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Revista GC - Ed.33 - Dezembro 2012
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Métrica Industrial - método não destrutivo

Obras subterrâneas avançam com MND

Setores de telefonia e saneamento básico demonstram potencial para uso de tecnologias não destrutivas na instalação de redes abaixo do solo

 

 

 

 

 

 

A privatização do setor de telefonia no Brasil, ocorrida no final da década de 1990, impulsionou o uso de tecnologias não destrutivas para instalação de redes subterrâneas. As opções tecnológicas disponíveis para o mercado brasileiro também cresceram desde então e, hoje, o País conta com um setor específico para esse mercado, centralizado na Associação Brasileira de Tecnologia Não-Destrutiva (Abratt). Segundo ela, em 2011 o País desembolsou R$ 800 milhões em obras usando esse tipo de tecnologia. Não há divisão desse montante por segmentos e ele não abarca projetos de grande magnitude, como túneis de metrô. Todavia, o mercado é caracteristicamente conduzido ainda pelo setor de telecomunicações, junto com outros mercados que vêm ampliando o seu uso a cada ano, como o de saneamento básico.

Na telefonia, um bom exemplo do potencial de mercado é dado pela Claro, empresa de telefonia móvel pertencente ao grupo mexicano Telmex. A companhia instalou, nos últimos três anos, 26 mil km de redes de fibra ótica para atender à terceira geração da telefonia móvel (3G). Essa rede interliga 12 mil estações rádios-base espalhadas pelo País.

De forma macro, o setor de telefonia ainda terá grandes aportes para atender ao Programa Nacional de Banda Larga, criado com o objetivo de expandir a infraestrutura de telecomunicações, proporcionando acesso a 90 milhões de domicílios brasileiros até 2014. Em 2011, pouco mais de 23,5 milhões de domicílios desfrutavam de banda larga acima de 1 Mbps.

Saneamento básico

No mundo, o setor de água e saneamento básico já representa o segundo maior em demanda para instalação de redes pelo método não destrutivo de perfuração direcional horizontal (HDD). Essa é uma avaliação da Vermeer, revelada à Grandes Construções em um evento interno realizado em setembro deste ano e que apontava que esse mercado já responderia por 19% dos projetos em HDD no mundo. Ele fica atrás apenas do setor de telecomunicações, ainda responsável pela grande maioria (46%) das obras que utilizam esse tipo de tecnologia.

No Brasil, para Liberal Ramos Júnior, vice-presidente d


 

 

 

 

 

 

A privatização do setor de telefonia no Brasil, ocorrida no final da década de 1990, impulsionou o uso de tecnologias não destrutivas para instalação de redes subterrâneas. As opções tecnológicas disponíveis para o mercado brasileiro também cresceram desde então e, hoje, o País conta com um setor específico para esse mercado, centralizado na Associação Brasileira de Tecnologia Não-Destrutiva (Abratt). Segundo ela, em 2011 o País desembolsou R$ 800 milhões em obras usando esse tipo de tecnologia. Não há divisão desse montante por segmentos e ele não abarca projetos de grande magnitude, como túneis de metrô. Todavia, o mercado é caracteristicamente conduzido ainda pelo setor de telecomunicações, junto com outros mercados que vêm ampliando o seu uso a cada ano, como o de saneamento básico.

Na telefonia, um bom exemplo do potencial de mercado é dado pela Claro, empresa de telefonia móvel pertencente ao grupo mexicano Telmex. A companhia instalou, nos últimos três anos, 26 mil km de redes de fibra ótica para atender à terceira geração da telefonia móvel (3G). Essa rede interliga 12 mil estações rádios-base espalhadas pelo País.

De forma macro, o setor de telefonia ainda terá grandes aportes para atender ao Programa Nacional de Banda Larga, criado com o objetivo de expandir a infraestrutura de telecomunicações, proporcionando acesso a 90 milhões de domicílios brasileiros até 2014. Em 2011, pouco mais de 23,5 milhões de domicílios desfrutavam de banda larga acima de 1 Mbps.

