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Revista GC - Ed.74 - Outubro 2016
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Artigo

Por que proteger o concreto?

Por Emílio Minoru Takagi

Qual a durabilidade do concreto protegido com um sistema de impermeabiliza-ção? As normas técnicas são muito claras ao sugerir uma durabilidade mínima de 50 anos para obras de edificações, e 75 a 100 anos no caso de obras de infraes-trutura. No entanto, são menos explícitas ao esclarecer como prever a contribuição adicional do efeito protetor que o emprego da impermeabilização pode proporcionar frente aos possíveis efeitos degenerativos da agressividade do ambiente.

É importante que os fabricantes caracterizem o desempenho dos produtos de impermeabilização oferecidos no mercado, o que pressupõe fornecer, além dos cuidados na operação e na manutenção, também a durabilidade em anos prevista para cada um dos produtos. Embora tenham sido propostas na literatura diversas abordagens para a durabilidade, associando o cobrimento do concreto dos elementos estruturais com os sistemas de impermeabilização, ainda não existem métodos padronizados ou sobre os quais haja consenso.

Atualmente, o requisito técnico de proteção química tem potencializado a de-manda no mercado brasileiro por sistemas de impermeabilização desenvolvidos para uso em ambientes agressivos. Nos últimos cinco anos, a maior inovação foi tornar também os revestimentos orgânicos abertos à difusão de vapor por meio da nanotecnologia. Os primeiros produtos a sofrerem essa transformação foram os revestimentos epoxídicos de base aquosa. A inovação continuou com os mate-riais poliuretânicos com inserção de moléculas de materiais hidro     repelentes em sua cadeia polimérica, e mais recentemente, nos revestimentos à base de poliuréia híbrida abertos à difusão de vapor.

Os sistemas de impermeabilização à base de geopolímeros representam uma nova classe de materiais inorgânicos de alta performance, resistente a todos os tipos de ácidos orgânicos e inorgânicos (exceto ao ácido fluorídrico) com pH pró-ximos ao zero até o pH 8  e resistente a temperaturas de até 570°C. Este tipo de revestimento é aberto à difusão de vapor de água, e pode ser usado para aplicações onde são encontrados ao mesmo tempo altos carregamentos mecânicos e agentes agressivos.

A mais recente tecnologia de sistemas de impermeabilização foi desenvolvida por meio da utilização de dispersões híbridas orgânicas/inorgânicas, baseadas em nano compostos. É possível c


Qual a durabilidade do concreto protegido com um sistema de impermeabiliza-ção? As normas técnicas são muito claras ao sugerir uma durabilidade mínima de 50 anos para obras de edificações, e 75 a 100 anos no caso de obras de infraes-trutura. No entanto, são menos explícitas ao esclarecer como prever a contribuição adicional do efeito protetor que o emprego da impermeabilização pode proporcionar frente aos possíveis efeitos degenerativos da agressividade do ambiente.

É importante que os fabricantes caracterizem o desempenho dos produtos de impermeabilização oferecidos no mercado, o que pressupõe fornecer, além dos cuidados na operação e na manutenção, também a durabilidade em anos prevista para cada um dos produtos. Embora tenham sido propostas na literatura diversas abordagens para a durabilidade, associando o cobrimento do concreto dos elementos estruturais com os sistemas de impermeabilização, ainda não existem métodos padronizados ou sobre os quais haja consenso.

Atualmente, o requisito técnico de proteção química tem potencializado a de-manda no mercado brasileiro por sistemas de impermeabilização desenvolvidos para uso em ambientes agressivos. Nos últimos cinco anos, a maior inovação foi tornar também os revestimentos orgânicos abertos à difusão de vapor por meio da nanotecnologia. Os primeiros produtos a sofrerem essa transformação foram os revestimentos epoxídicos de base aquosa. A inovação continuou com os mate-riais poliuretânicos com inserção de moléculas de materiais hidro     repelentes em sua cadeia polimérica, e mais recentemente, nos revestimentos à base de poliuréia híbrida abertos à difusão de vapor.

Os sistemas de impermeabilização à base de geopolímeros representam uma nova classe de materiais inorgânicos de alta performance, resistente a todos os tipos de ácidos orgânicos e inorgânicos (exceto ao ácido fluorídrico) com pH pró-ximos ao zero até o pH 8  e resistente a temperaturas de até 570°C. Este tipo de revestimento é aberto à difusão de vapor de água, e pode ser usado para aplicações onde são encontrados ao mesmo tempo altos carregamentos mecânicos e agentes agressivos.

A mais recente tecnologia de sistemas de impermeabilização foi desenvolvida por meio da utilização de dispersões híbridas orgânicas/inorgânicas, baseadas em nano compostos. É possível conjugar as vantagens dos materiais orgânicos, como a poliuréia com a elasticidade e a resistência à água, e os geopolímeros inorgânicos, como a dureza e a permeabilidade ao vapor de água. O termo material híbrido é utilizado, em sentido estrito, que implica uma ligação covalente entre os componentes orgânicos e inorgânicos no interior do material. A tecnologia do silicato híbrido é uma combinação (trimerisação) do silicato, da resina polimérica e do aditivo mineral que resulta em um sistema de impermeabilização flexível com a resistência química de substâncias com pH próximos ao zero até o pH 14.

Um grande esforço conjunto da sociedade técnica (entidades de pesquisa, universidades, fabricantes de materiais, construtoras, incorporadoras, entidades representativas dos consumidores e representantes do poder público) está sendo realizado para que os sistemas de impermeabilização alcancem um nível de de-sempenho compatível com os aspectos técnicos de durabilidade dos elementos de concreto protegidos pelos sistemas de impermeabilização.

Um avanço significativo do ponto de vista técnico é aquele representado pela proposição da durabilidade calculada em conjunto com os elementos de concreto protegidos pelos sistemas de impermeabilização. Dessa forma, espera-se, de um lado, que os fabricantes a partir de agora, mais do que nunca, deverão fornecer informações mais precisas sobre as características dos materiais e componentes, recomendando que os projetistas e construtores passem a exigir dos fabricantes informações técnicas mais consistentes dos produtos em lugar de informações como ‘excelente aderência’, ‘grande durabilidade’, ‘resistência aos raios ultravioleta’ etc., que deverão ser substituídas por ‘Declarações de Performance’, que podem estar baseadas em normas, como a EN 1504 ‘produtos e sistemas para a proteção e reparo de estruturas de concreto’, na busca de catálogos técnicos verdadeiramente balizados.

Para que a durabilidade possa ser atingida, o projetista deve recorrer às boas práticas de projeto, às disposições das normas técnicas prescritivas, ao desempenho demonstrado pelos fabricantes dos produtos contemplados no projeto e a outros recursos do estado da arte mais atual, refletindo todo um esforço da comunidade técnica brasileira de atingir um elevado patamar de qualidade no projeto e construção das estruturas de concreto protegidos pelos sistemas de impermeabilização.

(*) Emílio Minoru Takagi é gerente de produto da MC Bauchemie no Brasil. É Engenheiro, Mestre em Ciências pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

 

 

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