. A empresa, que detinha 100% do ativo, não saiu do negócio, ficou com uma participação minoritária ao redor de 15%. A Rota das Bandeiras é o principal ativo rodoviário da Odebrecht, cujo portfólio tem outras cinco estradas.

O acordo de compra e venda, assinado na noite de ontem, ainda está sujeito a uma série condições precedentes e aprovações regulatórias. A transferência do ativo para os novos donos depende do cumprimento dessas condições, mas a estimativa dos compradores é de que isso ocorra no intervalo de dois meses.

“Nossas participações serão divididas meio a meio e, caso o negócio seja fechado, controlaremos a Rota da

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A gestora Farallon e a companhia de investimentos Mubadala, de Abu Dhabi, compraram a concessão rodoviária Rota das Bandeiras, da Odebrecht Rodovias, responsável por administrar 297 quilômetros do corredor Dom Pedro, no interior do Estado de São Paulo. O negócio foi fechado por R$ 1,650 bilhão, montante que envolve tanto pagamento à vista quanto desembolsos vinculados ao desempenho da rodovia após a aquisição (chamado “earn out”).

A Odebrecht deu a concessão em garantia a um empréstimo que contraiu no passado com a Farallon. A empresa, que detinha 100% do ativo, não saiu do negócio, ficou com uma participação minoritária ao redor de 15%. A Rota das Bandeiras é o principal ativo rodoviário da Odebrecht, cujo portfólio tem outras cinco estradas.

O acordo de compra e venda, assinado na noite de ontem, ainda está sujeito a uma série condições precedentes e aprovações regulatórias. A transferência do ativo para os novos donos depende do cumprimento dessas condições, mas a estimativa dos compradores é de que isso ocorra no intervalo de dois meses.

“Nossas participações serão divididas meio a meio e, caso o negócio seja fechado, controlaremos a Rota das Bandeiras em conjunto. A Mubadala tem uma visão de longo prazo e continuará avaliando oportunidades de investimento no Brasil, entre eles no setor de infraestrutura”, disse ao Valor o sócio-gestor da Farallon Latin America, Daniel Goldberg.

A aquisição da concessão rodoviária marca a entrada da Farallon no mercado de transportes no Brasil via equity — a empresa tradicionalmente atua como credora de empresas quando há escassez de capital disponível. Mas planeja expandir a atuação nas duas formas.

“Não estamos apenas investindo em transporte rodoviário, vemos oportunidades, tanto em crédito como em equity, em diversos outros setores, inclusive em infraestrutura”, disse o executivo, que foi presidente do banco Morgan Stanley no Brasil e secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça.

A Farallon tem investimentos em curso nos setores portuário e de transmissão, por exemplo. “Os problemas que o Brasil vem enfrentando nos últimos anos criaram oportunidades de investimento em diversos campos. Acompanhamos de perto — e fomos bem ativos — em um momento de contração aguda da economia, agora é hora de nos prepararmos para um ciclo de expansão”, afirmou Goldberg.

O posicionamento da Farallon nesse mercado é reflexo de uma profunda ruptura pela qual a infraestrutura passou no Brasil, fruto da combinação da contração do PIB, da restrição do crédito e dos problemas regulatórios que afetaram grande parte das empresas que tradicionalmente operavam no setor.

“Acreditamos que há espaço e oportunidade para que novos protagonistas se estabeleçam. A depender de futuras oportunidades, a Rota das Bandeiras pode ser uma plataforma muito interessante. O Brasil claramente caminha para um ponto de inflexão no financiamento da infraestrutura e podemos ser parte desse movimento”, avalia.

Se forem cumpridas as condições precedentes e o negócio for fechado, a prioridade imediata do consórcio é fazer frente ao cronograma de investimentos contratado. “Pretendemos seguir à risca o programa de investimentos que, sabemos, é importante para Artesp [agência reguladora de transportes paulista] e para o governo de São Paulo.”

O Corredor Dom Pedro integra a segunda etapa do programa de concessões de rodovias paulistas. O contrato foi firmado em 2009 e é válido por 30 anos (até 2039). A rodovia corta 17 municípios, entre os quais Jundiaí, Louveira, Mogi Guaçu, Nazaré Paulista, Paulínia e Valinhos.

A Arteris, empresa de concessões rodoviárias fruto da associação entre a espanhola Abertis e o fundo canadense Brookfield, e a CCR (Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido) também olharam o ativo.

Acordo foi assinado na noite de ontem e envolve pacote de R$ 1,650 bi; Odebrecht ficará com fatia minoritária.

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