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Revista GC - Ed.21 - Novembro 2011
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Energia Renovável

Morro dos Ventos começa ganhar forma

Construtora Hahne está à frente das obras civis de parque eólico em João Câmara, no Rio Grande do Norte

A paisagem da cidade de João Câmara, no Rio Grande do Norte, já está diferente depois do início das obras do complexo eólico Morro do Vento (I, III, IV, VI e IX). O parque terá capacidade instalada de         145,2 MW, energia firme de 66,0 MW, e o início de operação está marcado para 2012. O empreendedor é a Desa - Dobrevê Energia S.A, que também dá andamento aos trabalhos de projeto e contrações para o parque eólico Eurus, também em João Câmara, de 60,00 MW, energia firme de 29,5 MW, com entrada em operação prevista para 2013.

O parque Morro do Vento terá 91 torres no total e o Eurus (I e III) contará com 38 torres, cada uma com potência de 1,65 megawatt.  Quando prontos, produzirão juntos cerca de 210 megawatts, algo suficiente para abastecer 200 mil habitantes.

A Construtora Hahne, de Florianópolis, é participante do empreendimento e responde pela construção da base onde são fixadas as torres, além das obras das rodovias e plataformas de içamento.  Em cada uma das bases foram empregados 400 m³ de concreto e 15 t de aço, além de 10 t de chumbadores. “Em uma semana de trabalho nossa equipe faz três bases. A quantidade de concreto utilizada nesse curto período seria capaz de erguer um prédio de 10 andares de alto padrão”, comenta o empresário e engenheiro civil Rui Hahne.

As bases são dimensionadas para suportar todos os esforços dos aerogeradores, sendo apoiadas diretamente sobre o solo. As torres possuem altura de 80 m e são montadas com guindastes de altura mínima de 100 m e capacidade de carga superior a 500 t. Elas são montadas após 28 dias de concretagem das bases, e da conclusão do seu respectivo reaterro e da plataforma de montagem para o guindaste.

O período de montagem de uma torre é de 1 dia. A mão de obra civil, no início da montagem, precisa efetuar o Grout, no pé da torre. Para isso, são necessárias quatro horas de serviço, no máximo, e mais 24 horas de cura do Grout. A equipe de montagem coloca a primeira peça, a civil entra executando o serviço de Grout e, após 24 horas, a equipe de montagem da torre retorna a executar as montagens.

Em geral, as torres ficam distantes entre si cerca de 200 m. A meta de instalação, segundo a construtora, é de 139 delas até abril de 2012. Para tal, existem equ


A paisagem da cidade de João Câmara, no Rio Grande do Norte, já está diferente depois do início das obras do complexo eólico Morro do Vento (I, III, IV, VI e IX). O parque terá capacidade instalada de         145,2 MW, energia firme de 66,0 MW, e o início de operação está marcado para 2012. O empreendedor é a Desa - Dobrevê Energia S.A, que também dá andamento aos trabalhos de projeto e contrações para o parque eólico Eurus, também em João Câmara, de 60,00 MW, energia firme de 29,5 MW, com entrada em operação prevista para 2013.

O parque Morro do Vento terá 91 torres no total e o Eurus (I e III) contará com 38 torres, cada uma com potência de 1,65 megawatt.  Quando prontos, produzirão juntos cerca de 210 megawatts, algo suficiente para abastecer 200 mil habitantes.

A Construtora Hahne, de Florianópolis, é participante do empreendimento e responde pela construção da base onde são fixadas as torres, além das obras das rodovias e plataformas de içamento.  Em cada uma das bases foram empregados 400 m³ de concreto e 15 t de aço, além de 10 t de chumbadores. “Em uma semana de trabalho nossa equipe faz três bases. A quantidade de concreto utilizada nesse curto período seria capaz de erguer um prédio de 10 andares de alto padrão”, comenta o empresário e engenheiro civil Rui Hahne.

As bases são dimensionadas para suportar todos os esforços dos aerogeradores, sendo apoiadas diretamente sobre o solo. As torres possuem altura de 80 m e são montadas com guindastes de altura mínima de 100 m e capacidade de carga superior a 500 t. Elas são montadas após 28 dias de concretagem das bases, e da conclusão do seu respectivo reaterro e da plataforma de montagem para o guindaste.

O período de montagem de uma torre é de 1 dia. A mão de obra civil, no início da montagem, precisa efetuar o Grout, no pé da torre. Para isso, são necessárias quatro horas de serviço, no máximo, e mais 24 horas de cura do Grout. A equipe de montagem coloca a primeira peça, a civil entra executando o serviço de Grout e, após 24 horas, a equipe de montagem da torre retorna a executar as montagens.

Em geral, as torres ficam distantes entre si cerca de 200 m. A meta de instalação, segundo a construtora, é de 139 delas até abril de 2012. Para tal, existem equipes especializadas em cada fase da montagem da parte civil: escavação e compactação da sub-base, concretagem do piso, montagem e posicionamento do chumbador, montagem da armadura, montagem do aterramento, posicionamento das formas e tubulações embutidas e, por fim, a concretagem e a cura do concreto. A construtora já iniciou a construção de 40 km de ruas, de 12 m de largura cada uma, que dão acesso aos parques, além de plataformas para guindastes de 30 x 40 m.

