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Revista GC - Ed.69 - Maio 2016
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Cidades Inteligentes

Tecnologia muda paradigmas de governança das cidades modernas

Algo está mudando na administração das cidades modernas, em todo o mundo. E esse algo se chama Internet das Coisas (ou IoT = Internet of Things), que vem assumindo, de maneira acelerada, papel importante no processo de automação, nas aplicações e prestação de serviços essenciais das metrópoles. A IoT está na coleta e processamento de  informações sobre qualidade do ar, tratamento de esgoto e lixo, monitoramento de estradas e da malha do sistema viário, gerenciamento de semáforos para controlar o fluxo do trânsito nas cidades e administração e planejamento do transporte público, entre muitas outras aplicações. Dispositivos e sensores ligados à rede mundial de computadores podem ajudar, ainda, no controle da distribuição e perda de água – cuja falta vem preocupando o mundo moderno, no fornecimento de energia, nas telecomunicações e segurança pública.

Há uma infinidade de exemplos de como a IoT vem se tornando indispensável na gestão das cidades inteligentes. O COR do Rio é apenas uma delas. Outro bom exemplo vem de Birmingham, segunda maior cidade do Reino Unido, onde a IBM está ajudando a analisar os padrões de estacionamento, a fim de melhor gerenciar o congestionamento na cidade.

Eles implantaram sensores sem fio de baixíssimo consumo de energia em ruas, avenidas e estradas, e ofereceram um aplicativo que ajuda os usuários a localizar estacionamentos disponíveis, em tempo real e com a classificação por preço. A cidade conta ainda com sistema para gerenciamento do tráfego, com sensores, câmeras de vídeo e atualizações por GPS.

Na Irlanda, o Conselho da Cidade de Dublin lançou um projeto de gestão de tráfego baseado no conceito de “big data”.  Trata-se de um conjunto de dados tão grande e tão complexo que as aplicações de processamento tradicionais são insuficientes. Os desafios de “big data” incluem a análise, captura, curadoria de dados, busca, compartilhamento, armazenamento, transferência, visualização, consulta e privacidade da informação. Os controladores de tráfego de Dublin utilizam os dados de vários sensores para sobrepor as posições em tempo real dos ônibus em um mapa digital da cidade. O objetivo é visualizar rapidamente possíveis problemas na rede de transporte público, antes que se es


Algo está mudando na administração das cidades modernas, em todo o mundo. E esse algo se chama Internet das Coisas (ou IoT = Internet of Things), que vem assumindo, de maneira acelerada, papel importante no processo de automação, nas aplicações e prestação de serviços essenciais das metrópoles. A IoT está na coleta e processamento de  informações sobre qualidade do ar, tratamento de esgoto e lixo, monitoramento de estradas e da malha do sistema viário, gerenciamento de semáforos para controlar o fluxo do trânsito nas cidades e administração e planejamento do transporte público, entre muitas outras aplicações. Dispositivos e sensores ligados à rede mundial de computadores podem ajudar, ainda, no controle da distribuição e perda de água – cuja falta vem preocupando o mundo moderno, no fornecimento de energia, nas telecomunicações e segurança pública.

Há uma infinidade de exemplos de como a IoT vem se tornando indispensável na gestão das cidades inteligentes. O COR do Rio é apenas uma delas. Outro bom exemplo vem de Birmingham, segunda maior cidade do Reino Unido, onde a IBM está ajudando a analisar os padrões de estacionamento, a fim de melhor gerenciar o congestionamento na cidade.

Eles implantaram sensores sem fio de baixíssimo consumo de energia em ruas, avenidas e estradas, e ofereceram um aplicativo que ajuda os usuários a localizar estacionamentos disponíveis, em tempo real e com a classificação por preço. A cidade conta ainda com sistema para gerenciamento do tráfego, com sensores, câmeras de vídeo e atualizações por GPS.

Na Irlanda, o Conselho da Cidade de Dublin lançou um projeto de gestão de tráfego baseado no conceito de “big data”.  Trata-se de um conjunto de dados tão grande e tão complexo que as aplicações de processamento tradicionais são insuficientes. Os desafios de “big data” incluem a análise, captura, curadoria de dados, busca, compartilhamento, armazenamento, transferência, visualização, consulta e privacidade da informação. Os controladores de tráfego de Dublin utilizam os dados de vários sensores para sobrepor as posições em tempo real dos ônibus em um mapa digital da cidade. O objetivo é visualizar rapidamente possíveis problemas na rede de transporte público, antes que se espalhem para outras rotas.

A cidade de Chicago, no estado de Illinois, Estados Unidos, está implantando – em projeto conjunto com a Qualcomm e a Cisco – 50 sensores nos postes de luz da cidade para medir de “tudo” desde umidade do ar até a sua qualidade do ar e o nível de ruído.

