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Brasil tem potencial de alavancar novos negócios com hidrogênio verde

Os resultados da pesquisa H2 Sectormapping Brasil mostraram que das empresas e instituições entrevistadas 55% estão cientes e estão pensando em trabalhar com o hidrogênio

Assessoria de Imprensa

19/11/2020 11h00 | Atualizada em 19/11/2020 17h02


O Brasil tem o potencial de ser um dos principais fornecedores de hidrogênio verde no mundo, devido a sua matriz energética renovável.

Essas fontes de energia limpa são a matéria-prima básica para a produção de hidrogênio verde. Isso significa que o país tem condições de implantar uma economia do hidrogênio, por meio de uma estratégia nacional, como está sendo feito em países europeus e asiáticos e nos Estados Unidos.

Essa é uma das considerações trazidas pelos palestrantes do Núcleo Transformação Energética – Hidrogênio da BW Expo, Summit e Digital 2020. As inscrições para participar do evento são gratuitas e podem ser realizadas diretamente neste link.

“A demanda por produtos sustentáveis, a maior conscientização do mercado consumidor e mudanças climáticas estão cada vez mais evidentes. Assim, 66 países do mundo decidiram que irão se tornar carbono neutro até 2050. Desse total, 18 já estabeleceram planos nacionais de descarbonização, no qual, em sua maioria, o hi

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O Brasil tem o potencial de ser um dos principais fornecedores de hidrogênio verde no mundo, devido a sua matriz energética renovável.

Essas fontes de energia limpa são a matéria-prima básica para a produção de hidrogênio verde. Isso significa que o país tem condições de implantar uma economia do hidrogênio, por meio de uma estratégia nacional, como está sendo feito em países europeus e asiáticos e nos Estados Unidos.

Essa é uma das considerações trazidas pelos palestrantes do Núcleo Transformação Energética – Hidrogênio da BW Expo, Summit e Digital 2020. As inscrições para participar do evento são gratuitas e podem ser realizadas diretamente neste link.

“A demanda por produtos sustentáveis, a maior conscientização do mercado consumidor e mudanças climáticas estão cada vez mais evidentes. Assim, 66 países do mundo decidiram que irão se tornar carbono neutro até 2050. Desse total, 18 já estabeleceram planos nacionais de descarbonização, no qual, em sua maioria, o hidrogênio verde aparece como alavanca dessa transformação”, destacou Paulo Alvarenga, CEO da ThyssenKrupp.

“E o Brasil está inserido no núcleo dessa temática, porque seu custo de produção de energia limpa é um dos mais baixos do planeta. Com isso, a possibilidade de fazer hidrogênio verde de maneira sustentável e economicamente viável se ressalta”.

Nesse cenário, Ansgar Pinkowski, Gerente de Inovação e Sustentabilidade da Câmara de Comércio e Indústria Brasil Alemanha-RJ, apresentou a pesquisa H2 Sectormapping Brasil, uma realização da Aliança Brasil Alemanha de Hidrogênio Verde, a pedido do Ministério de Minas e Energia e do governo da Alemanha.

Os resultados mostraram que das empresas e instituições entrevistadas 55% estão cientes e estão pensando em trabalhar com o hidrogênio, e que quase 80% acredita que o hidrogênio será competitivo comercialmente entre cinco e dez anos. Eles elencaram como a principal barreira atual a viabilidade econômica, sendo necessária a implementação de incentivos fiscais e financiamentos especiais para o desenvolvimento da economia do hidrogênio no país.

Pinkowski ressaltou que o Brasil pode trabalhar no desenvolvimento de uma economia sustentável e ser um exportador de uma comodity sustentável.

“Com isso, haverá uma descentralização da economia, já que a geração desse hidrogênio verde poderá estar localizada em diversos estados, favorecendo regiões mais carentes, fomentando empregos e alavancando a economia local”. Outro ponto também é a possibilidade de explorar a produção nacional de amônia, equalizando a balança comercial brasileira ao diminuir suas importações.

Além disso, a pesquisa mostrou que é preciso haver o engajamento e comprometimento do governo para a elaboração de uma estratégia de hidrogênio verde brasileira. Essa política pública, segundo Pinkowski, será importante para mandar sinais para o mundo sobre o interesse do país nesse mercado. Hoje, muitas nações estão se posicionando, nesse sentido, a fim de atrair a atenção de investimento nessa área, como o Chile, Marrocos e a Arábia Saudita.

Paulo Emílio de Miranda, presidente da Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2), comentou que o Brasil já está se movimentando nessa proposta para implantação de uma economia de hidrogênio no país.

A associação juntamente com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) tem promovido, ao longo desse ano, reuniões com diversos agentes e instituições públicos e privados, a fim de construir esse plano.

