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Construtoras devem sofrer com queda na demanda e alta inadimplência

Paralisia da economia deve levar à redução da compra de imóveis, aumento dos estoques e consequente suspensão de lançamentos e obras na planta

O Estado de S.Paulo

23/04/2020 11h00 | Atualizada em 23/04/2020 12h01


A pandemia do Coronavírus deve prejudicar os resultados das construtoras nos próximos trimestres.

O setor tinha boa perspectiva para esse ano com a retomada do crédito imobiliário e a queda de juros.

Porém, a paralisia da economia deve levar à redução da compra de imóveis, aumento dos estoques e consequente suspensão de lançamentos e obras na planta.

A inadimplência do consumidor é outro temor, com a perspectiva de aumento do desemprego e a impossibilidade de pagamento das prestações.

"O setor deverá ser altamente impactado no curto e médio prazos, em função da redução do poder de compra aliado à diminuição da confiança do consumidor. Há ainda expectativas de demissões em massa, reduzindo o acesso a crédito mais baratos e o uso do FGTS para outras finalidades que não a compra de imóveis", diz Julia Monteiro, analista da MyCAP.

Segundo ela, as companhias devem resguardar o caixa para pagamento das obrigações de curto prazo e capital de giro, reduzindo investimentos e esperando planos de resgate ao se

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A pandemia do Coronavírus deve prejudicar os resultados das construtoras nos próximos trimestres.

O setor tinha boa perspectiva para esse ano com a retomada do crédito imobiliário e a queda de juros.

Porém, a paralisia da economia deve levar à redução da compra de imóveis, aumento dos estoques e consequente suspensão de lançamentos e obras na planta.

A inadimplência do consumidor é outro temor, com a perspectiva de aumento do desemprego e a impossibilidade de pagamento das prestações.

"O setor deverá ser altamente impactado no curto e médio prazos, em função da redução do poder de compra aliado à diminuição da confiança do consumidor. Há ainda expectativas de demissões em massa, reduzindo o acesso a crédito mais baratos e o uso do FGTS para outras finalidades que não a compra de imóveis", diz Julia Monteiro, analista da MyCAP.

Segundo ela, as companhias devem resguardar o caixa para pagamento das obrigações de curto prazo e capital de giro, reduzindo investimentos e esperando planos de resgate ao setor.

Renato Chanes, estrategista de pessoa física da Santander Corretora, diz que entre as discussões em andamento, destacam-se as que permitam dedução de juros dos financiamentos do imposto de renda (para promover a demanda e reduzir a inadimplência/distratos); e a criação de um produto bancário (Poupança Mais), para dar flexibilidade e aumentar a atratividade das contas de poupança, a principal fonte de financiamento do setor.

"Como a construção civil foi responsável por 11% dos empregos criados no Brasil em 2019, o governo deve ser mais suscetível a ajudar o setor durante e após a pandemia", diz Chanes.

Alvaro Bandeira, sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais, diz que há expectativa de redução do Valor Geral de Vendas (VGV), dos lançamentos e da capacidade de pagamento dos proprietários.

"Porém, será preciso avaliar cada empresa, pois a resposta será diferente, dependendo da situação econômica e financeira de cada uma delas", diz. "O fato, porém, é que a recuperação foi abortada em 2020."

Segundo o analista da Guide Investimentos, Luis Sales, uma possível retomada deve começar a acontecer entre o fim do ano e começo de 2021. "Mesmo em um cenário de juros baixos, a busca por ativos mais líquidos e a recuperação ainda lenta no segundo semestre serão os principais pontos para o fraco desempenho", diz Sales.

Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, afirma ser possível ver reflexos negativos nos preços de imóveis, para venda e aluguel. Para ele, é provável que a crise faça o poder de barganha ficar por mais algum tempo com o comprador.

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