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Revista GC - Ed.5 - Junho 2010
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Editorial

Pelos “Jogos Verdes” em 2014 e 2016

A nova ordem econômica mundial reservou para o Brasil, nos últimos dois anos, uma visibilidade internacional inédita, trazendo uma sucessão de boas notícias, como o grau de investimento que culminaram com a escolha do País para sediar a Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada em 2016. Muito já se falou das oportunidades de crescimento que esses eventos encerram, no que diz respeito aos impactos socioeconômicos. De acordo com o Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco/SP), somente para a reforma ou construção dos 12 estádios, estimam-se cerca de R$ 6 bilhões em investimentos. Somando-se a isso as demais obras de infraestrutura (mobilidade urbana e interurbana, aeroportos, portos, rodovias, hospedagem, saneamento, segurança e saúde), chega-se ao montante de aproximadamente R$ 60 bilhões.

Que esses recursos impulsionarão o desenvolvimento do País, poucos duvidam. Alguns arriscam até que tais impactos socioeconômicos só seriam alcançados em um período de 20 anos, num cenário convencional. A discussão que se impõe, portanto, é que tipo de desenvolvimento queremos para o Brasil. Um bom exemplo que vem da Inglaterra. O país (ver matéria nesta edição) se dedica à execução de um grande conjunto de obras de infraestrutura e das arenas desportivas para os Jogos Olímpicos de 2012, dentro dos conceitos de green building. O ideal é que comecemos já, no Brasil, os esforços no sentido de converter a preparação para a Copa de 2014 e da Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016, na mai


A nova ordem econômica mundial reservou para o Brasil, nos últimos dois anos, uma visibilidade internacional inédita, trazendo uma sucessão de boas notícias, como o grau de investimento que culminaram com a escolha do País para sediar a Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada em 2016. Muito já se falou das oportunidades de crescimento que esses eventos encerram, no que diz respeito aos impactos socioeconômicos. De acordo com o Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco/SP), somente para a reforma ou construção dos 12 estádios, estimam-se cerca de R$ 6 bilhões em investimentos. Somando-se a isso as demais obras de infraestrutura (mobilidade urbana e interurbana, aeroportos, portos, rodovias, hospedagem, saneamento, segurança e saúde), chega-se ao montante de aproximadamente R$ 60 bilhões.

Que esses recursos impulsionarão o desenvolvimento do País, poucos duvidam. Alguns arriscam até que tais impactos socioeconômicos só seriam alcançados em um período de 20 anos, num cenário convencional. A discussão que se impõe, portanto, é que tipo de desenvolvimento queremos para o Brasil. Um bom exemplo que vem da Inglaterra. O país (ver matéria nesta edição) se dedica à execução de um grande conjunto de obras de infraestrutura e das arenas desportivas para os Jogos Olímpicos de 2012, dentro dos conceitos de green building. O ideal é que comecemos já, no Brasil, os esforços no sentido de converter a preparação para a Copa de 2014 e da Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016, na maior ação coordenada, já realizada no planeta, para o desenvolvimento sustentável.

Sabe-se que todos os estádios da copa deverão ter certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) para atestar a sustentabilidade ambiental dos empreendimentos. Alguns deles, como o Mineirão, em Belo Horizonte, Vivaldão, em Manaus e Estádio Nacional, em Brasília, tiveram seus projetos básicos elaborados em parceria com as mesmas projetistas dos estádios ingleses e alemãs, dentro dos conceitos de green building.

Mas os esforços não podem estar focados apenas nas instalações físicas. É necessário um planejamento mais amplo, que envolva todos os serviços a serem prestados aos brasileiros e visitantes, durante a realização dos jogos, de forma a marcar definitivamente a imagem do Brasil como um país comprometido com o respeito ao meio ambiente, contribuindo efetivamente para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes do planeta.

Paralelamente às obras dos estádios e arenas desportivas, será necessário, por exemplo, desenvolver projetos de energia renovável em cada cidade-sede, utilizando as alternativas limpa mais adequada para cada região. Os sistemas de transportes públicos (trens, metrôs e ônibus) terão que ser rápidos e eficientes, utilizando também matriz energética limpa, restringindo ao máximo o uso de combustível fósseis.

Para estimular essa corrida pela sustentabilidade na Construção no Brasil, é viável a criação de instrumentos de financiamento privilegiados, através de entidades de fomento como o BNDES, como um “bônus verde”, capaz de adiantar o retorno dos investimentos realizados em projetos sustentáveis e de baixos custos de manutenção em longo prazo, e que atinjam determinado nível de certificação ambiental.

Se forem implementadas soluções nessa direção, fortalecendo o conceito dos “Jogos Verdes”, o Brasil será o grande vitorioso nos Jogos de 2014 e 2016, sejam quais forem os resultados das competições.

Mário Humberto Marques
Presidente da Sobratema

 

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