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Revista GC - Ed.20 - Outubro 2011
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Especial Rodovias

Rodovias brasileiras:entre o céu e o inferno

Metade da malha rodoviária brasileira, por onde trafegam em torno de 80% das cargas rodoviárias, passageiros de ônibus e veículos particulares, encontra-se em condições de trafegabilidade, conforto e segurança satisfatórios. Cerca de 12,6% da malha são consideradas ótimas; 30%, boas. A outra metade, no entanto, está em estado regular ou abaixo das condições aceitáveis. Cerca de 57% foram assim classificadas, somadas as avaliações de condições regulares (30,5%), ruins (18,1%) e péssimas (8,8%).

A conclusão é da 15ª Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada no final de outubro pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Durante 39 dias, de 27 de junho a 4 de agosto, 17 equipes da CNT percorreram e avaliaram 92.747 km - 100% da malha federal pavimentada, as principais rodovias estaduais pavimentadas e as concessionadas. No relatório anterior, apresentado em 2010, 14,7% das rodovias avaliadas foram classificadas como ótimas; 26,5% como boas; 33,4% eram regulares; 17,4% estão ruins e 8%, péssimas. Em 2009, a Pesquisa CNT de Rodovias analisou 89.552 km. O percentual de rodovias ótimas foi de 13,5% e de boas, de 17,5%. As regulares somaram 45%. E os índices de ruins ou péssimas foram de 16,9% e 7,1%, respectivamente.

Portanto, comparativamente ao ano anterior, houve redução do número de rodovias classificadas como ótimas, mas foi registrado um aumento das rodovias consideradas boas. Diminuiu o número de estradas classificadas como regulares e aumentou o das estradas ruins. O número de rodovias péssimas se manteve igual ao do ano passado.

Foram analisados aspectos do pavimento, sinalização e geometria da via. A partir dessas características foi possível obter a classificação do estado geral (percentual de rodovias avaliadas como ótimas, boas, regulares, ruins e péssimas).

Os resultados são apresentados por tipo de gestão (pública ou concedida), por tipo de rodovia (federais ou estaduais), por região e por unidade da Federação. A Pesquisa também faz o ranking de 109 ligações rodoviárias - trechos formados por uma ou mais rodovias federais ou estaduais, com importância para o transporte de cargas e de passageiros.

O estudo da CNT e do Sest/Senat ​aponta ainda pontos críticos das rodovias. Em relação ao pavimento, é obse


Metade da malha rodoviária brasileira, por onde trafegam em torno de 80% das cargas rodoviárias, passageiros de ônibus e veículos particulares, encontra-se em condições de trafegabilidade, conforto e segurança satisfatórios. Cerca de 12,6% da malha são consideradas ótimas; 30%, boas. A outra metade, no entanto, está em estado regular ou abaixo das condições aceitáveis. Cerca de 57% foram assim classificadas, somadas as avaliações de condições regulares (30,5%), ruins (18,1%) e péssimas (8,8%).

A conclusão é da 15ª Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada no final de outubro pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Durante 39 dias, de 27 de junho a 4 de agosto, 17 equipes da CNT percorreram e avaliaram 92.747 km - 100% da malha federal pavimentada, as principais rodovias estaduais pavimentadas e as concessionadas. No relatório anterior, apresentado em 2010, 14,7% das rodovias avaliadas foram classificadas como ótimas; 26,5% como boas; 33,4% eram regulares; 17,4% estão ruins e 8%, péssimas. Em 2009, a Pesquisa CNT de Rodovias analisou 89.552 km. O percentual de rodovias ótimas foi de 13,5% e de boas, de 17,5%. As regulares somaram 45%. E os índices de ruins ou péssimas foram de 16,9% e 7,1%, respectivamente.

Portanto, comparativamente ao ano anterior, houve redução do número de rodovias classificadas como ótimas, mas foi registrado um aumento das rodovias consideradas boas. Diminuiu o número de estradas classificadas como regulares e aumentou o das estradas ruins. O número de rodovias péssimas se manteve igual ao do ano passado.

Foram analisados aspectos do pavimento, sinalização e geometria da via. A partir dessas características foi possível obter a classificação do estado geral (percentual de rodovias avaliadas como ótimas, boas, regulares, ruins e péssimas).

Os resultados são apresentados por tipo de gestão (pública ou concedida), por tipo de rodovia (federais ou estaduais), por região e por unidade da Federação. A Pesquisa também faz o ranking de 109 ligações rodoviárias - trechos formados por uma ou mais rodovias federais ou estaduais, com importância para o transporte de cargas e de passageiros.

