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Revista GC - Ed.3 - Abril 2010
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Obras de arte

Teresina ganha ponte estaiada

Com 363 m de extensão e 28 m de largura, seis pistas de rolamento, duas ciclovias e mirante em estrutura metálica de 95 m de altura, foi inaugurada, no dia 30 de março, a Ponte Estaiada Mestre João Isidoro França, sobre o rio Poti, em Teresina, no Piauí. Concebida para facilitar os deslocamentos entre as regiões central e leste da capital piauiense, a ponte com projeto arquitetônico moderno deverá receber, diariamente, cerva de 45 mil veículos. A obra de arte tem ainda a missão de tornar-se o mais novo cartão-postal e atração turística da cidade, já que no alto da torre única que sustenta os estais há um mirante, com capacidade para 100 pessoas, de onde é possível ter uma vista panorâmica de toda a Teresina. O acesso ao alto da torre é realizado por meio de dois elevadores.

O empreendimento custou R$ 87,7 milhões. Desse total, R$ 26,42 milhões foram bancados pelo Ministério do Turismo (MTur), e o restante, dividido entre a prefeitura e o governo do estado. De acordo com Augusto Basílio, secretário executivo de Planejamento do município, o valor total cobriu não apenas os custos com a construção da ponte, mas também com as obras de acesso, iluminação, sinalização e desapropriação das áreas próximas à ponte. Somente com indenizações de famílias que precisaram deixar seus imóveis ou que perderam parte deles, foram aplicados aproximadamente R$ 6 milhões.

O nome da ponte é uma homenagem ao mestre de obras português que ajudou a planejar o traçado urbano de Teresina. A obra também ficou conhecida como ponte do sesquicentenário, em referência aos 150 anos da cidade, comemorados em agosto de 2002, ano em que o projeto foi apresentado.

A ordem de serviço para construção da ponte foi assinada em 22 de janeiro de 2002, mas logo em seguida as obras foram paralisadas, assim permanecendo por quatro anos. A primeira paralisação ocorreu por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), que fez uma auditoria para avaliar uma suspeita de superfaturamento no orçamento. Suspeitas descartadas, outra paralisação ocorreu por mais dois anos, por contingenciamento de recursos. As obras foram retomadas somente em 2008, dessa vez sem paralisações muito longas, até a conclusão das obras, em março deste ano.

Soluçõ


Com 363 m de extensão e 28 m de largura, seis pistas de rolamento, duas ciclovias e mirante em estrutura metálica de 95 m de altura, foi inaugurada, no dia 30 de março, a Ponte Estaiada Mestre João Isidoro França, sobre o rio Poti, em Teresina, no Piauí. Concebida para facilitar os deslocamentos entre as regiões central e leste da capital piauiense, a ponte com projeto arquitetônico moderno deverá receber, diariamente, cerva de 45 mil veículos. A obra de arte tem ainda a missão de tornar-se o mais novo cartão-postal e atração turística da cidade, já que no alto da torre única que sustenta os estais há um mirante, com capacidade para 100 pessoas, de onde é possível ter uma vista panorâmica de toda a Teresina. O acesso ao alto da torre é realizado por meio de dois elevadores.

O empreendimento custou R$ 87,7 milhões. Desse total, R$ 26,42 milhões foram bancados pelo Ministério do Turismo (MTur), e o restante, dividido entre a prefeitura e o governo do estado. De acordo com Augusto Basílio, secretário executivo de Planejamento do município, o valor total cobriu não apenas os custos com a construção da ponte, mas também com as obras de acesso, iluminação, sinalização e desapropriação das áreas próximas à ponte. Somente com indenizações de famílias que precisaram deixar seus imóveis ou que perderam parte deles, foram aplicados aproximadamente R$ 6 milhões.

O nome da ponte é uma homenagem ao mestre de obras português que ajudou a planejar o traçado urbano de Teresina. A obra também ficou conhecida como ponte do sesquicentenário, em referência aos 150 anos da cidade, comemorados em agosto de 2002, ano em que o projeto foi apresentado.