Segundo Miranda, iniciativas para o uso do hidrogênio verde têm sido feitas por institutos de pesquisa e universidades em todo país, incluindo também empresas da área de energia, como Furnas, CESP e Itaipu. Os projetos incluem a produção de hidrogênio a partir de biogás, tratamento biológico de rejeitos com possibilidade de produção de hidrogênio, armazenamento do hidrogênio, fabricação de veículos de passageiro híbrido, embarcação de propulsão híbrida, entre outros.

Waste-to-Energy

O curador do Núcleo Waste-to-Energy, Yuri Schmitke, presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), ministrou a palestra Saneamento Energético no Brasil: panorama mundial e brasileiro do WTE, no qual reforçou que o Brasil precisa subir a hierarquia da gestão de resíduos sólidos, buscando a reciclagem, a digestão anaeróbia, a compostagem e o tratamento térmico.

“Os rejeitos deveriam ir para o aterro sanitário, somente após esgotadas todas as possiblidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis”.

Ele mostrou o potencial que o Brasil teria em tratar o resíduo e, ao mesmo tempo, produzir energia. “Hoje, 48% da população reside em uma das 28 regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes. Isso representa um potencial de tratar 97 mil toneladas por dia de resíduo sólido urbano via usinas waste-to-energy (WTE).

Já nos 35 municípios com mais de 600 mil habitantes, o potencial é de 60,5 mil toneladas/dia”. Esse tratamento resultaria em uma geração de energia de 18,9 TWh por ano nas 28 regiões metropolitanas e 11,75 TWh por ano nos 35 municípios. “Com isso, seria possível chegar a 5% da demanda nacional da energia”. Contudo, o país ainda não possui nenhuma planta de grande porte de WTE.

Já o engenheiro Oscar Kimura (Suíça/Brasil), diretor de Vendas América Latina da Swan Analytische Instrumente AG, Suíça, discorreu sobre A importância da instrumentação online em UREs.

Na Suíça, existem 30 unidades de recuperação energética, situadas dentro das cidades, sem influenciar os arredores. Ele comentou sobre o ciclo água vapor em UREs, ressaltando as características das plantas e a importância da química da água. “O objetivo da química da água adaptada ao processo é prevenir e/ou reduzir falhas do ciclo água vapor ou de seus componentes”.

Outro ponto tratado por ele foi o papel dos instrumentos o-nline, que possibilitam a supervisão e controle da química geral das plantas; controle automático de dosagem de produtos químicos de tratamento; controle de limpeza do ciclo; detecção de vazamentos de água de resfriamento e de possíveis vazamentos de ar, entre outros.

Crise hídrica

O tema da água foi tratado no Workshop Crise Hídrica – Mito ou Realidade?, promovido pela curadora do Núcleo Conservação de Recursos Hídricos, Ana Luiza Fávaro, bióloga e sócia-fundadora da Acqua Expert Engenharia Ambiental.

Durante o seminário, João Rosa, sócio-fundador da Acqua Expert, Marcelo Bueno, gerente regional – membrane technology da Toray do Brasil, e Eduardo Pacheco, diretor do portal Tratamento de Água, trouxe dados sobre o atual uso do recurso hídrico.

O consumo total de água é de 1.101 m³/s, sendo que a maior parte vai para a irrigação (66,1%), seguido pelo uso animal (11,6%), indústria (9,5%) e abastecimento humano (11,6%).

“O aumento do consumo da água não é proporcional ao crescimento populacional, porque as mudanças de hábito, consumo e comportamento interferem nessa equação, podendo levar a uma elevação per capita muito maior”.

Rosa enfatizou que se os hábitos atuais de comportamento e de alimentação se mantiverem como está, não será possível manter o fornecimento de água potável para todas as pessoas. Além disso, a questão do consumo de energia também pesa nessa balança, porque a produção demanda uma quantidade expressiva de água, em especial, nos modelos termelétrico, hidrelétrico e nuclear.

No Workshop, Eduardo Pacheco, diretor do portal Tratamento de Água, tratou da qualidade da água potável no país, asseverando que estão surgindo moléculas complexas nos mananciais urbanos, dificultando seu tratamento por uma Estação de Tratamento de Água (ETA) convencional.

“Se os mananciais estão ruins temos que buscar água mais longe. Isso significa que ela não pode custar o mesmo valor de um manancial próximo, porque houve, por exemplo, muito trabalho e esforço para a construção de adutoras para o transporte desse recurso”.

Ele reforçou que uma crise está sendo desenhada porque existe uma concentração de pessoas em regiões, onde há menos água. “A região Norte tem muita água e pouca gente, enquanto a região Sudeste tem muita gente, mas pouca água. Além disso, vemos muitas pessoas ocupando área de mananciais, que podem resultar em poluição desses importantes locais”.

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