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Cidade Matarazzo e Rosewood São Paulo

Surge um novo ícone arquitetônico inspirado na sustentabilidade e diversidade cultural paulistana

Redação Grandes Construções

23/08/2018 09h54 | Atualizada em 23/08/2018 18h35


O Hospital Umberto I (lê-se Humberto Primo), mais conhecido como Hospital Matarazzo, foi construído pela Società Italiana di Beneficenza, em 1904, para atender ao imigrantes italianos e seus descendentes que aqui chegavam. Um de seus principais mecenas foi justamente o Conde Matarazzo que acabaria por vincular seu nome ao do hospital. Na época em que foi construído, em terreno de 27.419 mil metros quadrados[1] no bairro Bela Vista, a avenida Paulista ainda era uma rota distante ocupada por grandes chácaras, que separava a região dos bairros residenciais dos Jardins ao centro histórico da cidade.  Formado por edifícios no estilo neoclássico, o conjunto foi tombado em 1986, como bem cultural de interesse histórico-arquitetônico pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT). A propriedade faliu, encerrou suas atividades em 1993 e acabou fechada durante 20 anos. Até que em 2011 o imóvel foi adquirido pelo grupo francês Allard que enxergou justamente nesse componente histórico um verdadeiro tesouro arquitetônico.

Surgia assim o projeto de constr

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O Hospital Umberto I (lê-se Humberto Primo), mais conhecido como Hospital Matarazzo, foi construído pela Società Italiana di Beneficenza, em 1904, para atender ao imigrantes italianos e seus descendentes que aqui chegavam. Um de seus principais mecenas foi justamente o Conde Matarazzo que acabaria por vincular seu nome ao do hospital. Na época em que foi construído, em terreno de 27.419 mil metros quadrados[1] no bairro Bela Vista, a avenida Paulista ainda era uma rota distante ocupada por grandes chácaras, que separava a região dos bairros residenciais dos Jardins ao centro histórico da cidade.  Formado por edifícios no estilo neoclássico, o conjunto foi tombado em 1986, como bem cultural de interesse histórico-arquitetônico pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT). A propriedade faliu, encerrou suas atividades em 1993 e acabou fechada durante 20 anos. Até que em 2011 o imóvel foi adquirido pelo grupo francês Allard que enxergou justamente nesse componente histórico um verdadeiro tesouro arquitetônico.

Surgia assim o projeto de construção da Cidade Matarazzo, vizinha à Av. Paulista, hoje principal roteiro cultural cultural da cidade.  O empreendimento não pretende ser apenas um case de restauro arquitetônico mas apresentar  um novo conceito de arquitetura combinado ao de negócios, tendo como base a própria história do local.  O Cidade Matarazzo traz ao Brasil o prestigiado Hotel Rosewood, incorporando a antiga maternidade a uma belíssima torre nova, projetada pelo arquiteto francês Jean Nouvel (ganhador do prêmio Pritzker em 2008), com design de interiores de Philippe Starck. As alamedas terão paisagismo do francês Louis Benech.

Hospital Matarazzo

O Rosewood São Paulo será o primeiro hotel seis estrelas do Brasil, integrante de uma das mais exclusivas e sofisticadas redes de hotelaria do mundo, a Rosewood Hotels & Resorts, que tem em seu portfólio hotéis como o The Carlyle, em Nova York, o Hotel de Crillon, em Paris, e o Las Ventanas, em Los Cabos. Através de seu lema, "A Sense of Place", a Torre Rosewood São Paulo tem como conceito a valorização cultural brasileira através de detalhes arquitetônicos e proposta de atendimento, seja por meio do mobiliário, design, assim como de materiais como mármores e madeiras além, é claro, do paisagismo. De acordo com Jacques Brault, do grupo Allard,  o complexo hoteleiro resgata a história de uma época e cria novo conceito arquitetônico único baseado na sustentabilidade e diversidade típicas do Brasil e, sobretudo, presente na história de construção da cidade de São Paulo.

Sustentabilidade e diversidade cultural como sinônimos de brasilidade (Por Jacques Brault, do grupo Allard)

“Esse projeto não é apenas um produto de varejo, um novo modelo de atendimento. Esse projeto tem uma missão que é criar um ponto de referência, criar um ponto de encontro, de orgulho para todos os paulistanos. Quando eu estou falando de todos os paulistanos eu estou falando de todas as gerações de paulistanos. Um ponto chave desse projeto é que queremos que haja um ponto de encontro da história da cidade com uma nova geração de arquitetura. Essas duas gerações de arquitetura tem de se conversar. Nossa filosofia é dar uma nova energia a esse patrimônio histórico que existiu ao longo do tempo.