O estudo da CNT e do Sest/Senat ​aponta ainda pontos críticos das rodovias. Em relação ao pavimento, é observado se está perfeito, com buracos e se obriga redução da velocidade. Quanto à sinalização, são conferidas as condições das faixas, visibilidade e legibilidade de placas. Já a geometria da via inclui itens como pista simples de mão dupla, faixa adicional de subida, pontes e viadutos, entre muitas outras variáveis.

A pesquisa é uma avaliação independente das rodovias a partir da perspectiva dos usuários, contemplando a segurança e o desempenho. Suas informações auxiliam o planejamento do transporte, políticas setoriais, projetos privados, programas governamentais e atividades de ensino e pesquisa para o desenvolvimento do transporte rodoviário.​

Análise por região

Mais uma vez, as rodovias do Sudeste do País foram avaliadas como as que estão em melhores condições. Dos    26.778 km de estradas percorridas na região, 24,6% foram classificados como em ótimo estado; 30,7% como bom; 28,2%, regular; 13,2%, ruim e 3,3%, péssimo. Estão em São Paulo as 18 melhores ligações viárias do País. Em segundo lugar estão as rodovias do Sul, nas quais 19,7% do total de 16.199 km foram classificadas como em ótimo estado; 40,7% em bom; 26,3% como regulares; 10,7% como ruins e 2,6% como péssimas.

A maior parte dos 25.820 km estudados no Nordeste, foi classificada como de qualidade regular (32,8%); ruim (17,7%) e péssima (12,7%), e apenas 3,8% como ótima e 33% como boa. Já no Centro-Oeste, dos 14.151 km de rodovias avaliados, 6,4% estão em ótimas condições; 22,7% em bom estado; 35%, regulares; 26,7%, ruins; e 9,1% em péssimo estado, segundo a pesquisa.

No Norte do País, apenas 0,8% das estradas analisadas - de um total de 9.799 km - são avaliadas como ótimas; 12,7% como boas; 31,4% como regulares; 31,8% como ruins e 23,2% como péssimas.

Gestão privada é referência de qualidade

No ranking das melhores ligações rodoviárias do Brasil, a primeira colocada é a ligação São Paulo (SP) - Itaí (SP) - Espírito Santo do Turvo (SP), composta pelas rodovias SP-255, SP-280/BR-374. Em último lugar, ou na 109ª posição, está a Belém (PA) - Guaraí (TO), composta pelas rodovias BR-222, PA-150, PA-151, PA-252, PA-287, PA-447, PA-475, PA-483 e TO-336.

Em relação às diferenças existentes na administração das rodovias, a CNT aponta que, das que estão sob concessão (15.374 km), 48% foram classificadas como ótimas; 38,9% como boas; 12% como regulares; 1,1% como ruins e nenhuma foi avaliada como péssima.

Já entre as rodovias sob gestão pública (77.373 km), somente 5,6% foram avaliadas como ótimas; 28,2% como boas; 34,2% como regulares; 21,5% como ruins e 10,5% como péssimas.

A soma dos resultados ótimos e bons do estado geral das rodovias sob gestão pública federal e estadual foi de 33,8%, enquanto nas concedidas à iniciativa privada esse percentual ficou em 86,9%.

Algumas constatações

Em 72,2% da extensão de rodovias avaliadas, há a presença de placas de limite de velocidade, o que equivale a 67 mil Km em um total de 92,7 mil Km, conforme gráfico abaixo. Esse item, aliado ao relativo às faixas centrais, é fundamental para aumentar a segurança da condução rodoviária, o que não ocorre como esperado por se tratarem dos itens que mais são violados pelos motoristas, acarretando acidentes que resultam em feridos graves e mortos.

96,8% do pavimento pesquisado não obriga à redução de velocidade pelos motoristas, o que representa, aproximadamente, 89,9 mil Km de rodovias brasileiras que não afetam a regularidade e suavidade da condução dos veículos.

Segundo a pesquisa, 88,5% dos acostamentos existentes nas estradas brasileiras foram considerados ótimos por apresentarem o acostamento pavimentado e perfeito. Ela mostra, também, que 0,8% dos acostamentos foram considerados perfeitos, ainda que sem pavimentação. Apenas 10,7% não apresentavam condição de uso com segurança, devido a buracos, fissuras, presença de mato e desnível acentuado em relação à rodovia.

67,4%  das faixas centrais das rodovias estão com as pinturas visíveis e em condições de separar o tráfego e regulamentar ultrapassagens. Entretanto, outros 25,2% apresentavam faixas com a pintura desgastada e 7,4% inexistente.

A pesquisa constatou que 82,1% das placas são visíveis pelos condutores dos veículos, com a inexistência de mato cobrindo as placas e 9,3% apresentavam algum mato cobrindo, mas não totalmente.

De acordo com a CNT, 67,4% das placas estavam totalmente legíveis, e em 30,5% era possível identificar o pictograma, embora esse elemento já se encontrasse desgastado.

 

 

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