Saneamento básico

No mundo, o setor de água e saneamento básico já representa o segundo maior em demanda para instalação de redes pelo método não destrutivo de perfuração direcional horizontal (HDD). Essa é uma avaliação da Vermeer, revelada à Grandes Construções em um evento interno realizado em setembro deste ano e que apontava que esse mercado já responderia por 19% dos projetos em HDD no mundo. Ele fica atrás apenas do setor de telecomunicações, ainda responsável pela grande maioria (46%) das obras que utilizam esse tipo de tecnologia.

No Brasil, para Liberal Ramos Júnior, vice-presidente da Abratt, o setor de saneamento é o que mais tem ampliado o uso das mais diversas tecnologias de MND nas grandes cidades como São Paulo. Isso vem ocorrendo em função da quantidade de obras a serem feitas nos próximos anos e da necessidade de atender todo o País com o mínimo de interferência urbana possível. Afinal, a jornada para universalizar o saneamento básico ainda é longa: apenas 55,4% das residências estão conectadas à rede e nem todos têm o esgoto tratado após a coleta.

A Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) ilustra o potencial de mercado apontado pela Abratt ao apresentar o Projeto Tietê que, até o momento, foi executado em quatro etapas e tem como intuito final diminuir a poluição despejada no rio. Para esse projeto, a Sabesp mapeou a proporção de crescimento de métodos não destrutivos para instalação e substituição de redes tronco, coletoras e ligações domiciliares em relação à abertura de valas.

De 1992 a 1998, foram investidos US$ 1,1 bilhão no programa, para executar como principais ações a duplicação da capacidade de tratamento de esgotos, envolvendo a construção de três ETEs, ampliação do sistema de coleta e afastamento de esgotos e a instalação de 352 km de interceptores e coletores tronco e de 1, 5 mil km de redes coletoras, além de 250 mil ligações domiciliares. Nesse caso, o MND foi usado em 38% das instalações subterrâneas.

Já de 2000 a 2008, foram aportados outros US$ 500 milhões, aplicados principalmente na instalação de 198 km de interceptores, 1,4 mil km de redes coletoras e 290 mil ligações de esgoto. O MND foi usado em 40% das instalações subterrâneas.

A terceira etapa do Projeto Tietê está em andamento e deve acabar em 2014. Ela visa à instalação de 580 km de coletores e interceptores, além de 1.250 km de rede coletora e 200 mil ligações domiciliares. O investimento previsto para essa etapa é de US$ 1,8 bilhão e o MND será usado em 62% das obras subterrâneas.

A quarta e última etapa prevista para o projeto está estimada em US$ 2 bilhões e envolve, entre outras demandas, a instalação de 600 km de redes e 100 mil ligações domiciliares, universalizando a coleta e o tratamento de esgotos na Região Metropolitana de São Paulo. Nessa etapa, a Sabesp prevê utilizar MND em 74% das obras subterrâneas.

Tecnologias usadas pela Sabesp

Em grande parte, o método não destrutivo ao qual a Sabesp se refere é o microtúnel. A tecnologia passou a ser utilizada pela empresa em substituição à antiga técnica de anéis segmentados, bastante aplicados na década de 1980. A solução antiga foi substituída por problemas apresentados como número excessivo de juntas, permitindo grande volume de infiltrações acompanhadas de solo arenoso. Outra desvantagem dos anéis segmentados são os recalques excessivos de superfície, ocasionados devido à necessidade de utilização de rebaixamento de lençol freático. Quanto ao microtúnel, todavia, a Sabesp aponta uma série de vantagens, listadas a seguir:

Menor ocupação no viário, interferindo menos na vida cotidiana da cidade;

Baixo número de danos nas edificações;

Menor interferência com o meio ambiente;

Maior durabilidade e segurança;

Preservação da saúde e bem-estar do operador;

Maior produtividade com a agilidade na execução;

Custos reduzidos com manutenção e operação das instalações.

Redes de Telecomunicações

Com PNBL, banda larga passa de 23,5 para 90 milhões de domicílios até 2014;

Operadora Claro demonstra potencial do mercado ao instalar 26 mil km de redes de fibra ótica nos últimos três anos;

Telecom responde por 46% do HDD usado no mundo;

Água e Saneamento já respondem por 19%.

Projeto Tietê aumenta gradativamente utilização de MND

1ª Etapa: MND em 38% das obras subterrâneas

2ª Etapa: MND em 40%

3ª Etapa: MND em 62%

4ª Etapa: Previsão de MND em 74%.

 

 

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