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Revista GC - Ed.75 - Nov/Dez 2016
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Artigo

Visão conservadora compromete produtividade da construção civil

Casa Econômica da BASF, uma casa-conceito que permite aplicar na prática, no uso residencial, uma série de inovações criadas pela empresa
Por Camila Lourencini

Ampliar a capacidade de produção na construção civil sem causar prejuízo na qualidade, sem aumentar os custos e o consumo de recursos e ainda garantindo longa vida útil das edificações. Este é um dos grandes desafios atuais do setor e até mesmo um fator determinante para o crescimento sustentável dessa indústria no País.

Atualmente, o Brasil é o 56º no Ranking de Produtividade Global em construção. Nossa produtividade na construção representa 20,3% da produtividade americana segundo estudo do WIOD Conference Board divulgado pela FGV. E ainda sofremos um segundo gap: a construção brasileira tem produtividade 68,30% inferior à produtividade da economia do Brasil, de acordo com o mesmo estudo.

Esse cenário tem relação direta com a mentalidade, aceitação e adoção mais lenta de sistemas construtivos inovadores, além da complexidade das normas e a regulamentação morosa para a aprovação de novas tecnologias. A escassez de mão de obra é outro importante fator: além de pouco qualificada, as subcontratações são preponderantes, deixando nas mãos de terceiros a responsabilidade pela gestão do processo produtivo no canteiro de obra. Segundo o estudo Produtividade FGV para CBIC e HSM Management, aumentar a produtividade de forma sustentável exige planejamento, investimentos e esforços prévios direcionados.

Os sistemas construtivos em uso no país são antigos, datam, em sua maioria, das décadas de 60 e 70, mantendo a construção civil entre os setores que mais consomem recursos, geram resíduos e não têm ganhos na produtividade. E já existem inúmeras alternativas disponíveis no mercado. É preciso vencer a resistência, mudar a forma como construímos, melhorar as tecnologias e assim obter mais eficiência. Esse deve ser um caminho para o crescimento do setor. Um estudo da EY em conjunto com a Poli-USP mostra que as construtoras devem incorporar em sua estratégica o foco em produtividade, após o aumento nos custos de cerca de 60% ao ano e a queda nas margens de lucro.

Um exemplo de tecnologia já disponível são os painéis sanduíche de poliuretano, solução para construir com mais rapidez, eficiência, redução de mão de obra, menos resíduos e mais durabilidade. O material, já utilizado em grande escala em empreendi


Ampliar a capacidade de produção na construção civil sem causar prejuízo na qualidade, sem aumentar os custos e o consumo de recursos e ainda garantindo longa vida útil das edificações. Este é um dos grandes desafios atuais do setor e até mesmo um fator determinante para o crescimento sustentável dessa indústria no País.

Atualmente, o Brasil é o 56º no Ranking de Produtividade Global em construção. Nossa produtividade na construção representa 20,3% da produtividade americana segundo estudo do WIOD Conference Board divulgado pela FGV. E ainda sofremos um segundo gap: a construção brasileira tem produtividade 68,30% inferior à produtividade da economia do Brasil, de acordo com o mesmo estudo.

Esse cenário tem relação direta com a mentalidade, aceitação e adoção mais lenta de sistemas construtivos inovadores, além da complexidade das normas e a regulamentação morosa para a aprovação de novas tecnologias. A escassez de mão de obra é outro importante fator: além de pouco qualificada, as subcontratações são preponderantes, deixando nas mãos de terceiros a responsabilidade pela gestão do processo produtivo no canteiro de obra. Segundo o estudo Produtividade FGV para CBIC e HSM Management, aumentar a produtividade de forma sustentável exige planejamento, investimentos e esforços prévios direcionados.

Os sistemas construtivos em uso no país são antigos, datam, em sua maioria, das décadas de 60 e 70, mantendo a construção civil entre os setores que mais consomem recursos, geram resíduos e não têm ganhos na produtividade. E já existem inúmeras alternativas disponíveis no mercado. É preciso vencer a resistência, mudar a forma como construímos, melhorar as tecnologias e assim obter mais eficiência. Esse deve ser um caminho para o crescimento do setor. Um estudo da EY em conjunto com a Poli-USP mostra que as construtoras devem incorporar em sua estratégica o foco em produtividade, após o aumento nos custos de cerca de 60% ao ano e a queda nas margens de lucro.

Um exemplo de tecnologia já disponível são os painéis sanduíche de poliuretano, solução para construir com mais rapidez, eficiência, redução de mão de obra, menos resíduos e mais durabilidade. O material, já utilizado em grande escala em empreendimentos como shoppings, galpões industriais e também canteiros de obra, foi eleito para a construção da Casa Econômica, projeto da BASF, permitindo que a inovação também seja levada ao uso residencial. Além de priorizar o conforto dos moradores, é um avanço tecnológico rumo à industrialização da construção.

A etapa de estrutura, cobertura e fechamento foi montada em três dias, dez vezes mais rápido que uma construção tradicional. E por ser um método industrializado, pode ser finalizada em até a metade do tempo, quando comparada aos processos convencionais, tendo a possibilidade de ser ainda mais ágil quando aplicada na construção em série. O processo também garante redução de cerca de 40% na necessidade de mão de obra e com taxa de desperdício de material de apenas 0,5%, o que representa oito vezes menos perdas do que o sistema tradicional.

Ampliar o uso de processos produtivos industrializados, elevar a padronização de produtos e sistemas e promover maiores investimentos na qualificação da mão de obra, são algumas das mudanças indicadas pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SindusCon-SP) como fundamentais para o ganho de produtividade. Segundo avaliação da entidade, a produtividade decorre da melhoria na gestão das empresas, através da inovação, do uso intensivo de tecnologia e do investimento no capital humano. Além disso, é importante melhorar a capacidade de coordenação setorial para vencer restrições e gargalos atuais. Por fim, outro fator importante e bastante complexo indicado pelo SindusCon-SP – é melhorar a competitividade nacional, com o crescimento da produtividade macroeconômica brasileira que, em grande medida, consome muitos dos avanços obtidos tanto setorialmente quanto pelas empresas.

* Camila Lourencini, gerente da Estratégia para Indústria da Construção da Basf

 

 

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