Recentemente, o governo da Índia manifestou seu interesse em definir uma política de IoT para suas cidades. A Índia é o primeiro país do mundo a definir a necessidade de estabelecer uma política de IoT.

As cidades de Doha, no Catar, e Pequim, capital da China, utilizam sensores em tubos, bombas e outras infraestruturas de água para monitorar as condições e controlar a perda de água, identificar e reparar vazamentos ou alteração da pressão, se necessário. Na média, estas cidades têm reduzido os vazamentos de 40% a 50%. Medidores inteligentes instalados nos consumidores finais permitem o monitoramento em tempo real da demanda e detecção de vazamentos por residentes e gestores de propriedades, reduzindo os custos.

Já Nova Delhi (Índia), Barrie (Ontario, Canadá), assim como a República de Malta, e as cidades americanas de Dubuque e Indianápolis, nos estados de Iowa e Indiana, respectivamente, têm alcançado uma redução de 5% a 10% no uso da água, através do uso de medidores inteligentes ligados a sensores monitorados via internet.

Grandes players entram em ação

O crescimento da demanda por ferramentas para a governança, nos grandes polos mundiais, despertou o paladar de grandes provedores mundiais de tecnologia. Uma delas, a Siemens, em seus estudos e análises para definir a estratégia de atuação global, percebeu o potencial do mercado para o setor de tecnologia, mirando somente as demandas de infraestrutura e serviços desses grandes núcleos urbanos: algo na casa dos € 300 bilhões. A empresa percebeu que o desafio não é somente dispor de tecnologias que sejam adequadas para as megacidades. Antes voltadas para usos industriais e empresariais, as tecnologias existentes precisam ser adaptadas para atender as necessidades dos núcleos urbanos, o que envolve não somente questões técnicas e financeiras, mas principalmente a percepção do seu custo social.

Se o objetivo de uma empresa ao instalar uma tecnologia é melhorar sua performance industrial, o objetivo de uma governança pública é melhorar a qualidade de vida, a segurança e o bem estar da população.

Daí a estratégia da Siemens de criar uma divisão especial de Infraestrutura e Cidades, que tem como objetivo integrar toda a cadeia de soluções tecnológicas produzidas dentro de suas diversas divisões, e que possa atender as demandas específicas, seja de governos ou das concessionárias de serviços públicos.

O setor de Infraestrutura e Cidades é composto por cinco divisões:

Rail Systems: Além de produzir composições para trens, metrô e veículos leves sobre trilhos, a Divisão Rail Systems da Siemens também atua no segmento de serviços, incluindo manutenção e modernização da base instalada no País.

Mobility and Logistics: A Divisão Mobility & Logistics trabalha em soluções de automação de sistemas de transporte e gerenciamento de tráfego. A Siemens está também trazendo ao Brasil o estado da arte em soluções de sinalização para ferrovias de longo percurso, permitindo que novas linhas ferroviárias possam ser implantadas com plena interoperabilidade de trens e locomotivas.

Low and Medium Voltage: A Divisão Low & Medium Voltage atende os mercados de energia, indústria e de infraestrutura, fornecendo tecnologias voltadas a painéis a ar e a gás para distribuição de energia elétrica, componentes de manobra indoor e outdoor, dispositivos de proteção, comutação, medição e monitoramento, interruptores, tomadas e sensores.

Smart Grid: Com sua Divisão Smart Grid, a Siemens fornece uma infraestrutura integrada, que engloba toda a cadeia de conversão e integra as tecnologias disponíveis no mercado, assegurando um processo de geração, transmissão e distribuição de energia mais moderno, seguro e comprometido com o meio ambiente.

Building Technologies: Por meio da Divisão Building Technologies, a Siemens fornece soluções e sistemas de segurança eletrônica, proteção contra incêndio, distribuição de energia de baixa tensão, gerenciamento e controle de edifícios e espaços públicos.

A empresa já participa do setor de infraestrutura brasileira, fornecendo para toda a cadeia de geração, transmissão, distribuição de energia elétrica, além de atuar nos setores de mobilidade urbana, óleo e gás, Smart Grid e saúde. Mas agora quer ampliar essa participação e para isso prevê investir US$ 1 bilhão no Brasil, nos próximos cinco anos, para dar conta desse crescimento

No Brasil, o Grupo Siemens conta com 12 fábricas e 7 centros de pesquisa e desenvolvimento espalhados por todo o País, e com dez mil colaboradores.

