Apesar da demanda elevada de mão de obra qualificada, o desafio das construtoras é conter evasão de engenheiros para outras carreiras.
As causas apontadas são diversas. Entre as mais citadas estão a remuneração não compatível com o mercado, seguida da sazonalidade e a redução da qualidade de vida. Esta é agravada, em geral, pela distância entre os locais de residência e de trabalho; sem receber a devida compensação financeira, muitos acabam desistindo da área por causa dos gastos com transporte.
No entanto, não é apenas a área financeira que tem despertado o interesse dos engenheiros. Foram citados também alguns fatores como concursos públicos, cargos relacionados à gestão e produção e mesmo TI como potenciais substitutos para as carreiras da engenharia.
Para 76% dos leitores, as construtoras têm condições de competir com as instituições financeiras no quesito remuneração. Para isso, bastaria tomar algumas medidas como investir na industrialização de processos construtivos e racionalização.
Quando questionados se a importação de mão de obra poderia ser uma solução, a resposta positiva foi contundente. 81% dos entrevistados opinaram que essa seria uma solução plausível, fato que já ocorre em algumas áreas como a petrolífera e de telecomunicações. Mas, mesmo sendo contrários, na situação inevitável de importação de mão de obra, 97% acham que a grade curricular dos profissionais deve ser submetidas ao Crea.
Para concluir, 70% dos leitores opinaram que essa evasão é perceptível, devido à experiência pessoal ou por causa de observação.
Comentários de nossos leitores
Marco Antonio Machado Júnior
Espero maior união entre a classe dos engenheiros. E maior apoio do CREA aos profissionais da engenharia.
Fernando José Perez
Hoje a área de construção civil está absorvendo a mão de obra. O grande problema é a sazonalidade de nosso ramo. Importante que o CREA volte a ter a câmara setorial de segurança do trabalho para uma melhor configuração profissional, pois estamos necessitando muito de um reforço tanto legal como institucional.
Leandro Elias
Não percebo essa evasão pois o mercado está aquecido, apesar de já mostrar indícios de queda de vagas em algumas grandes empresas.
Sou a favor da mão de obra estrangeira se for experiente; mas recém-formados, não. Precisamos de pessoas experientes para troca de conhecimento.
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