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Associações contra a MP do Saneamento

Valor Online

02/08/2018 09h33 | Atualizada em 02/08/2018 13h13


Diversas associações e sindicatos realizaram ontem uma mobilização nacional contra a Medida Provisória nº 844, que altera o marco regulatório do setor de saneamento. No evento organizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, os representantes alegaram que o texto pode desestruturar o setor.

Os principais pontos criticados foram o fortalecimento da Agência Nacional de Águas (ANA), a obrigatoriedade de chamamento público na renovação de contratos de municípios com as companhias estaduais, com o artigo 10-A, e a continuidade de contratos em caso de privatização das empresas estaduais. Segundo a organização, houve mobilização contra a MP em 17 Estados.

Para Hélio Castro, diretor da Associação Nacional das Agências Reguladoras (Abar), o setor foi "usado" pelo governo, e acabou reduzindo as inconsistências da MP durante as discussões realizadas. "Hoje é mais difícil pegar as inconsistências jurídicas", afirmou Castro, destacando ainda a pouca capacidade da ANA em centralizar a regulação do setor.

No caso dos municípios, a visão é de que é necessário lutar pela reprovação no Congresso. "Se não barrar no Congresso, vamos à Justiça, ao STF [S

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Diversas associações e sindicatos realizaram ontem uma mobilização nacional contra a Medida Provisória nº 844, que altera o marco regulatório do setor de saneamento. No evento organizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, os representantes alegaram que o texto pode desestruturar o setor.

Os principais pontos criticados foram o fortalecimento da Agência Nacional de Águas (ANA), a obrigatoriedade de chamamento público na renovação de contratos de municípios com as companhias estaduais, com o artigo 10-A, e a continuidade de contratos em caso de privatização das empresas estaduais. Segundo a organização, houve mobilização contra a MP em 17 Estados.

Para Hélio Castro, diretor da Associação Nacional das Agências Reguladoras (Abar), o setor foi "usado" pelo governo, e acabou reduzindo as inconsistências da MP durante as discussões realizadas. "Hoje é mais difícil pegar as inconsistências jurídicas", afirmou Castro, destacando ainda a pouca capacidade da ANA em centralizar a regulação do setor.

No caso dos municípios, a visão é de que é necessário lutar pela reprovação no Congresso. "Se não barrar no Congresso, vamos à Justiça, ao STF [Supremo Tribunal Federal]", criticou Aparecido Hojaij, presidente da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae).

Os deputados presentes ao evento também afirmaram não acreditar que a MP seja aprovada no formato como está. As principais alternativas são as contestações no mérito e no procedimento do texto.

"A MP é um equívoco do primeiro ao último artigo. Ela não vai ser aprovada dessa forma na Câmara", afirmou o deputado federal João Paulo Papa (PSDB-SP) membro da comissão mista que analisa o texto no Congresso. Já são 525 emendas sugeridas ao texto original.

Apesar dos esforços indicados pelos congressistas, os representantes das associações ainda veem chance de o texto de ser aprovado. A avaliação é de que o governo deve comandar a relatoria da MP e indicar a aprovação do texto.

"Os deputados e senadores têm que ter conhecimento da MP e hoje eles não têm", afirmou Roberval Tavares, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes).

Além da conversa com o Congresso, estão em processo de estudo Ações Direta de Inconstitucionalidade (ADIs) e mandados de segurança organizados pelas entidades que devem ser entregues à justiça nas próximas semanas.

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