A ordem de serviço para construção da ponte foi assinada em 22 de janeiro de 2002, mas logo em seguida as obras foram paralisadas, assim permanecendo por quatro anos. A primeira paralisação ocorreu por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), que fez uma auditoria para avaliar uma suspeita de superfaturamento no orçamento. Suspeitas descartadas, outra paralisação ocorreu por mais dois anos, por contingenciamento de recursos. As obras foram retomadas somente em 2008, dessa vez sem paralisações muito longas, até a conclusão das obras, em março deste ano.

Soluções construtivas
Projetada pela Enescil e construída pela OAS, a ponte é formada por um trecho estaiado de 270,5 m, constituído por três vãos. O trecho convencional da obra, também composto por três vãos, mede 108,5 m. A plataforma, de 28,5 m de largura, abriga, em cada sentido, três faixas de 3,1 m para tráfego de veículos e uma faixa de passeio de 2,15 m para pedestres e ciclistas. Abriga, também, o canteiro central de onde foram puxados os estais.

O trecho convencional, formado por um vão de 46,5 m e outros dois de 31 m, tem o mesmo corte transversal do trecho estaiado. Na seção estaiada, os três vãos têm comprimentos de 160 m (vão principal), 54 m e 49,5 m (seções de retaguarda). Há, ainda, um trecho de balanço, com 7 m. Todo o tabuleiro da obra foi construído com caixões, treliças e entrelajes. Os caixões são unicelulares, de concreto armado e protendido, e foram moldados in loco. Têm 3,55 m de largura e 9,7 m de altura.

As treliças, de concreto armado, são pré-moldadas. Já a opção pelo concreto, em vez de uma estrutura metálica, foi feita, principalmente, por conta do custo. Os vãos da obra não são considerados suficientemente grandes para compensar o uso de uma estrutura de metal – mais leve, porém mais cara.

A conexão dos caixões foi feita por cimbramento, tanto no trecho convencional quanto no trecho estaiado de retaguarda. Já o trecho estaiado do vão principal foi executado por meio de avanços sucessivos, com uma treliça metálica.

Os caixões do trecho convencional são escorados em apoios metálicos pot bearing, os quais se apoiam em fundações de 100 cm de diâmetro, escavadas mecanicamente. Os caixões do vão de retaguarda foram feitos sobre cimbramento metálico tubular.

O tamanho do vão principal foi um dos pontos principais para a escolha de uma solução estaiada. Como o vão principal é maior do que o vão de retaguarda, esse trecho contou com caixões mais pesados para equalizar o peso da obra no mastro.

Visão panorâmica
O mastro retangular de 95 m de altura (80 m a partir do tabuleiro) é a construção mais alta de Teresina e vai comportar dois elevadores panorâmicos, além de uma escada de emergência interna com portas a cada 11 m. Um mirante, de estrutura metálica, está instalado no topo do mastro e foi desenhado pelo arquiteto Carlos Campelo. Com área de 191 m² e perímetro de 55 m, tem capacidade para circulação de cerca de 100 pessoas, que o acessarão por meio dos elevadores panorâmicos.

Há duas linhas de estais em cada lado do mastro, que está apoiado em um bloco (pilar 5) fundado em 88 estacas escavadas com auxílio de lama bentonítica. Esse sistema permitiu o escavamento sem que a terra desmoronasse para dentro. As estacas do pilar 5, de concreto armado, têm 100 cm de diâmetro e carga máxima de 470 tf.

A geometria dos 21 pares de estais puxados até o vão principal e dos 14 pares de estais puxados até o vão de retaguarda é de semi-harpa. Além de questões técnicas, essa configuração também foi escolhida para contribuir para a beleza da obra. No tabuleiro, os estais foram ancorados com espaçamento de 6,25 m no trecho principal e 6,5 m no trecho de retaguarda. Cada estal leva de 18 a 69 cordoalhas.

O espaçamento dos estais no vão principal tem exatamente a mesma medida das aduelas – segmento do caixão – desse trecho. Por isso, há um estal ancorando cada uma das aduelas.

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