Segundo o engenheiro Djalma Teixeira de Melo, as grandes dificuldades no projeto ficaram por conta do transporte de equipamentos e materiais em geral, devido à distância dos grandes centros. “Temos a preocupação de buscar todos os insumos necessários, pois geralmente os fornecedores não fazem a entrega”, explica ele. Para o engenheiro Ralf Konig, um tipo de obra específica como esta exige a necessidade de um planejamento a médio e longo prazo para que não ocorram surpresas. “Imprevistos são um pouco mais difíceis de serem contornados, porém, a proximidade com a cidade de Natal é positiva. A pequena quantidade de insumos necessária permitiu que esse planejamento fosse feito pela Hahne e seguido com poucos percalços”, informa ele.

Eugênio Martim Filho, do planejamento e orçamento, destaca que a Hahne buscou desenvolver fornecedores locais de agregados e, principalmente, toda a logística de transporte de peças e equipamentos, analisando as vias de acesso, rodovias, entroncamentos e portos.

Uma das primeiras ações da construtora foi montar um alojamento destinado a abrigar a equipe inicial, formada por funcionários que conhecem a metodologia de trabalho da empresa, deslocados da matriz, no sul do país. Atualmente, são 150 funcionários à frente das obras, sendo a maior parte (90%), de contratações locais, treinados para atender a obra segundo a metodologia operacional da Hahne.

Desde o início, a empresa identificou que o principal problema seria com respeito ao fornecimento de concreto. Em função disso, a construtora optou por montar uma central própria de concreto para atender à obra. “Os insumos para o concreto acabaram por se revelar mais fáceis de obter do que imaginávamos e graças às parcerias desenvolvidas com os fornecedores, temos agora o fornecimento de concreto mais pontual e confiável da região”, comenta civil Rui Hahne.

Para a execução das fundações e arruamentos, estão sendo operados guindastes de médio porte, escavadeiras hidráulicas, retroescavadeiras, rolos compactadores, motoniveladora, caminhão caçamba, caminhão betoneira, bomba dosadora de concreto e demais equipamentos de pequeno porte, totalizando uma quantidade superior a 40 unidades.

Impacto positivo

A construtora Hahne é conhecida pelo desenvolvimento de soluções completas de engenharia. Na obra dos parques eólicos em João Câmara, a  empresa se orgulha por levar tecnologia e gerar empregos formais – 150 ao todo – numa região marcada pela falta de empregos.  Os funcionários contam com todos os benefícios gerados pela formalidade, assim como contam com toda a assistência no canteiro de obras, incluindo refeições preparadas com o aval de um nutricionista. Com uma população de quase 35 mil habitantes, João Câmara está localizado na microrregião da Baixa Verde, a cerca de 80 km da capital potiguar. A economia é baseada principalmente nos serviços, tendo o agronegócio como segunda principal fonte de renda.

O funcionário Ricardo Campos, responsável pelo setor de Recursos Humanos, comenta que até dois anos atrás o município era a verdadeira imagem do êxodo. Mas, atualmente, muita gente tem retornado a João Câmara para trabalhar. “O diferencial é que até então não se dava oportunidade para quem não tinha profissão. Hoje, a situação é outra. A Hahne ensina e possibilita almejar novos cargos, só depende da nossa dedicação”, afirma.

Ronaldo Gomes de Moraes, aos 18 anos, já sonha longe. Assistente de serviços elétricos, quer dar uma vida melhor à família sem precisar se mudar para a capital potiguar. “Ninguém nunca imaginaria que o vento fosse trazer dinheiro para a região. Agora o sonho se torna realidade”, comemora.

Já Leonir Ribeiro da Silva, 34 anos, foi convidado pela construtora Hahne para assumir o almoxarifado do canteiro de obras em João Câmara. O paranaense de Pato Branco que morava havia 14 anos em Santa Catarina aceitou o desafio para só retornar ao Sul do Brasil quando as 91 bases de sustentação das torres de energia eólicas fossem entregues.

Processo construtivo diferenciado

Criada em 12 de setembro de 1942, em Santa Catarina, a Construtora Hahne chega perto da sétima década de atividades com um portfólio respeitável de obras, como o Castelinho da Rua XV de Novembro, no Centro de Blumenau, um dos mais tradicionais cartões postais de Santa Catarina.

Especializada em obras especiais de infraestrutura, como parques eólicos, pontes e rodovias, a empresa atua em projetos especiais de concreto armado, complexos industriais e edifícios administrativos, turísticos e residenciais de alto padrão. Em seu portfólio constam os mais diversos segmentos: geração de energia, indústria têxtil, indústria alimentícia, indústria automobilística, indústria química, indústria de manufaturas, indústria metalúrgica e áreas hospitalar e educacional. Entre seus clientes incluem-se a Desa (Dobrevê Energia S.A.), Malwee Malhas, Lunelli Têxtil, Bunge Alimentos, Duas Rodas Industrial, Continental do Brasil Produtos Automotivos, Cebrace Cristal Plano, Incasa S.A., Souza Cruz S.A., WEG S.A., Vonpar Refrescos S.A. e outros.

A Construtora Hahne tem expertise no desenvolvimento completo com processos construtivos inovadores. Como as estruturas idealizadas com placas sem vigas em que se utiliza somente concreto e aço necessários, o restante do preenchimento é feito de isopor ou material reciclável resultando na redução de 35% do peso da laje e 15% do peso da carga contra as fundações, o que possibilita a modulação em maior espaço e o uso de até 40% menos pilares ou colunas.

 

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