Só para lembrar, o primeiro prédio foi construído em 1904, já há mais de um século sob uma linha espontânea da arquitetura italiana,no estilo neoclássico e que hoje, apesar do peso do tempo, da história do lugar, resistiu. E a construção da torre ao fundo é a expressão de uma nova geração de arquitetura muito mais antenada à questão do meio ambiente. A filosofia de Joubert, que é o Oscar Niemayer francês, e foi inclusive amigo de Oscar Niemayer, ao olhar para esse terreno foi pensar como seria possível criar uma torre  que conversasse com o antigo edifício, que é um patrimônio histórico.  Sua ideia foi criar uma torre como uma metáfora da verticalização do parque, lembrando que esse parque será o maior parque elevado da cidade, com mais de 30 mil m2 de área verde. Vamos construir uma torre exclusiva no mundo. A pessoa que estiver chegando pela Av. Paulista vai ter a impressão de que o parque está se erguendo a sua frente. Aideia inicial era construir essa torre em madeira, mas se pode imaginar o quanto isso era impossível.

Jean Nouvel

No entanto, a torre terá um conceito que remete a uma floresta. Sobre cada terraço vamos plantar árvores de até 15 metros de altura. Para isso vamos usar meios excepcionais. Daqui a um ano, teremos helicópteros trazendo essas árvores para plantar nas varandas. O segundo ponto chave para nós é o que chamamos de reciclagem urbana. Não se trata de uma reforma, um restauro, mas dar uma nova energia ao lugar. Vamos ter quatro atividades principais nesse complexo. A primeira é a hospitalidade onde funcionava a antiga maternidade. Além do hotel, haverá restaurantes, academias, área comercial, área cultura, com teatro, espaço para eventos, cinema e cultura, áreas para varejo, e a preservação da capela. Nossa ideia não é competir com shopping mas oferecer um novo relacionamento com o consumidor que inclui o uso da tecnologia. Vai ser uma revolução entre o consumidor, marcas e o cliente, o que chamamos de a geração digital.

O terceiro ponto desse projeto será o grande impacto verde e cultural a essa região. Vamos ter 60 pequenas lojas para promover os artesãos brasileiros com enfoque em moda, decoração, bem estar, gastronomia. Nosso objetivo é cobrar um aluguel simbólico e garantir a jovens talentos brasileiros usar esse espaço como vitrine para eu trabalho. Isso é muito importante para nós. Pois acreditamos que uma das forças positivas dessa cidade chama-se Diversidade.

Essa cidade, para nós estrangeiros, é um exemplo mundial do sucesso da diversidade, da integração, de todas as comunidades.  Hoje São Paulo é a segunda cidade italiana. Nossa ideia é criar uma grande passarela pública para promover essa diversidade. Essa passarela vai ter espaço para os produtos desses artistas e artesãos brasileiros, através de aplicativos de celular. Nossa ideia é oferecer a pessoas uma segunda chance por meio de hortas urbanas para a cultura de produtos orgânicos ensinando a produzir e a comercializar esses produtos. É uma parte da responsabilidade social de oferecer uma nova oportunidade para quem precisa.

Nossa ideia é participar de certa forma da transformação da cidade considerando que esta era uma área abandonada. A  reciclagem desse trecho histórico vai se pulverizar para toda essa região. E, tendo em vista que a Av. Paulista é a fronteira entre a parte tradicional da cidade e os bairros, está situada na fronteira cultural entre os bairros da Bela Vista e da Vila Madalena, nossa ideia é atrair todas as gerações de paulistanos para descobrir essa nova cidade. Queremos ser um ponto de orgulho para todos os paulistanos.

Jacques Brault, do grupo Allard

É o primeiro hotel da rede Rosewood na América do Sul e traz para o Brasil um padrão de sofisticação similar ao encontrado nos hotéis da rede nos Estados Unidos e da Europa. No entanto, todos os materiais serão feitos por empresas brasileiras, com técnicas de fabricação e de qualidade que até então não se encontrava por aqui tinham. treinar empresas e técnicos no país para atingir o padrão de materiais e produtos com a sofisticação que hoje se encontra nos Estados Unidos e Europa. Queremos mostrar que há por aqui materiais e produtos tão bons quanto os utilizados lá fora. Teremos, por exemplo, mármores excepcionais, produzidos de maneira exclusiva, mas om o que se pode chamar de made in brazil”. (Por Jacques Brault, do grupo Allard).

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