Inteligência urbana

O Brasil já tem exemplos bem práticos do que a tecnologia de ponta pode fazer pelo serviço público. No Rio de Janeiro, após os eventos de explosões em galerias subterrâneas, a empresa foi contratada pela Light para o fornecimento e à instalação de um sistema de automação para a supervisão e pelo controle remoto de 500 câmaras subterrâneas onde estão situados os processadores da rede de energia no centro e na zona sul do Rio de Janeiro. O sistema visa monitorar e evitar as explosões, incêndios, inundações e intrusão, além de fazer o controle e comando dos elementos ativos dentro da câmara, como transformadores e interruptores. A empresa também está modernizando o sistema de distribuição de energia de todo o Rio de Janeiro, com a automação de mais de 25 subestações.  Ainda na área de energia, em conjunto com a Cepel, ela está fornecendo tecnologia de rede inteligente para a Operadora Nacional da Rede Elétrica.  Para a Eletropaulo, a empresa implantou o sistema de monitoramento de transformadores na cidade de São Paulo.

No setor metroviário, a empresa responde pelo fornecimento dos sistemas de energia às linhas 7 – Rubi e 10 – Turquesa (consórcio das linhas norte-sul) e às linhas 11 – Coral e 12 – Safira (consórcio das linhas leste) da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM). Ela também responde pelo sistema de energia para o projeto de expansão por monotrilho da linha 15 – Prata, do metrô de São Paulo.

Ainda na área de transporte, a empresa desenvolve um ônibus híbrido em parceria com a Agrale, para uso no transporte público, que reduzirá as emissões de CO2 em até 30%. Um modelo já está em experimentação no município de Campinas.

Para a sede do Bradesco em Osasco, a empresa modernizou a rede elétrica de sua sede aumentando a capacidade de potência de 12.500 para 25.500 kVA, suficiente para atender ao consumo de 113 mil pessoas. E para a usina hidrelétrica de Santo Antonio, foi implementado o maior sistema digital de controle, proteção e supervisão do país, na usina de Santo Antônio, no Pará.

Na área de Redes Elétricas Inteligentes, a empresa foi responsável pelo Centro de Operação de Água da Sabesp, em São Paulo, um complexo sistema de controle e monitoramento remoto instalado em toda a rede para assegurar a qualidade do serviço de distribuição de água para a cidade.

No setor de resíduos, ela trouxe para o Brasil uma solução que transforma o gás eliminado na decomposição do lixo em créditos de carbono. Trata-se de um analisador denominado Ultramat 23. No País, a solução já é adotada por aterros sanitários e funciona da seguinte forma: o sistema de análise de gases da Siemens mede o gás gerado na decomposição do lixo e contabiliza-o para originar o crédito, que depois é vendido no mercado de ações. Em outros casos, o gás gerado também é aproveitado para produzir energia elétrica.

Segundo Guilherme Mendonça, diretor da área de Infraestrutura e Cidades no Brasil, o monitoramento das redes subterrâneas solicitado pela Light é um exemplo de como várias tecnologias já existentes podem ser adequadas para o uso público. “Quando surgiu essa demanda, por conta dos problemas que estavam ocorrendo, fomos pesquisar e não havia nada parecido. Não havia nada já pronto para esse fim. Então buscamos integrar diversas tecnologias já existentes para oferecer essa solução”, conta ele. Uma demanda que deve crescer, segundo ele, é a medição inteligente dos sistemas de energia, permitindo às companhias elétricas detectar problemas de roubo, desvios de energia ou falhas, e com isso reduzir perdas.

“O setor de infraestrutura oferece um grande potencial de mercado para as nossas tecnologias de inteligência, controle, automação em todas as áreas: portos, aeroportos, ferrovias, transporte rodoviário, transporte de carga, segurança, todos que demandam eficiência operacional e energética. Estamos atentos a todos os movimentos nessa área. Um dos projetos em que estamos trabalhando, por exemplo é o dos ônibus elétrico para operação nos aeroportos, reduzindo a emissão de poluentes.  Com nosso portfólio diferenciado, somos parceiros perfeitos para o desenvolvimento urbano sustentável. Queremos nos tornar uma parceira de longo prazo para as cidades brasileiras em seu desenvolvimento de infraestruturas urbanas sustentáveis”.

Cases internacionais

Em Londres, a Siemens forneceu autocarros híbridos com motores elétricos que consomem cerca de menos de um terço de gasóleo que os veículos convencionais, parques eólicos offshore (48 turbinas para Gunfleet Sands, 175 turbinas para London Array), e redes elétricas inteligentes para o transporte e a distribuição da energia.

Berlim celebrou uma parceria com a Siemens, que permitiu à cidade alemã poupar mais de cinco milhões de euros em custos de energia e reduzir as suas emissões de CO2 em cerca de 30 mil toneladas por ano (25%);

Em Portugal, uma das iniciativas da Siemens na área das Cidades Sustentáveis foi a análise da sustentabilidade da cidade do Porto, no âmbito do European Green City Index. A investigação da performance de cada cidade é feita através da análise de oito categorias – emissões de CO2, energia, edifícios, transportes, água, resíduos e uso de solo, qualidade do ar e política ambiental – e de trinta outros requisitos.

 

 

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